MINEIRICE ANTIGAE na rua vazia,
uma voz
grita no silêncio da solidão:
- Olha o leite!
Leiteirooooooooooooooooooo!
E as janelas se abrem...
das portas os consumidores,
e o leite é distribuído.
E minutos após,
uma voz que já
sozinha não está
grita pausadamente:
- Olha o pão!
Padeirooooooooooooooooooooo!
Das janelas já abertas...
estendem mão,
e na mesa: o pão.
Sentimentos atados
08/06/2008
Minha casa
Incorporando desafios
Pontuam os direitos
Descartados pelo poder
Referendam seus deveres
Permitindo o retorno
Retiram da cidadania
O contraponto social
Deleitando-se na participação!
Caminhos anestesiados
08/06/2008
Livre das algemas
É ter segurança
É por ir e vir do medo
Socializar é cidadania
Sentindo a presença do dever
Gerando resultados
Sem asas, planei nas nuvens,
Andei nas cumeadas...
E nas verdes planícieis.
Enfreitei mares revoltos,
Nadei em mares plácidos.
Encarcerado, fui livre,
Vencido, não me curvei domado.
Cultivei o amor e desprezei o ódio,
Chorei o amargor das perdas,
Vibrei com as conquistas.
Quando apagar minhas pegadas,
Os últimos átomos desmancharão nas poeiras...
Não serei mais nada.
Não haverá eternidade,
Não
A onda anda,
Aonde anda a onda?
Beijando a areia da praia,
Viajando nos meus olhos que marejam entre minhas mãos.
Anda onda, na onda dos meus orvalhos.
A andulante espuma espalha, pelo meu corpo,
Carícias imersa, emersa da minha universalidade,
Que desfila no fosco pensar do meu mar covarde.
Assim, navego no arrebol dos meus medos.
Onda, anda na espuma dos meus segredos!
Em seu caracol rolam os
Sintonia de cores,
que ligeiramente intuídas
formam
um conjunto
um par
uma harmonia
Sintonia de movimentos,
que no espaço
se perdem
se entrelaçam
se unem para um todo.
Que expressam
uma sincronia pura.
Sintonia das mãos
que conduzem
que se tocam
e se abraçam.
Exibem a firmeza
que o movimento
Uma procura...
Sem saber o quê se quer achar....
E se achar?
Vai se contentar?
Ou vai se perguntar?
Vai o coração acalentar?
Ou vai ainda mais se despertar?
Uma procura...
Uma história...
Onde, como desvendar?
Onde buscar?
Porque buscar?
Quando achar?
E se achar?
O que fazer?
Só existe e existirá uma resposta.......VIVER
UM
Realmente, vivemos muito sombrios!
A inocência é loucura. Uma fonte sem rugas
denota insensibilidade. Aquele que ri
ainda não recebeu a terrível notícia
que está para chegar.
Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes.
Pois implica silenciar tantos horrores!
Esse que cruza tranqüilamente a rua
não poderá jamais ser encontrado
pelos amigos que precisam de ajuda?
É
uma flor feto,
uma flor criança,
uma flor moçinha,
uma flor mulher,
uma flor mãe,
uma flor avó,
somos flores por toda vida...
essencia da alma feminina no mundo!!!
que luta pelo amor incondicional,
no jardim do mundo!!!
Somos maioria ,há uma esperança
pois nossa luta prima pela vida humana !!
Cada atitude politica feminina poderá ser á esperança do futuro das nossas flores criança...
O voto
O vento é livre...sopra como deseja
na direção que lhe convém,
com a intensidade que acha conveniente.
A chuva é livre...vem do mais alto
caindo no verde
ou no colorido
Cecília Villanova nasceu em Caruaru-Pe em 1979.Aos dois anos de idade vem morar no Recife, onde até hoje reside.Começou a escrever aos 14 anos e aos 16 começa a freqüentar os recitais do Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco,que surgiu no começo dos anos 80.Foi publicada em vários jornais alternativos de poesia, tais como:Balaio de Gato,Lítero Pessimista(onde foi co-editora em sua