Andei nas cumeadas...
E nas verdes planícieis.
Enfreitei mares revoltos,
Nadei em mares plácidos.
Encarcerado, fui livre,
Vencido, não me curvei domado.
Cultivei o amor e desprezei o ódio,
Chorei o amargor das perdas,
Vibrei com as conquistas.
Quando apagar minhas pegadas,
Os últimos átomos desmancharão nas poeiras...
Não serei mais nada.
Não haverá eternidade,
Não haverá penumbras nem sóis,
O indelével não existirá...
E o finito fechará a cortina do espetáculo que se chama VIDA.
+ Valdir Tavares, Operário/Ferroviário e Revolucionário.