Um veterano de guerra invade um templo religioso, dispara a esmo, mata sete pessoas e fere várias outras em nome da superioridade da raça branca. Uma semana antes, armado até os dentes, outro maluco invade um cinema e algumas salas de projeção, mata doze pessoas, fere outras sessenta e se descobre que pregava a supremacia branca, queria limpar o país de imigrantes, de negros, de quem não preenche os requisitos para fazer parte do IV Reich maluco e que agora tem como candidato a presidente um "enviado divino".
Os dois, os atiradores - eufemismo usado para disfarçar e evitar a expressão terrorista, aplicada a todos que se colocam contra o "país criado por Deus" - são norte-americanos. Os fatos aconteceram em cidades e estados diferentes e são costumeiros, pelo menos de dois a três por mês em todo o território dos Estados Unidos.
Estão agora, em escala maior, devastando a Síria, tentando assumir o controle daquele país e dos seus recursos naturais, em parceria com o estado terrorista de Israel, colocando como alvo próximo o Irã.
Desde a ascensão de George Walker Bush e o ATO PATRIÓTICO - documento que permite tortura, prisões sem culpa formada ou mandados judiciais, assassinatos seletivos em nome da defesa da democracia cristã e ocidental dos EUA - o terrorismo de estado norte-americano tomou a forma de monstro buscando colocar o mundo sob o tacão nazi/sionista que dirige o conglomerado de empresas e bancos que controlam a Casa Branca.
A Comunidade Européia é mera colônia, uma ampla base militar de um braço dessa organização terrorista, a OTAN (ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE). Os próprios norte-americanos começam a ser jogados num limbo onde o desemprego e a miséria ganham formas nítidas, pois aquilo que chamavam de "american way life" virou um grande "negócio", o negócio da guerra privatizada.
No Brasil, sempre pronto a abrir suas portas docilmente o governo Dilma Roussef contratou o exército norte-americano para concluir as obras de transposição das águas do Rio São Francisco, criar uma hidrovia que permita aos navios dos EUA chegarem a nossos portos de um modo mais rápido e fácil em caso de necessidade, como fizeram em 1964, na expectativa de se virem obrigados a entrar em ação caso os militares golpistas falhassem.
África, Ásia e América Latina são os futuros alvos em maior dimensão de barbárie da nação que "Deus criou para guiar o mundo".
Obama é diferente? Nem um pouco. É cínico, disfarça essa postura com lamentos sobre as tragédias que vitimam pessoas em seu país e implora ajuda divina para que todos possam compreender o que acontece.
Que o digam os sírios, ou antes, os iraquianos, ou líbios, os afegãos, os paquistaneses, os colombianos, submetidos diretamente a esse terror, a esse controle.
Foi em agosto de 1945 que o presidente democrata Harry Truman determinou que duas bombas atômicas fossem jogadas sobre cidades japonesas com o objetivo de obrigar o Japão a render-se incondicionalmente.
Puro ódio, revanche do ataque a Pearl Harbour. Demonstração estúpida de supremacia numa guerra que se aproximava do fim e estava vencida pelos norte-americanos.
Nos anos seguintes os documentos do governo Truman revelaram que não existia a necessidade de lançar as bombas sobre Hiroshima e Nagazaki. Truman decidiu fazê-lo para testar a real eficácia desse tipo de arma.
O arsenal norte-americano hoje dispõe de cinco mil artefatos nucleares. De armas químicas, biológicas e bombas de nove toneladas de explosivos (foram jogadas sobre regiões do Iraque).
Calígula mandou que fossem construídas estátuas de sua irmã e de si próprio elevando-se a condição de "deus". A ele e a irmã.
Não difere de Milt Romney e sua aparente pregação civilizada numa nação conduzida por fanáticos religiosos. Ou talvez a diferença esteja no fato que o dinheiro de Romney, segundo a imprensa de seu país, está guardado em paraísos fiscais depois de operações de lavagem, vale dizer garantido e imunizado.
A América Latina começa a viver e a sentir o impacto desse novo REICH. Dessa nova investida da supremacia branca, cristã e ocidental.
O favoritismo de Chávez na Venezuela, o governo Corrêa no Equador, o de Evo Morales na Bolívia, o de Cristina Kirchner na Argentina, a firmeza da revolução cubana, o governo Ortega na Nicarágua, são fatores que indicam e mostram constante ação do terrorismo norte-americano em nossa região.
O governo brasileiro não. É dócil. Segue o receituário neoliberal na economia e abre o território nacional ao contratar o exército norte-americano para assumir - é a expressão exata - do Rio São Francisco.
Militares norte-americanos já estão no local "procedendo estudos".
É produto do populismo de Lula. Se esgota a chance do milagre, não houve transformação alguma nas estruturas intactas do capitalismo, apenas um retoque ali, outro ali, na prática, esquemas eleitoreiros.
Dilma é a aluna aplicada. Prepara um "pacote de bondades" para o setor produtivo (bancos, empresas, latifundiários). Passada as eleições vai chegar o tempo de "flexibilização dos direitos trabalhistas", no melhor estilo tucano.
A coté a CUT - Central Única dos Trabalhadores - e principal parceira do governo federal nesse processo de lesa trabalhador.
Deve ter sido tocada pelo discurso de Milt Romney, ou pelas conversas que teve com a rainha Elizabeth II durante sua visita a Londres nas Olimpíadas.
O sucateamento dos serviços públicos e servidores no Brasil, a greve dos professores e técnicos das universidades são detalhes para um governo neoliberal. E detalhes desprezíveis.
Fazem parte do processo de privatizações que vai chegar passado o período eleitoral. As tais "bondades". O esquema FIESP/DASLU com sede em Washington e filial em Wall Street assumindo o controle do Planalto.
É uma luta que o trabalhador brasileiro, como acontece hoje com os trabalhadores gregos, italianos, espanhóis, portugueses, com maior ênfase neste momento, vai ter que travar e só será possível travá-la nas ruas, pois o governo do PT tem todos os ingredientes tucanos e a fusão PT/PSDB só não se dá efetivamente por conta da disputa da chave do cofre e da caneta que nomeia e demite.
Fora isso são iguais. E de quebra arrastam o PMDB. Ou o PMDB os arrasta é tudo uma questão de enxergar com olhos de ver o clube de amigos e inimigos cordiais