Desgraçadamente, mais um trabalhador é assassinado em canteiro de obras, em Belo Horizonte. O crime premeditado pela ganância patronal, e pela total falta de respeito com a vida dos operários, ocorreu ontem, dia 8/11, na obra do Shopping Vilarinho, anexo à estação de metrô.
O jovem eletricista Matias Dias Mendes, com apenas 22 anos, teve a vida ceifada , após sofrer uma descarga elétrica de alta voltagem. Ele morava na Rua Júlio de Castilho, 532 - Casa 3, bairro Palmeiras. Era funcionário da empresa Qualieng Engenharia de Montagem, empreiteira da Construcap. Nessa mesma obra do Shopping Vilarinho já ocorreram outros graves "acidentes", como o desabamento de uma laje, há menos de um mês, e que feriu seriamente outro operário.
Esses "acidentes" são verdadeiros assassinatos, crimes cometidos pela sede de lucros e ganância das empresas que impõem aos operários péssimas condições de trabalho, não adotam as medidas coletivas e individuais de segurança, não fornecem alimentação nas obras e exige acelerado e desumano ritmo de trabalho para antecipar a entrega dos imóveis.
Já são 44 o número de trabalhadores assassinados nos canteiros de obras em Minas Gerais, neste ano. São centenas de operários mutilados e milhares que sofreram ferimentos. E isso é o que o Sindicato tomou conhecimento, fora os que são escondidos pelas empresas, encaminhados para clínicas particulares para os patrões fugirem das responsabilidades trabalhistas (lei 8.213) ou que não são registrados nos hospitais públicos como sendo "acidentes de trabalho".
Na última sexta-feira, dia 4/11, já havia ocorrido outro grave acidente com vítima fatal no condomínio Eugenie, localizado na cidade de Sabará. Uma laje de uma casa em construção, no Bairro Paciência, desabou matando o encarregado, Francisco José Lourenço, de 57 anos, e ferindo cinco operários.
O número de trabalhadores mutilados sem condição de nunca mais trabalhar aumenta a cada minuto; basta ir a portas dos hospitais de Pronto Socorro João XXIII, Odilon Behrens, Risoleta Neves, para ver o drama que vivem os operários da construção.
O absurdo é que toda vez que o Sindicato aciona o Ministério do Trabalho à procura de fiscais, a resposta sempre é a mesma - não tem fiscais nem veículos. O governo sucateou todo serviço de fiscalização prestado pelo Ministério do Trabalho, o número de auditores fiscais é muito pequeno, falta tudo no ministério e até papel higiênico os servidores têm que levar. Não existe a mínima estrutura para a fiscalização funcionar. Enquanto isso, o ministro do trabalho, Carlos Luppi, é acusado em toda imprensa de desvio de dinheiro através de ONGs, sem falar nos "reconhecimentos" de sindicatos-fantasma e venda de Cartas de Registros Sindicais, através da Secretaria de Relações do Trabalho.
Tem obras onde ocorreram acidentes há mais de um mês e até o presente momento não foram fiscalizadas, devido completa omissão e cumplicidade do governo com as construtoras e outras empresas. Esta trágica realidade não é exclusiva dos operários da construção, mas de todos os trabalhadores que estão abandonados e jogados a sua própria sorte.

Marreta - Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção de BH e Região
Rua Além Paraíba, 425 - Lagoinha - Belo Horizonte - MG - Tel.: 31 3449.6109
Osmir Venuto - Presidente do STICBH - Cel.: 31 8458-1064
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