A honestidade é uma virtude, a traição é um vício. Ninguém, com raras exceções respeita os compromissos assumidos no altar no dia do matrimônio. A traição tanto pode vir do lado do homem, como da mulher. A história da humanidade conta que houve uma época em que os homens podiam ter tantas mulheres quantas pudessem sustentar. Nesse caso não era traição, era lei. Hoje, que a mulher conquistou os mesmos direitos e obrigações, a bigamia ou poligamia são procedimentos fora da lei. Mas, o homem sempre foi mais aventureiro e audacioso em matéria de traição, além de trazer embutidos em sua personalidade o espírito de machista e conquistador. Apesar da conquista das mulheres, muitos países ainda mantêm as mulheres sob forte regime. A bíblia cita a história da mulher que foi apanhada em adultério e levada à presença de Jesus para dar o veredicto. Ele então disse aos presentes: “Se algum de vocês nunca cometeu nenhum pecado, que atire a primeira pedra”, mas todos tinham consciência de seus erros, a mulher foi absolvida do castigo. Aqui no Brasil, a mulher sempre foi submissa ao homem. De tempos para cá, ela adquiriu a igualdade de direito. Com isso o adultério passou a ser cometido tanto pelo homem como pela mulher, pois ela se achou senhora de suas ações e em igualdade de condições. E a mulher quando parte para o adultério, ninguém segura. Mas, o forte mesmo neste assunto, ainda é o homem. Devido ao seu trabalho, e suas viagens, ele tem mais oportunidade do que a mulher. Na sociedade tudo pode acontecer. Há os casos dos “cornos mansos”, em que o homem aceita a traição de bom grado. São os assumidos. Mulheres existem também que sabem e faz de conta que não sabem, seja para proteger a família ou porque não são muito chegadas ao sexo. Deixam que os maridos se virem por onde quiserem. Conheci um casal em que a mulher era uma fera. Toda vez que o marido chegava em casa, ela cheirava sua boca, cheirava e examinava a roupa, e se o marido tivesse gastado a cota dela com outra, aí o pau quebrava. Ele andava afinado; mas sempre dava o jeito brasileiro. Quando se esgotaram todas as desculpas para sair de casa, inventou de pescar à noite. Apanhava o anzol, saía para pescar. Na volta, passava no mercado. Aliás, já deixava comprado um quilo de peixe no bar de um amigo. Nunca perdeu uma pescaria. Sempre trazia peixes, muitas vezes até limpos. Todos nós acostumamos com o perigo, e ele se acostumou, mas se esqueceu de que sua mulher não ia na conversa, assim à toa. Passou a pesar os peixes. E todos as noites ele trazia a mesma quantidade, um quilo certo. Um dia, a esposa pegou a tesoura, cortou seu anzol, e deixou a linha enrolada do mesmo jeito. À noite, ele saiu para pescar e trouxe novamente um quilo certo de peixe. Aí ele entrou pelo cano. A mulher chegou perto dele e disse: Engraçado, você pesca todos as noites um quilo certo de peixe, eu tolero. Mas agora você pesca também sem anzol? Eu cortei o anzol da sua linha, e mesmo assim você conseguiu pescar sem ele? Isto foi o bastante para ela arranjar um advogado e requerer a separação. Quem tem costume de trair, só deixa quando morre.
Membro da Academia Valadarense de Letras
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