GRAN CIRCUS BRASÍLIA - EM CARTAZ: A TRAGICOMÉDIA “A GUERRA DOS INOCENTES”

A praça das Artes, situada na capital do país do “Faz de Contas”, continua em franca atividade oferecendo aos amantes do Circo-Teatro as mais variadas atrações do gênero: drama, comédia, farsa, tragédia. São três as principais casas de espetáculos: Planalto, Parlamento I e Parlamento II.

Os arquitetos do terceiro milênio conseguiram se superar nos projetos arquitetônicos, dignos do “Oscar”, conseguindo harmonizar novas concepções de sofisticados picadeiros e arquibancadas com projetos futurísticos de palco e ribalta. Simplesmente genial.

Apesar do glorioso e inimitável talento dos divinais dramaturgos, fonte inesgotável de novas obras, a Casa principal, Gran Circus Planalto, anda em baixa de público, após longa, exaustiva e desgastada temporada do espetáculo “Eu não vi nada, não sei de nada”, um monólogo interpretado pelo superator Lu Lá, com apoio de uma centena de coadjuvantes, cuja mediocridade não tirava o brilho da encenação.

Aliás, o insuperável sucesso dos espetáculos apresentados está diretamente vinculado ao brilhante encaixe de muitas histórias no desenvolvimento da história principal. Tudo se passa dentro da visão da sociedade como um transcendental Circo-Teatro, e no auge da dramaticidade de uma cena, onde o personagem central defende sua inocência diante das infâmias, calúnias e difamações de seus inimigos, passa ocasionalmente um bêbedo equilibrista cantarolando a música de Waldick Soriano, “Eu não sou cachorro não”, ou surge à imagem real de uma chacina, de um confronto entre policiais e bandidos tirando a vida de inocentes que estavam em lugar errado na hora errada.

No entanto, na praça das Artes sempre existirá uma estréia, ou a apresentação de um grande espetáculo readaptado ao tempo real. No momento, o “Parlamento I” tem a preferência do público. Narra a vida e a obra de um poderoso político, seus romances tórridos e proibidos, apimentando a descoberta de uma vida dupla de um homem acima de qualquer suspeita que chegou ao topo do poder, e no clímax das suas vitórias é descoberto como um grande mestre do disfarce, e que, na sua vida oculta exercia o papel de um “rei” da corrupção.

Na primeira parte o grande ator limitava a sua interpretação a representar um inocente, minimizando os efeitos das suas fraquezas amorosas como resultantes da fraqueza da carne, negando que sustentava os custos dos seus romances com dinheiro sujo, proveniente de doações espontâneas e solidárias de bons amigos, penalizados diante das suas aflições e das ameaças das concubinas de tornar públicas as infidelidades.

A dramaturgia tem a propriedade de mudar o rumo das histórias. Foi o que aconteceu. O homem íntegro que se tornou um ícone da política nacional no país do Faz de Contas, que conquistou o poder pelo trabalho, honestidade, dedicação à pátria e ao seu povo, agora é mostrado pela sua outra face, o ambicioso que sucumbiu a ganância, aos sonhos de conquista do poder e da riqueza, que traiu à pátria e ao seu povo.

Alguns coadjuvantes, beneficiados pelas mudanças na trama, passaram a assumir papéis de astros e estrelas. Tem início agora a parte que mostra a “guerra dos inocentes”. O acusado sai da defensiva ao ser convencido da inevitável e definitiva derrota. Arranca do corpo a pele de cordeiro do Senhor e veste seu uniforme militar. Contra-ataca com todas as armas, dispara para todos os lados e manda mensagens lacônicas aos inimigos dizendo que antes da sua “morte” sua vingança levará muitos ao inferno.

Como na ficção tudo é possível, posso imaginar que pode estar bem próximo o fim da praça das Artes no país do Faz de Contas. Para mim não seria nenhuma surpresa que o epílogo da atual tragicomédia em cartaz seja uma síndrome. Que tenha desfecho igual ao incêndio de Roma, e que o todo poderoso realmente realize as suas ameaças de mandar todos para o inferno.

PARAPANAMERICANO

No Brasil, que certamente não é o país do Faz de Contas, reportagem denúncia de emissora de televisão do Espírito Santo mostra que, grande número de médicos contratados pelas prefeituras e pelo Governo, somente vai as unidades médico-hospitalares nas quais estão lotados, para marcar ponto. Depois, tchau e benção. Se me perguntam como fica o atendimento dos pacientes eu respondo: Povo é um detalhe e essa é uma outra novela.

EX-GOVERNADOR ENCARA Á JUSTIÇA


Depois de longo e tenebroso inverno a Justiça do Espírito Santo marcou data para apresentação do ex-governador do estado, José Ignácio Ferreira, e também, da ex-primeira-dama, Maria Helena Ferreira, querendo que ambos expliquem desvio de verbas públicas, fraudes e falência de cooperativas de crédito, construção de uma fábrica de sopa para alimentação de pobres (a sopa azedou), onde arranjaram dinheiro para compra de um imenso patrimônio imobiliário e alguns outros ilícitos.

Não temos dúvidas de que o casal apresentará à Justiça as mais sólidas provas de inocência. Se assim não for, e não será, os sinuosos caminhos da tramitação judiciária desemboca sempre no mesmo lugar: no mar das impunidades.

 

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