Eu sempre fui contra a divulgação de pesquisas de opinião pública, principalmente, as eleitorais. Acredito em pesquisa? Claro, não sou nenhum idiota. Não acredito é na honestidade dos Institutos, das empresas promotoras do trabalho.
Aliás, a palavra honestidade foi banida dos dicionários da língua portuguesa. Vai eleição, vem eleição e lá estão às pesquisas influenciando o voto dos brasileiros. O IBOPE e o DATA FOLHA criam ídolos de barro do dia para a noite. Um “borra botas”, desconhecido politicamente, surge do nada como grande favorito e vencedor antecipado de uma disputa eleitoral para deputado, senador, governador, e até mesmo presidente da república. O povo acredita e o país se lasca, pra não dizer outra coisa.
O presidente diz que as vaias do Maracanã foram orquestradas. Quem terá sido o maestro que sem ensaio conseguiu formar um coral tão harmonioso com mais de 70 mil vozes?
A pergunta que não cala é: Quanto o Governo Lula gasta para manter a popularidade apontada pelas pesquisas?
Uma nação revoltada com a saúde e a segurança pública, com os baixos salários (salários de fome), com a corrupção (inclusive a familiar), com as rodovias da morte; a insatisfação dos servidores, dos desempregados, dos índios, dos negros, dos jovens, dos aposentados é capaz de acreditar na inocência do presidente?
Diz a sabedoria popular que a mentira tem pernas curtas, porém, a popularidade de Lula caminha com as pernas de pau das pesquisas. A Assessoria de marketing da presidência já antecipou que Lula não fará o encerramento dos jogos Pan-americanos. Não se trata apenas da quebra de um protocolo, de uma tradição, mas sim, da fuga de um compromisso, de um crime de prevaricação (deixar de cumprir ato de ofício). O comandante do navio não tem o direito de abandonar a embarcação que naufraga.
O presidente tem o garfo e a faca nas mãos para manter a sua popularidade. Basta usar as montanhosas verbas de comunicação, rechear os bolsos de um Duda Mendonça, de um Valério, abarrotar as contas do Ibope e do Data Folha, e os cofres da Globo continuando a usar a propaganda enganosa. Vai fundo presidente, o povo ainda acredita em bruxas e bruxos.
REMISSÃO DOS PECADOS
A Santa Madre Igreja que muito recentemente afirmou que fora do catolicismo não existe salvação, agora dá a mão à palmatória e reedita a tabela da remissão dos pecados, ou seja, a lei do “pagou está perdoado”. A Igreja anunciou ao mundo que irá indenizar milhares de vítimas das taras eclesiásticas.
Milhares de crianças que foram brutalmente sodomizadas, milhares de famílias que continuarão a viver com o sofrimento dos traumas dos seus filhos agora serão confortados com o pedido formal e oficial de perdão emitido pelo Papa e compensados com alguns dólares.
Os padres pervertidos continuarão sendo apenas pecadores, protegidos pelo Vaticano com suas leis acima das leis, serão perdoados com atos de contrição e algumas orações, ficarão livres do julgamento comum, não conhecerão a cela de um presídio onde seriam tratados como merecem.
A Igreja anuncia com pompa e entusiasticamente que vai pagar mais de US$ 1.300 (um milhão e trezentos mil dólares) de indenizações como se a pequena fortuna fosse suficiente para redimi-la de todas as culpas.
Na verdade, a Igreja não vai pagar nada, vai devolver uma miserável parte do dinheiro que arrecada como dízimo obrigatório pago pelos fiéis.
GUERREIROS EM FÉRIAS
Finalmente os bravos defensores do povo brasileiro terão direito a um merecido descanso, gozando férias para recuperação do desgaste de seis meses de trabalho árduo.
Eu não mais critico as prolongadas férias políticas. Passo a concordar que existe um lado bom nessa história. Pelo menos, durante 15 ou 20 dias os brasileiros não terão que ver e ouvir nos noticiários da televisão os inocentes de plantão.
Analisado por esse prisma bem que suas excelências poderiam entrar de férias pelo resto das suas vidas.
O pior é que na volta ao “trabalho”, os guerreiros voltarão recarregados e disparando suas metralhadoras giratórias. Vem chumbo grosso.
AGUENTA MEU POVO.
