JUSTIÇA NOMEIA PROFESSORES DO CRIME

Político não pode perder a simpatia dos eleitores, porisso é compreensível que no Brasil “o errado é que está certo”.

Vamos exemplificar tratando do tema – Menores em Conflito Com a Lei – tratamento que é dispensado pela Lei e pela Justiça aos bandidos com menos de 18 anos. Nas organizações criminosas eles são denominados “soldados” e as promoções concedidas pela avaliação da ficha criminal: grande “avião”, aquele que demonstra excelentes qualidades na venda de drogas e iniciação de novos usuários; “gavião”, o menor que tem a vista limpa e sexto sentido para captar a presença da polícia evitando o êxito das operações contra as bocas, ou contra as bases e fortalezas que protegem os chefões; “chefes de segurança”, soldados que se especializam no manuseio de armas de grosso calibre e mostram coragem para confrontos com os “homens”; “linha de frente”, os aprendizes que se dão bem nas “paradas” de intimidação das comunidades e da população em geral, do tipo chacinas, queima de ônibus urbanos, ataques surpresas a unidades e guarnições policiais.

Esses menores beneficiados pelos conceitos da lei, na grande maioria, ostentam folhas de MAUS antecedentes que podem envergonhar os guerrilheiros de Osama Ben Laden.

Não obstante a flagrante e comprovada periculosidade, a ameaça que representam para a sociedade, quando são detidos e encaminhados a entidades correcionais, são tratados como vítimas inocentes da corrupção de menores, ganhando novamente a liberdade em curto espaço de internação.

Nos casos de delitos mais graves, os infratores que poderiam ser julgados pelos seus crimes após completarem a maior idade, são liberados pela Justiça, desde que, comprovem matrícula em estabelecimento educacional localizado próximo as suas residências e atestados mensais de comparecimento às aulas e boa conduta.

Então o bicho pega. No primeiro dia os “Menores em Conflito Com a Lei” já apresentam aos professores as suas credenciais. Descobrem as tatuagens que identificam as suas especialidades, as mais comuns, artºs 157 e 121. Não mandam recados, são diretos: “escuta, fica ligado, estou aqui fazendo turismo, só pra escapar do julgamento, não se metam comigo, se bobear o cachimbo cai, sabemos o endereço de cada professor, dedo-duro come capim pela raiz”. Não escondem que por baixo das camisas existe um “três oitão”, um punhal ou outra arma. No lugar de livros e cadernos carregam embalagens e dentro o recheio de “bagulhos”, buchas de maconha e papelotes de cocaína.

Essa é a situação dos professores das escolas públicas dos bairros periféricos do Estado do Espírito Santo. São obrigados a conviver com os professores do crime nomeados pela Justiça.

Brasil, o país do faz de conta. Político corrupto ganha Ministério, menor bandido é nomeado professor do crime em escolas mantidas pelo poderes públicos, doentes morrem nas portas dos hospitais, Clodovil pensa que a Câmara Federal é um bordel de luxo, os Parlamentos corporativistas anistiam “companheiros” ladrões e lhes abre as portas para que retornem ao Congresso Nacional.

CONTARAM ERRADO O NÚMERO DE SANTOS BRASILEIROS

Mais de 100 milhões praticam todos os dias o milagre da sobrevivência


Declarou à imprensa o cardeal português, Jose Saraiva Martins, prefeito da Congregação das Causas dos Santos, que são 33 os candidatos brasileiros à santidade. Um dos mais entusiasmados em conseguir uma segunda canonização é Jose Serra.

Nunca ouvi dizer que essas pessoas sofrem da visão. Só um cego não enxerga, ou enxerga e não vê, 100 milhões de brasileiros e brasileiras repetindo todos os dias o milagre da sobrevivência.

Só mesmo sendo santo para continuar vivendo com fome e com sede, escapando das balas perdidas, das chacinas, curando doenças incuráveis com a santa cachaça de todos os dias, encarando o frio e tempestades sem um único agasalho, dormindo em colchões de jornais velhos, convivendo com animais peçonhentos e dividindo o que encontram nos lixões.

Esses 100 milhões de brasileiros e brasileiras, de todas as idades, nascidos da mistura de muitas raças, não querem ser canonizados. Queriam simplesmente que os Papas e os políticos notassem que eles existem, que são feitos de carne e osso, podem não ter conhecido, porém, tiveram pai e mãe. Só não tiveram família, só não conheceram a tal democracia, a liberdade, a igualdade e a justiça.

Para segurança do Papa o Governo não poupou dinheiro. Para segurança do nosso povo falta um mínimo de investimentos e sobra a falta de vergonha na cara.

Lula só tem razão em uma coisa: O melhor do Brasil é o brasileiro que consegue sobreviver a tudo.

SAÚDE: CORREDOR DA MORTE

Minha neta conheceu o calvário

Sofri na própria carne, junto com os meus familiares, os sofrimentos daqueles que precisam de socorro médico neste país que o presidente Lula continua achando que está avançando a todo vapor, reduzindo as desigualdades sociais e colorindo o Brasil de azul, para o bem de todos e a felicidade geral da nação.

Domingo, dia 06 de maio, minha neta de três anos e oito meses é acometida de febre alta, 39 graus, reclama de fortes dores de cabeça. Imediatamente é levada ao médico, atendida como beneficiária de Plano de Saúde, PHS, atendida no Vitória Apart Hospital, considerado, segundo um bem elaborado projeto de mídia, referência no estado e no Brasil.

A consulta é rápida, o profissional que atende a menina declara que é uma simples virose, nenhum sinal de infecção ou mal mais grave. A doença pode ser curada em casa mesmo, basta tomar um analgésico e um antitérmico para combater os sintomas. Seis horas depois o quadro não se alterou. Allice é levada novamente ao hospital. Diz então a médica: “virose é assim mesmo, uma doença chata, vamos reduzir o tempo de intervalo da medicação e está resolvido”.

Madrugada de domingo para segunda o quadro continua inalterável. Novo atendimento e o mesmo diagnóstico.

Essa peregrinação continuou até terça-feira. No dia seguinte os médicos mudaram de opinião, podia ser dengue. Era preciso internar e realizar uma bateria de exames. Segundo os atendentes os resultados dos testes laboratoriais, todos, foram negativos. Nenhuma causa. Voltaram a suspeitar de virose. Na quinta-feira outra opinião, podia ser meningite, sendo necessários exames específicos, pulsão lombar. Também podia ser uma doença causada por bactéria não reconhecida.

Na noite de quinta-feira, sem nenhuma explicação, como é dever do médico, minha neta foi colocada em rigoroso isolamento com todas as precauções de praxe e feita coleta de sangue para novo hemograma.

Chegamos à sexta-feira. Convocaram um infectologista. Analisaram o líquido da espinha. As suspeitas (médico trabalha com suspeitas) não foram confirmadas. Foi informado mais dois dias de internação apenas para não restar qualquer dúvida.

No sábado a médica responsável se arrepende da alta e diz que vai pedir uma tomografia da cabeça da paciente. O que aconteceu? O procedimento, também sem explicação, foi realizado na manhã da terça com minha neta recebendo anestesia geral. Ao retornar ao quarto a menina foi acometida de febre e convulsões. Não havia médico para atender. Por telefone o anestesista mandou dizer que as reações eram normais e esperadas.

Eu estava trabalhando e não podia me ausentar pelas minhas responsabilidades do momento. Mesmo assim consegui contatar alguns amigos médicos que intervieram junto ao presidente do Vitória Apart Hospital, Dr. Paulo Paste, exigindo sua atenção pessoal ao caso.

Apenas dez minutos depois o quarto foi invadido por uma equipe completa para socorrer Allice. Contiveram a reação da anestesia e diagnosticaram definitivamente um quadro virótico sem identificação do vírus e da medicação indicada.

Restava confiar em Deus e livrar a minha querida neta de tanto sofrimento, verdadeiro calvário, cobaia de irresponsáveis e incompetentes, de pessoas desumanas que só pensam no quanto receberão no final do mês, pouco se importando com um juramento já esquecido e que não dão valor à vida dos seus pacientes.

Falta relatar que no domingo não agüentei e fui ao hospital cobrar a responsabilidade de um diretor. Se não tinha médico em número suficiente, imagine diretor? Fui atendido pela enfermeira supervisora, uma profissional consciente que reuniu o histórico de todos os atendimentos, os exames e as avaliações. A enfermeira não fez segredo em opinar sobre o atendimento e os procedimentos. Revelou que as informações prestadas aos pais da criança não conferiam com o que apontavam as conclusões laboratoriais. O isolamento e o confinamento foi uma decisão absurda e sem justificativa. A baixa taxa de hemoglobina mostrava uma situação delicada indicativa de anemia ou coisa pior.

Na segunda procurei a diretora clínica do hospital, relatei os acontecimentos e requeri cópias das interferências médicas para procurar uma segunda avaliação. Fizeram de um tudo para dificultar o atendimento. Exigiram firma reconhecida, comprovante de paternidade ou da qualidade de responsável pela menor.

O mais grave nisso tudo é que as pessoas nessa situação não encontram a quem recorrer. O capital da empresa fala mais alto, o tráfico de influência dos seus diretores consegue impedir os procedimentos legais e, os pacientes, que se queixem ao Papa.

Esse é o Brasil verdadeiro, país da hipocrisia, da inverdade, da lei do mais forte, dos autocratas, dos genocídas.

JUIZ MANDA PRENDER SECRETÁRIO ESTADUAL DA SAÚDE

O juiz Flavio Roberto de Souza, da Vara Federal do município de Colatina, decretou a prisão do deputado estadual licenciado, Anselmo Tose, exercendo o cargo de secretário estadual da Saúde por descumprimento de decisão judicial.

O judicante havia determinado ao secretário o fornecimento imediato do medicamento Avastin para tratamento de uma menina de cinco anos portadora de um tumor cancerígeno cerebral. O mandato foi expedido no dia 18 de abril e não foi cumprido.

A ordem de prisão foi executada pela Polícia Federal e os políticos capixabas se manifestaram com indignação contra a arbitrariedade.

Em entrevista a imprensa o juiz afirmou entre outras coisas: “Mandei prender pelo descaso. A saúde é um direito. Em abril determinei que o remédio fosse providenciado e ninguém se mexeu. Além de direito todos devem saber que a saúde é um dever do Estado. Os dirigentes públicos são eleitos para trabalhar com eficiência. Com a prisão o remédio foi entregue no mesmo dia”.

O que falta no Brasil não é a construção de novos presídios para prender bandido pé de chinelo. O que falta são juízes com a mesma consciência de dever do Dr. Flavio Roberto de Souza que manda prender quem não cumpre e ainda zomba da lei.

publicidade
publicidade
Crochelandia

Blogs dos Colunistas

-
Ana
Kaye
Rio de Janeiro
-
Andrei
Bastos
Rio de Janeiro - RJ
-
Carolina
Faria
São Paulo - SP
-
Celso
Lungaretti
São Paulo - SP
-
Cristiane
Visentin

Nova Iorque - USA
-
Daniele
Rodrigues

Macaé - RJ
-
Denise
Dalmacchio
Vila Velha - ES
-
Doroty
Dimolitsas
Sena Madureira - AC
-
Eduardo
Ritter

Porto Alegre - RS
.
Elisio
Peixoto

São Caetano do Sul - SP
.
Francisco
Castro

Barueri - SP
.
Jaqueline
Serávia

Rio das Ostras - RJ
.
Jorge
Hori
São Paulo - SP
.
Jorge
Hessen
Brasília - DF
.
José
Milbs
Macaé - RJ
.
Lourdes
Limeira

João Pessoa - PB
.
Luiz Zatar
Tabajara

Niterói - RJ
.
Marcelo
Sguassabia

Campinas - SP
.
Marta
Peres

Minas Gerais
.
Miriam
Zelikowski

São Paulo - SP
.
Monica
Braga

Macaé - RJ
roney
Roney
Moraes

Cachoeiro - ES
roney
Sandra
Almeida

Cacoal - RO
roney
Soninha
Porto

Cruz Alta - RS