O primeiro desafio da presidente neste início de ano, segundo ela própria colocou, será a reforma ministerial. Não significa que o governo vá mudar seus rumos. A prática de uma no cravo e outra na ferradura vai permanecer. E ainda mais em ano eleitoral. Uma das preocupações da presidente e do seu partido o PT vai ser a de segurar o PMDB e ponderável parcela do partido do vice-presidente na aliança que sustenta o governo no Congresso, ampliando-a a conquistas de prefeituras nas eleições de outubro. Os olhos estão postos em 2014.
O próprio vice-presidente vem de longos anos de aliança com os tucanos, foi ministro de FHC e tem dificuldades em conter os que ainda permanecem tucanos na grande salada mista que é o seu partido.
Quanto ao tiroteio da mídia Dilma vai ter que renovar o estoque de escudos, pois vai permanecer. VEJA sempre levantando a bola e a GLOBO replicando com sua postura de ética que sumiu definitivamente no silêncio em torno do livro do jornalista Amaury Ribeiro sobre os anos FHC, A PRIVATARIA TUCANA. Como vem aí o BBB vai ficar mais fácil esconder o assunto.
A prefeitura prioritária é a de São Paulo e o candidato é o ministro da Educação Paulo Haddad, escolha pessoal de Lula.
O arranjo terá que ser feito de tal forma que a crise econômica que assola a Europa e os EUA (em ano eleitoral) não afetem os índices positivos alcançados pelo governo em 2011, na lógica do "capitalismo a brasileira".
A ficha limpa parece que vai para o brejo. Não há interesse do STF em julgar definitivamente a validade ou não da lei para o pleito municipal deste ano e se isso acontecer será surpresa. De um modo geral políticos padrão Jáder Barbalho estão tranqüilos e trabalhando ativamente para que permaneçam os pedidos de vista a cada sessão para julgar o feito tornando-o nulo neste ano.
Com a desmoralização do STF no episódio do auxílio moradia indevido que Cesar Peluso e Ricardo Lewandowsky receberam é possível que o intento de Barbalho e outros seja alcançado. Dançam Eliana Calmon e o Conselho Nacional de Justiça, vence a impunidade, pagam a conta os brasileiros.
A falência definitiva do modelo político e econômico do Estado brasileiro, a reboque dos interesses de bancos e grandes corporações, na demagogia das políticas assistencialistas que perdem, completamente, qualquer caráter de inclusão social que pretendam ter, ou chegaram a ter num determinado momento.
O clube de amigos e inimigos cordiais, sediado em Brasília.
Os grandes desafios de aprofundar o processo de integração latino-americana, de retirar as tropas que respaldam a ocupação norte-americana do Haiti, a reforma agrária, três exemplos, vão continuar no papel e nas intenções de eventuais encontros e abraços com tratados que nunca são implementados.
O Brasil continua, agora mais que nunca com as revelações do livro de Amaury Ribeiro, no caminho de transformar-se num entreposto do grande capital internacional associado ao que resta do nacional.
Em breve a bandeira de Roraima e eventuais bandeiras brasileiras que ainda existam por lá, substituídas pelas bandeiras de piratas britânicos a soldo de sua majestade Elizabeth II na conquista do nióbio brasileiro.
Se não for junto o pré-sal.
Todo e qualquer arranjo que Dilma Roussef fizer vai passar por duas peneiras. A interna, na política de concessões para sobreviver no Parlamento (implica, por exemplo, em José Sarney continuar no trono) e a externa, que vai depender da evolução - em qualquer sentido - da crise internacional, sem falar nos riscos de uma guerra entre Irã e o complexo ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.
O ano começa com tensões afloradas em manobras militares em Ormuz, estratégico para as empresas que controlam o complexo. O que isso diz respeito ao Brasil? Especialistas entendem que o preço do barril de petróleo pode ir à estratosfera, o que em curto prazo beneficiaria países como o nosso, mas em médio prazo colocaria em risco governo de países como a Venezuela, alvo da cobiça dos acionistas de ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.
No caso do Brasil somos a porta de entrada para o terrorismo sionista na América do Sul. Uma das que Lula deu na ferradura, no tal tratado de livre comércio com Israel.
O debate eleitoral nos EUA pode causar tremores no Brasil. O risco de um governo republicano - pequeno, mas não impossível - deixa o País vulnerável aos humores eleitorais tanto de Obama como de seu eventual adversário.
Esperar do governo brasileiro, por exemplo, uma posição mais clara e dura contra o Reino Unido no caso das Ilhas Malvinas - território argentino ocupado pela Grã Bretanha - é ilusão.
Em síntese, os desafios de Dilma e os "julgamentos" do STF mostram as vulnerabilidades tanto do modelo no seu todo, como do governo em seu precário equilibrismo, isso a despeito das pesquisas de opinião exibirem dados alentadores para Dilma.
Terá que se desdobrar para manter intactos os números, já que não pretende enfrentar o touro, mas apenas contornar o caminho e enfrentar espinhos passíveis de serem tratados com mercúrio cromo.
O STF requer cirurgia de grande porte. Está exalando um cheiro fétido de setecentos mil reais de auxílio moradia indevidos e garantia de impunidade para as excelências que habitam a casa. A infecção é quase generalizada, salvam-se poucos por ali.