A transformação do Brasil em pólo de fabricação e exportação de armas para países de qualquer parte do mundo, principalmente àqueles ligados ao conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
No "negócio", armas exportadas para governos árabes aliados dos EUA (Arábia Saudita, Jordânia, Marrocos, Iêmen, Emirados Árabes, etc) usadas no massacre de rebeldes contra o totalitarismo que, numa absoluta, mas compreensível contradição é parte da natureza peçonhenta do conglomerado, norte-americanos e OTAN usam para defender rebeldes na Líbia.
Dois pesos, duas medidas, tudo em função dos "negócios". As empresas fabricantes são de capital israelense.
Desde 2003, primeiro ano do governo Lula, as forças armadas brasileiras abriram um escritório em Israel - Tel Aviv - e as forças armadas israelenses um escritório no Brasil.
Quando, poucos dias antes do golpe militar de 1964, Luís Carlos Prestes afirmou a jornalistas que lhe perguntaram se os comunistas estavam no poder, respondeu que "estamos no governo, mas não somos o poder". Estava mostrando consciência das dificuldades para transpor obstáculos impostos pela reação ao projeto de reformas de base do governo Goulart - que incluía a democratização dos meios de comunicação - como constatando uma realidade que dias à frente se materializou na quartelada que levou primeiro Castello Branco ao poder e em seguida uma série de generais de carreirinha no papel de ditadores e seguidores do comando central do golpe, sediado em Washington.
Um aspecto importante a ser observado no golpe militar que derrubou o governo constitucional de Goulart e instalou o terror militar no Brasil é que, em seguida, dando curso ao plano de controle da América Latina, ditaduras se implantaram em todos os países onde Washington identificava riscos para os seus interesses.
Ali, o Brasil foi o centro irradiador de regimes brutais e antinacionais.
Hoje, o Brasil ainda vive com a ameaça das trevas do regime militar, no caráter de casta das "nossas" forças armadas, impunes diante das barbáries - em todos os sentidos - cometidas no período da ditadura.
O acordo militar Israel-Brasil é uma clara demonstração disso.
Se a política externa do governo Lula sinalizava numa direção sob a batuta competente do ministro Celso Amorim, a casta militar continuava e continua sua trajetória sob a tutela e o controle do conglomerado EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A.
O que a STOP THE WALL CAMPAIGN mostra em seu relatório permite que isso seja deduzido.
É elementar meu caro Watson.
Temos dois brasis. Um o chamado mundo institucional, preso na Ilha da Fantasia de Brasília (definição de Millôr Fernandes) e outro o da esmagadora maioria das elites militares das três forças.
A bandeira brasileira continua num almoxarifado qualquer de Washington ou Tel Aviv e tremula a que tem metade a suástica e noutra metade a estrela de David.
Admitamos por hipótese que tivéssemos um Congresso Nacional comprometido com o País e não com os interesses que a também esmagadora maioria de deputados e senadores representam (empresas, bancos, latifúndios, "negócios religiosos", Washington/Tel Aviv, etc), ou partidos políticos - falo dos maiores - que fossem ou sejam algo mais que ajuntamentos de parceiros e sócios.
Um assunto dessa gravidade seria suficiente para abalar as estruturas de toda a Nação e por si e em si justifica uma comissão de inquérito ampla e plena para definir se somos Brasil no todo, se somos Brasil numa parte e Brazil noutra parte.
É claro que temos deputados íntegros, senadores idem, capazes de enfrentar esse avanço terrorista sobre nosso País. Mas são minoria, esbarram no controle que esses grupos mantêm sobre a mídia (braço do conglomerado).
Para cada Chico Alencar, por exemplo, temos dezenas de Eduardos Azeredo, centenas de Aécios Neves, nem estou citando a múmia José Sarney, conservado em formol e produtos outros, que preside a chamada Câmara Alta.
Ou figuras patéticas como Itamar Franco.
Samuel Pinheiro Guimarães, diplomata, escritor, um dos mais respeitados nomes do Brasil no exterior afirma em seu livro "QUINHENTOS ANOS DE PERIFERIA", editado pela Contraponto em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
"O requisito essencial é a atitude em face dos interesses americanos .
Assim, além da longa tolerância , apoio e até promoção de regimes autoritários na América Latina, na África, na Ásia e mesmo na Europa, e apesar da retórica democrática atual, os regimes autoritários e oligárquicos são perfeitamente tolerados e tratados com grande consideração , apesar de serem em muitos casos monarquias absolutas, ou regimes de aparência democrática e republicana, porém autoritários".
O trecho acima foi tirado da terceira edição, em 2001 e certamente, se mantém atual.
Samuel Pinheiro Guimarães era o Secretário Nacional de Assuntos Estratégicos do governo Lula e foi substituído por Wellington Moreira Franco, criminoso ligado às piores facções do crime político organizado no Brasil.
Opção de Dilma Roussef.
E mais.
"A técnica subversiva de favorecer e apoiar, inclusive com armas e recursos, províncias, minorias étnicas e tribais, e seitas religiosas contra o governo central democrático ou não, que se oponha a interesses americanos, é uma constante na política americana anterior a Reagan e Carter os quais apenas a escancararam e legitimaram".
Lula assumiu o governo num terreno minado por bombas as mais variadas deixadas pelo seu antecessor Fernando Henrique Cardoso, responsável pelo processo de venda do Brasil a grupos econômicos ligados a EUA/ISRAEL TERRORISMO S/A. As concessões eram inevitáveis para evitar o caos e buscar oxigênio capaz de permitir avanços ou pelo menos recobrar terreno perdido.
A forma como foi tratado - continua sendo - pela mídia colonizada e comprada mostra que alcançou significativos êxitos em seu trabalho.
Dilma Roussef, sua sucessora, eleita única e exclusivamente por conta do apoio de Lula - "Lula elege um poste, é só querer", frase do ex-ministro da ditadura Delfim Neto - optou pelo que se chama "política de resultados".
Um gigantesco passo atrás. Política de resultados é mais ou menos o seguinte. Os princípios são jogados fora e se para alcançar determinado objetivo for necessário tirar os sapatos, ser revistado à porta do Teatro Municipal no Rio de Janeiro, ou entregar a base de Alcântara - está em estudos no Ministério da Ciência e Tecnologia - que sejam tirados os sapatos, que sejam feitas as revistas, que se caia de quatro se necessário for.
Importam os resultados.
Celso Amorim advertiu ontem que o voto do Brasil contra o Irã, numa guinada para trás sem tamanho da política externa brasileira, terá conseqüências desagradáveis para o País.
É que talvez Amorim, um dos maiores chanceleres de nossa história não saiba que hoje somos meros entrepostos do conglomerado terrorista EUA/ISRAEL S/A. Vivem nos porões trevosos do que resta do regime militar.
O passo à frente que se imaginou que Dilma daria, se transformou numa decepção não importa o número que mostrem pesquisas, importa o que vai se perceber adiante.
Somos Brasil, mas nem tanto, numa parte e Brazil noutra.
As sombras do regime militar estão aí vivas e a nos atormentar.