Os EUA só entraram na IIª Grande Guerra quando seus interesses começaram a ser ameaçados, quando perceberam que uma eventual vitória de Hitler os colocaria numa situação difícil e complicada diante de uma situação que os deixaria à mercê tanto do ditador nazista, como da revolução soviética em pleno curso e transformando a União Soviética numa potência mundial.
Não é difícil imaginar que numa situação dessas a nação do norte se aliaria a Hitler contra a URSS.
Quando o general Dwight Eisenhower, comandante das tropas aliadas na Europa (exceto as soviéticas) foi eleito presidente dos EUA pelo Partido Republicano encerrou anos de domínio dos Democratas e logo percebeu que o seu país não era nada mais que um conglomerado de empresas, bancos e militares e que os maiores acionistas desse conglomerado eram grupos sionistas (setores do judaísmo que hoje controlam Israel e continuam a controlar os EUA).
É de Eisenhower a expressão “complexo industrial e militar”, referindo-se a esses grupos. A tal federação norte-americana só existe no papel.
Há dias milhares de cidadãos russos saíram às ruas de Moscou exigindo que o prefeito da capital colocasse os outdoors com a figura de Stalin para comemorar a vitória na guerra contra Hitler. Num dado momento da guerra, no episódio da invasão da Normandia, Eisenhower pediu a Stalin que apertasse o cerco contra os alemães, pois estava difícil superá-los no resto da Europa.
Morreram cerca de seis milhões de judeus em campos de concentração. Ciganos, negros, homossexuais, opositores de Hitler e 20 milhões de cidadãos soviéticos na resistência ao exército nazista. A guerra foi ganha essencialmente pelos soviéticos e a história não desmente isso. Alguns apenas escondem essa realidade.
John Forster Dulles era o secretário de Estado do governo Eisenhower e representava os interesses desse conglomerado que controla o país. Foram várias as intervenções militares em nações da América Central, os golpes de estado em países cujos governantes se opunham Washington e apoio sistemático a ditaduras que hoje tacham de cruéis como as da família Somoza (Nicarágua), Trujillo (República Dominicana), Marco (Filipinas), Perez Jimenez (Venezuela), no antigo Vietnã do Sul, a de Batista (Cuba), são alguns exemplos.
Richard Nixon era o vice-presidente Eisenhower. Anos mais tarde, já presidente, ao tomar conhecimento das torturas, assassinatos e estupros praticados por militares brasileiros contra resistentes à ditadura financiada, conduzida e dirigida por Washington, foi o autor da frase “é lamentável que seja assim, mas o general Medice é um bom aliado não podemos fazer nada.”
O governo dos EUA foi um dos últimos a aceitar a adoção de medidas de boicote ao regime racista da África do Sul, o apartheid. Tinha interesses econômicos no país. Só o fez quando o mundo inteiro se revoltava contra as práticas racistas de governos brancos minoritários.
Vários dos funcionários do IIIº Reich de Hitler foram mantidos em posições chaves no governo da então Alemanha Ocidental, parte do território alemão controlada pelos chamados aliados (EUA, franceses e ingleses – na verdade eternos coadjuvantes). O general George Patton, comandante militar dos EUA e aliados na parte ocidental da Alemanha, logo após o término da guerra sugeriu ao Pentágono que se iniciasse uma ofensiva contra Moscou. Nunca escondeu seu caráter nazista, embora tivesse combatido Hitler. Isso a despeito de ter sido um estrategista militar extraordinário. Mas isso é outra coisa.
Morreu em condições misteriosas, até hoje não esclarecidas, pouco depois do fim do conflito e diante de uma saraivada de críticas da imprensa de seu país e do resto do mundo por conta de suas opiniões. E de suas ações.
Quando John Kennedy assumiu o governo dos EUA, em 1961, após derrotar Richard Nixon, a operação chamada de Baía dos Porcos, uma tentativa de invasão de Cuba e derrubada do governo de Fidel Castro, já estava montada pela CIA. Foi um fracasso rotundo, os cidadãos cubanos em armas, impediram a invasão.
A essa época já era acentuada a presença dos célebres conselheiros militares dos EUA no Vietnã do Sul, em apoio à ditadura de Ngo Dinh Diem . Ao perceberem as dificuldades para vencer a guerra com o norte, militares do sul depuseram o ditador, já com forte presença militar norte-americana e envolvimento total no confronto. Dava sequência à história de intervenções dos EUA em cantos do mundo, isso levando em conta e como ponto de referência o término da IIª Grande Guerra, excluindo aqui as invasões acontecidas desde James Monroe (“a América para os americanos”), ou a política de Theodore Sorensen Roosewelt, chamada de big stick, ou seja, grande porrete (particularmente aplicada na América Central e que mantém até hoje Porto Rico como colônia ainda que com o status de estado).
Foram surrados no Vietnã, no Camboja e no Laos, para onde estenderam a guerra. Nos momentos finais soldados dos EUA assassinavam a golpes de baionetas caladas seus próprios companheiros no desespero de fugir das batalhas e alcançarem lugares nos helicópteros que promoviam a retirada das tropas norte-americanas.
Bertrand Russel, no livro “Vietnã”, traduzido e editado no Brasil pela extinta Civilização Brasileira, faz menção e publicou fotos de experiências médicas à semelhança das que Joseph Mengele fez no regime de Hitler, com prisioneiros de guerra. Um dos principais objetivos dessas experiências era alcançar uma vacina contra os vários tipos de hepatite.
Foram fatos como esse que levaram o pensador e matemático inglês a aliar-se ao filósofo francês Jean Paul Sartre e criar o Tribunal Russel/Sartre, para julgar, a exemplo de Nuremberg (julgou os criminosos de guerra do nazismo, dentre eles Herman Goering, comandante da força aérea alemã na guerra), os criminosos de guerra norte-americanos. Não diferiam um milimetro sequer dos nazistas. Continuam a não diferir.
De Harry Truman, que sucedeu a Franklin Delano Roosewelt (morto em pleno mandato) a Barack Obama, passando por Kennedy, Johnson, Nixon, Reagan, Bush pai, Clinton, Bush filho e o atual, a exceção do período de Jimmy Carter os EUA não mudaram em nada suas políticas imperialistas. Aprenderam a dissimulá-las no que chamo de “efeito Disneylândia”, um mundo de ficção e espetáculo criado pela mídia nos países que controlam e voltado para todos os povos do mundo.
A chamada Rádio Havana Livre transmite vinte e quatro horas por dia para Cuba (seus estúdios ficam em Miami) a ficção de Hollywood.
Milhares de veteranos das duas gerras do golfo, ambas sob o comando dos Bush, pai e filho, estão padecendo de um determinado tipo de câncer como consequência do uso de armas químicas e biológicas contra os iraquianos. Numa determinada região do Iraque o governo pede às famílias que não tenham filhos tamanho o número de crianças nascidas com os mais brutais defeitos como resultado dessa barbárie dos EUA.
E invadiram, ocuparam e saquearam o Iraque acusando o governo daquele país de produzir armas químicas e biológicas para destruição da humanidade. Essas mesmas armas são cedidas a israel e foram usadas em Gaza contra os palestinos.
Não há diferença entre o conglomerado empresarial e militar dos EUA para o conglomerado empresarial e militar de Israel, ou o de Hitler. Ate os campos de concentração foram recriados, caso da base militar dos EUA em Guantánamo, território cubano ocupado por eles.
Balas de urânio empobrecido são parte do arsenal de guerra dos EUA contra os iraquianos, contra os afegãos e contra os paquistaneses, agora que a guerra se estende ao Paquistão.
Uma vez usado esse tipo de munição não existe como eliminar os seus efeitos. Desintegra-se e continua a devastar em formas de isótopos radioativos em mais de não sei quantos espaços.
A acusação não é de governos adversários, não vem do governo do Irã, sob cerrada ofensiva diplomática dos EUA e Israel, mas de Terry Jemison, do US Departament of Veterans Affairs. Mais de 518 mil veteranos de guerra estão neste momento incapazes do ponto de vista médico, em casa, padecendo de doenças provocadas pelas armas químicas e biológicas usadas pelos defensores da “democracia.”
E não só no Iraque nascem crianças deformadas, com falta de cérebro, de olhos, de pernas, braços e doenças do sangue, mas os filhos de veteranos também. Soldados que antes dos conflitos tiveram filhos normais, não os tem mais e 67% das crianças geradas a partir da guerra, por pais veteranos, nos EUA, nascem com essas deformidades.
Os níveis de radiação no sul do Iraque são cinco vezes mais elevados que os suportáveis pelo ser humano, o que aumenta o risco dos habitantes da região. Isso acontece no iraque, na antiga Iugoslávia e no Afeganistão. São regiões inabitáveis.
Essa forma de câncer se manifesta com uma partícula e uma grama de urânio empobrecido liberta 12 mil partículas chamadas alfa por segundo
Todo o trabalho original sobre esse assunto pode ser visto com detalhes em
www.creative-i.info, ou em
www.countercurrents.org/bowles210310.htm
O significado de toda essa barbárie, que continua sob a batuta de Obama, o que pensa que é presidente dos EUA e se supõe negro, prêmio Nobel da Paz, é simples de ser entendido.
Querem o petróleo, a água, todas as fontes de energia possíveis para sustentar o poder imperial dos EUA, os minerais estratégicos para manter seus arsenais capazes de destruir o mundo 200 vezes e não querem que ninguém se lhes possa confrontar na estupidez. Resistir na violência.
É recente o exemplo do golpe em Honduras
Para o Brasil isso tem extrema importância, para o mundo inteiro óbvio. Querem o Brasil para adicionar à coroa de nações submetidas ao modelo capitalista perverso e cruel. Somos grandes e começamos a ser fortes.
Isso não interessa aos EUA.
As armas e as tropas são precedidas da alienação vendida pela mídia através da mentira diária (GLOBO, VEJA, FOLHA DE SÃO PAULO, BANDEIRANTES), por igrejas neopentecostais financiadas através da USAID (UNITED STATES AGENCY INTERNATIONAL DEVELEPEMENT), compram políticos, sustentam partidos (PSDB, DEM, PPS e outros menores) e neste anos vão investir o que puderem para eleger o funcionário da Fundação Ford (braço do conglomerado empresarial e militar) José Collor Arruda Serra presidente da República.
Pior que isso, controlam a maior parte das forças armadas de países como o nosso, submissas, como o foram em 1964 no golpe contra o governo constitucional de João Goulart. A maior parte dos militares brasileiros aceita passivamente o comando norte-americano e rotulam isso de “patriotismo”. Fremem de indignação só de imaginar um Brasil livre e soberano de fato. Fazem orações diárias voltados ao Pentágono no afã de capitular presumindo-se defensores de uma ordem que repete toda a barbárie dos norte-americanos. E aqui, foram legitimados pela Suprema Corte.
Querem com urgência instalar bases militares no Brasil, privatizar a PETROBRAS e levar o pré-sal, tomar conta das reservas subterrâneas de água, transformar esse imenso e extraordinário País em colônia, tal e qual a Colômbia, ou Porto Rico, até porque como dizia Nixon, “para onde for o Brasil se inclinará a América Latina”.
Não a querem inclinada para a liberdade e senhora dos seus destinos. Querem-na submissa aos interesses desse grande conglomerado de violência e barbárie.
São essas as reais preocupações norte-americanas com a paz e a humanidade.