Desde o acordo de paz firmado entre o governo de Rabin e Yasser Arafat grupos extremistas – sionistas – tentam de todas as formas possíveis minar as possibilidades de paz. Rabin não foi assassinado por um “terrorista” palestino, mas por um fundamentalista judeu que protestava contra o acordo. Na cabeça dele e da extrema-direita de Israel o Estado Palestino é inaceitável.
Ariel Sharon, protagonista direto dos massacres nos campos de Sabra e Chatila foi quem comandou a ofensiva dessa direita raivosa. Não foi gratuita sua visita à parte islâmica de Jerusalém. Foi um ato político pensado, planejado e deliberado. O objetivo? Incendiar a opinião pública do país, criar irrealidades e assumir o papel de defensor da integridade de Israel.
A partir dali começa uma escalada de violência e barbárie que chocou o mundo, valeu a perda da simpatia da causa israelense em diversos cantos, dentro do próprio território dos EUA (principal aliado de Israel e onde os sionistas controlam setores estratégicos).
Massacres constantes em Gaza, a construção do muro que impede palestinos de ter acesso à sua terra tomada e colonizada por israelenses, o uso de água de território palestino com privilégios para Israel (fato denunciado pela Anistia Internacional), todo um processo de avanço consciente sobre o território palestino.
Do lado palestino a existência de dois partidos, o Hamas e o Fatah só fez cumprir os termos do acordo assinado por Rabin e Arafat sob mediação de Bil Clinton quando presidente dos EUA.
A vitória do Hamas em Gaza, em eleições fiscalizadas pelas Nações Unidas foi considerada inaceitável pelo governo de Israel. Mais ou menos como se o governo do Brasil mandasse seu embaixador em Washington dizer aos norte-americanos que não aceitava a vitória de Obama e por isso não iria reconhecê-la.
Grupos sionistas controlam setores estratégicos nos Estados Unidos. Banco, grandes corporações, de tal forma que uma crítica do ator Marlon Brando (falecido) a “judeus”, resultou em sua exclusão do mundo do cinema, até que pedisse desculpas públicas. Mel Gibson foi vítima da mesma irracionalidade quando produziu e dirigiu a “Paixão de Cristo” por uma ótica do fundamentalismo católico.
Organizam-se em entidades e candidatos a presidente nunca deixaram de comparecer à entidade nacional, para assegurar que irão, se eleitos, garantir Israel.
As críticas ao sionismo, versão do fascismo entre judeus, surgem desde Einstein. Numa carta publicada pelo jornal NEW YORK TIMES, o físico, que era judeu, critica os “desvios” observados em Israel. Cita, especificamente, em sua carta, o terrorista Menagen Beghin. Foi primeiro-ministro.
Dentro do território de Israel já chega à casa dos milhares o número de israelenses judeus que se negam a prestar serviço militar por não concordar com as políticas terroristas do governo. São processados, julgados e condenados por crime de “deserção”. Não se reconhece ali uma decisão de consciência. O Estado judeu como reparação ao povo judeu pelas perseguições insanas do nazismo transformou-se num estado nazista montado em perseguições insanas contra o povo palestino.
Hitler acreditava na superioridade da raça branca, pura, ariana. Sionistas vendem o fanatismo no fundamentalismo religioso e na presunção de povo eleito, portanto, “superior”.
Os interesses econômicos e estratégicos dos EUA, no fundo, são a essência de tudo isso.
Refugiam-se, os sionistas, na imagem de povo oprimido, sofrido, escoram-se no anti semitismo para isentar-se de qualquer responsabilidade na violência e atrocidades contra palestinos e não raro reagem de maneira brutal às críticas.
Não as admitem. O holocausto, que foi uma realidade, mas matou também ciganos, negros e outras minorias, transforma-se em biombo para esconder a natureza fascista do governo de Israel, do Estado de Israel.
Esgrimem com o pânico semeado na população e agora o alvo é o Irã. É preciso colocar fim ao que chamam “ameaça nuclear iraniana” - que não existe. A única ameaça nuclear no Oriente Médio é Israel – como forma de assegurar o controle de todo o Oriente Médio e todo o petróleo e recursos outros disponíveis em países da região, sobretudo os de maioria muçulmana. E por isso mesmo, uma eventual bomba atômica iraniana é um gesto de defesa.
Os mouros – muçulmanos – ocuparam por séculos uma região da Europa, onde está a Espanha hoje e quando se retiraram todos os monumentos cristãos estavam preservadas, todas as obras de arte intactas. Por onde as cruzadas passaram não ficou pedra sobre pedra.
Têm o controle da mídia na imensa e esmagadora maioria dos países da Europa, nos EUA e em vários outros, América Latina, por exemplo. Vendem as versões que convêm aos negócios e não os fatos.
Numa sociedade como a nossa, capitalista, cruel, perversa, que esmaga o ser humano e o transforma em mero objeto consumidor, conseguem disseminar imagens da pobreza palestina para se mostrarem capazes de gerir toda a região, ao contrário daqueles que chamam de “terroristas”.
Uma perversidade sem tamanho, típica do capitalismo, a idéia de sucesso, de progresso, de bem estar, mesmo que montado na barbárie e na hipocrisia da crença religiosa transformada em instrumento de opressão política e econômica.
E ainda que escondida atrás de outro muro da vergonha.
É onde a vergonha é relativa. Se do inimigo, vergonha. Caso contrário, garantia da democracia, liberdade, da vida, etc.
Milhares morreram no Iraque numa guerra boçal e estúpida montada por George Bush para controlar o petróleo daquele país. O pretexto, armas químicas e biológicas mostrou-se falso. Não existiam.
Não existe anti semitismo, mas um muro criado para impedir que palestinos tenham o seu Estado, tenham a sua terra, como decidiu em 1947 a ONU. Esse muro está tinto de sangue de palestinos presos, torturados, assassinados, mulheres estupradas, como de judeus que se recusam a aceitar essa barbárie.
Confundem de propósito. Não são judeus como aqueles que estão nos cárceres por se recusarem a cumprir o papel de animais. São sionistas, versão para o nazi-fascismo do Estado terrorista de Israel.