ATÉ QUE O HOMER NÃO É TÃO BOBO ASSIM

Margie Simpson, em poses sensuais, deverá ser a primeira figura de desenhos/animação de tevê a ser capa da revista PLAYBOY. Os editores da publicação norte-americana chegaram à conclusão que Margie é a dona de casa mais famosa da televisão dos Estados Unidos e que seria interessante mostrar porque Homer, o idiota mais famoso daquele país, casou-se com ela. Hilary Clinton não é páreo para Margie. Entende de golpes.  

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Está aí a senhora Simpson em poses sensuais. Como convém a uma dona de casa, mãe de pimpolhos, as fotos buscam guardar um certo recato e as rosquinhas são apenas sugestão. Que tipo de sugestão não sei, mas são.

William Bonner, editor e apresentador do principal noticiário da televisão brasileira a versão nacional da mentira de WALL STRET, está correndo as universidades do Brasil inteiro para lançar seu livro sobre os quarenta anos do assim chamado JORNAL NACIONAL. NACIONAL dos EUA. 
No Recife desentendeu-se com um professor de uma faculdade de comunicação ao afirmar que os alunos deveriam receber o conhecimento sem orientação ideológica para que pudessem optar por formar suas próprias opiniões.

O cretino é interessante. Ele se vale de argumentos de aparente verdade, realidade, enquanto na prática vende a irrealidade, a mentira. É o caso de Bonner…

O que é o JORNAL NACIONAL se não um amontoado de notícias montadas e expostas ao sabor de formar um monte de Homer Simpson, como ele próprio rotulou os telespectadores padrão do lixo que apresenta?

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Margie Simpson na PLAYBOY é uma conseqüência desse modelo. Seria a realidade transformada em ficção? Não. Em espetáculo. Ou caberia perguntar o contrário? Não, a pergunta é aquela sim, realidade transmutada em ficção  que resta sendo a única coisa real.

Breve, para não fugir à rotina, com certeza vão apresentar Margie seduzida pelos encantos de algum Bonner da vida, cansada de suportar a mesmice de Homer, aquele negócio de sujar o sofá de restos de batatas fritas, deixar as latas de cerveja espalhadas pelos cantos e não entender absolutamente que é um bobo em mãos de seus chefes. Por isso é Homer Simpson e seja lá o time que torce, não percebe os encantos de Margie.

A série é de fato uma das melhores da televisão, ou era, até que ao perceber a crítica demolidora e cruel, a sociedade norte-americana, as elites lógico, se apropriaram desse caráter crítico e transformaram em hit, na medida exata que o próprio Homer não se importa de ser Homer, tal e qual ele o é, mas gosta e aceita, aí pulo do gato, já que resignado ao seu papel de carregador de liteiras.

É perfeita aquela história do prisioneiro num campo de concentração que propõe ao comandante ser o seu cachorro (o cachorro do SS havia morrido) e mostrou ser mais vantajoso  no quesito custo/benefício (bem o estilo do mundo de hoje, se o custo é ser encaçapado depende do beneficio, se valer a pena, o resto é questão de água e sabão). 

Não é por acaso, na série, que Homer trabalha numa usina nuclear. Não consegue voltar a ser gente mesmo com sua alma pura no sentido trabalhador cumpridor de seus deveres e que não questiona a sopa de pedra de todo dia.

Por que Bonner no seu show Brasil afora não explica o silêncio na campanha das diretas? A cumplicidade com a ditadura militar? O capital estrangeiro desde o primeiro momento?  E toda a mentirada acumulada ao longo desses quarenta anos que tornaram o JN senil precocemente? Aquele desvario histérico de Miriam Leitão anunciando milhões de mortes por gripe suína? 

Quando perguntaram a ele sobre a edição do debate Lula versus Collor em 1989, ele negou que a empresa, GLOBO, estivesse ajudando Collor, mas apenas os jornalistas não entenderam os seus limites profissionais e técnicos. Esqueceram-se de perguntar da manipulação na contagem de votos em 1982. Um empresa de militares da ditadura, ligada a GLOBO, a PROCONSULT, transformava os votos em branco para o adversário de Brizola. A fraude foi descoberta e a GLOBO teve que engolir, em seu estúdio, Brizola dizendo “por que a GLOBO dá um resultado e as outras todas dão outro resultado?”

Tremendo cara de pau, literalmente pilantra sem qualquer escrúpulo ou respeito, até porque quando enfrenta um auditório imagina que esteja falando para Homer Simpson.

Pobre Homer, cidadão pacato, cumpridor de seus deveres, trabalhador que não questiona se o chefe mandar que pule no rio e agora, vendo expostas em plena PLAYBOY as partes íntimas (RS), o “esplendor” de Margie.

Onanistas do mundo uni-vos!

Sugiro uma edição do BB – Big Brother – em todos os países onde o bordel seja apresentado, só com figuras de desenhos animados (digamos assim). Podem fazer com a tecnologia que dispõem. Mickey e Minie. Pato Donald e Margarida. Homer e Margie, vai por aí afora, Bonner, Haack, Miriam, Alexandre. Em desenhos, animações tem Drácula também.   

Marx, sem qualquer conteúdo que haja necessidade de convocar a Marcha da Família com Deus pela Liberdade (com Homer à frente), diz o seguinte – “os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os pensamentos dominantes. Dito de outra forma a classe que é a potência material dominante é também a potência dominante espiritual... Os pensamentos dominantes não são outra coisa que a expressão ideal das relações materiais expressas sob forma de idéias”.

Está em “A ideologia alemã”, escrito em 1840 e pode ser vista em “Marx para apressados”, de Roberto Misik, tradução de Frank Svensson, edições ALVA.

Bonner não leu Marx, não sabe ler fora do teleprompter, mas é programado para interpretar o papel que lhe cabe no contexto determinado pelas classes dominantes.  Tipo caras e bocas. 

Mais ou menos assim. Alexandre Garcia faz o cafajeste. Miriam Leitão faz a furibunda. Fátima Bernardes finge que não faz nada, dá a impressão que faz e pronto. William Waak deita sabedoria sobre o pré-sal e Bonner faz o bom menino, arrumadinho, ajeitadinho, coisa e tal.

Pedro Bial passa a régua com aquela história de “meus heróis.”

Como é bom lembrar o governador do Paraná Roberto Requião, em outubro de 2006, com dedo e riste chamar essa gente toda de mentirosa, de canalhas e todos, sem exceção, admitir e se desculparem pelo “erramos”.

Haja pilantragem.  E cretinismo. 

Nas viagens o Bonner vende o livro e autografa. E paga para o show. Está buscando “ilustrar” os alunos de comunicação, vender “informação isenta”. 

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