O documentário A REVOLUÇÃO NÃO SERÁ TELEVISIONADA, que mostra a farsa do golpe contra Hugo Chávez em abril de 2002 foi desmantelada pela reação popular. Em agosto do mesmo ano, debaixo de pressões internacionais Chávez venceu um referendo popular sobre sua permanência ou não no governo. Levou Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA e um dos observadores a dizer de público que “os venezuelanos de fato querem Chávez”.
Na preparação do golpe, numa reunião em uma das casas de um dos bairros mais luxuosos de Caracas, um dos coordenadores recomenda cuidado com os empregados domésticos e os trabalhadores que moram em favela, pois funcionam como espiões de Chávez. Uma senhora brilhando com suas jóias diz que a Venezuela vivia em paz antes de Chávez, com todos trabalhando e outra, mais jovem, declara que os “pobres não sabem quanto custa ser rico”. Sugere que enriqueceu pelo trabalho.
O ódio e disseminado pelas redes privadas de tevê e a cada cena do documentário vai se desmontando todo o esquema preparado em Washington e com os lacaios do empresariado, dos banqueiros e dos latifundiários daquele país.
Montam o referendo e importam as urnas eletrônicas brasileiras, a empresa encarregada da totalização e Chávez e o Comitê Eleitoral liquidam a fraude em curso com a exigência do voto impresso.
Desde que Nelson Jobim, então presidente do STF – Supremo Tribunal Federal – pede a Eduardo Azeredo (renunciou por corrupção ao mandato de deputado e à época era senador) um projeto eliminando a hipótese do voto impresso no Brasil, considerando as máquinas infalíveis, as denúncias de fraudes se avolumam.
Especialistas no assunto demonstraram no TSE, à época, as vulnerabilidades das urnas.
E antes disso, em 1982, uma empresa montada por agentes do antigo SNI – Serviço Nacional de Informações -, a PROCONSULT, programa a totalização dos votos nas eleições do estado do Rio de Janeiro para transformar votos brancos e nulos em favor de Moreira Franco, com o objetivo de derrotar Leonel Brizola. A fraude é desmascarada e Brizola vence as eleições.
Podre e venal, a mídia de mercado não noticia as denúncias, por exemplo, do deputado e delegado de Polícia Federal Protógenes Queiroz (prendeu o banqueiro Daniel Dantas) nas eleições desse ano. Omite-se por representar interesses dos fraudadores.
Aécio Neves, traficante drogas e usuário, corrupto, acusado em vários processos e candidato tucano a presidente, só não babou e espumou no debate da TEVÊ BANDEIRANTES, pois a vacina contra raiva deve ter tido um efeito parcial. Mas, mesmo assim, com os olhos esgazeados de quem não enxerga nada, chamou a presidente da República e sua adversária, Dilma Roussef, de “leviana” e “mentirosa”.
Acostumado a bater em mulheres que não o obedecem, a demitir e prender jornalistas mineiros que não publicam o que deseja, começa a se derreter ali, na violência e no ódio que reflete, a construção da mídia e das elites que, no Brasil, são bem mais que tacanhas e bisonhas.
Um jovem que não tem a menor idéia da História do País, diz num vídeo que é um absurdo “os negros pretenderem o poder, pois o País foi colonizado por brancos e somos superiores”. É eleitor de Aécio e pede a volta da ditadura miitar. O mesmo faz aos berros uma jovem, que não tem a menor idéia dos porões ensanguentados da ditadura.
A campanha do PSDB, partido paulista e das elites brasileiras, é isso. Ódio, mentiras e fraudes.
É preciso estar atento até o último minuto, pois sabem que estão derrotados e vão tentar tudo, principalmente na sexta-feira, no debate da REDE GLOBO, principal veículo de comunicação do País, e porta voz da mentira. Capaz de distorções e fraudes, como fez em 1989, no debate entre Lula e Collor.
É uma eleição em que a escolha é óbvia. A da sobrevivência do Brasil como nação soberana, livre, senhora de si e de outro lado o tráfico, a barbárie capitalista dos norte-americanos e suas corporações. O Brasil diz respeito a toda a América Latina e hoje é uma voz mundial. Querem nos calar, derrotando Dilma.
Querem secar os trabalhadores, como secaram São Paulo com ódio, mentiras e fraudes.
- Laerte Braga
- Opinião