O fato da bancada do  JORNAL NACIONAL ter-se transformado em comitê eleitoral do PSDB, não significa  que o partido vá vencer as eleições presidenciais deste ano. Nem os artigos  pífios de Eliane Catanhede na FOLHA DE SÃO PAULO. Nesse jornal você lê, quando  tem estômago, o que escreve a assessora de José Serra e nas páginas à frente  encontra Jânio de Freitas restabelecendo a lucidez e o brilho do jornalismo.
  O jingle de campanha do  governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição, exclui o nome de Aécio  Neves, candidato do partido a presidente. O aeroporto privado de Cláudio,  construído com dinheiro público, o de Montezuma, para favorecer negócios de uma  empresa do ex-governador de Minas e sua irmã, pesam e são como pedras levando a  candidatura presidencial ao fundo.
  O “vamos conversar” de  Aécio termina quando as perguntas são incômodas e a expressão para isso é  simples. “Assunto encerrado”. Não há conversa, imagina estar em Minas Gerais,  onde comprou a mídia e deita rola com distorções, omissões e mentiras.
  O ninho tucano é um  serpentuário e tem José Serra pronto para o “sacrifício” de uma candidatura  presidencial, caso Aécio perceba suas impossibilidades, ou seja forçado a renunciar  à candidatura diante de um quadro cada vez pior e numa certa medida aterrador.
  Quem não conhecia Aécio já  está chegando à conclusão que, cada vez que o candidato abre a boca, espanta  milhares de eleitores. É bem mais que um desmiolado, ou é um desmiolado por  conta de drogas, corrupção em que é réu num processo no Tribunal de Justiça de  Minas, por desvio de verbas da saúde, ou pelas bebedeiras nos bares do Leblon,  seja dirigindo com carteira vencida e para lá de Bagdá.
  Não adiantam nem os  esforços e esgares de um pulha chamado Arnaldo Jabor. Sua opinião não vale um  centavo depois de preconizar um “vexame” na Copa do Mundo. No duro mesmo,  mistura torcida com opinião jornalística e aí vai para o brejo. Sonha ser Paulo  Francis, mas nem nas fraldas está.
  E nem tem como chegar. Fez  um ou outro filme de sucesso, mas como ator é um desastre, caricatura de um  canastrão.
  Serra tem que apressar o  girar da metralhadora para que Aécio perceba seu fracasso. Num determinado  momento o seu plano pode virar suicídio e aí não interessa.
  O plano”B” de Alckmin e  Serra é a reeleição de Dilma Roussef, apostando num fenômeno chamado “fadiga do  PT, em 2018 e a perspectiva de reentrar em cena glorioso e triunfal, como  princesa Anastácia a esquecida (Aécio retirou-a dos escombros da história), mas  original. 
  Os dois, Serra e Alckmin  são aliados até as eleições, depois não. Vão se picar no serpentuário tucano,  vai emergir aquele cujo veneno for mais forte e mais rápido e decisivo.
  Sabem que Marina, pelo menos  até agora, cometeu haraquiri na aliança com um descerebrado como Eduardo Campos  e em 2018 será uma pálida lembrança, a despeito das voltas que a política dá,  da incapacidade de montar sequer um partido. 
  E até a serpente maior,  FHC, já se disse disposto a ser candidato. Seria ótimo, iria para o devido  lugar que a história lhe reserva, o almoxarifado dos vultos negativos.
  Nesse ninho de serpentes,  Aécio é uma cobrinha inexpressiva, está sendo devorado e suas explosões  públicas, ou suas jogadas de bandido de terceira categoria não estão resultando  no que ele imaginava. Nem com as bruxarias de sua irmã Andréa.

  




























