Por trás da megalomania de Edir Macedo, que já foi pai de santo, o Templo de Salomão tem muitos significados. E o menor deles foi a tragicomédia do bispo de quase diretamente se proclamar algo como a reencarnação do profeta Abrahão, um dos mitos do Velho Testamento. Falta pouco para que se declare o novo Cristo, encarnado e vivo para salvar a humanidade.
São notórias as ligações de Macedo com as agências de segurança e inteligência dos EUA e uma rápida busca em informações de tempos não tão distantes assim vai mostrar que o líder da Igreja Universal foi para os EUA na condição de foragido, recebido com desconfiança naquele país e num dado momento transformou-se em figura querida da CIA – Agência Central de Informações – e da NSA – Agência Nacional de Segurança –. Estendeu seus tentáculos por todo o território norte-americano e chegou a Israel, país sócio dos EUA no conglomerado empresarial ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.
Tem vários templos em Israel e em diversas oportunidades declarou à sua própria emissora de tevê a RECORDE, que seu objetivo é levar a Universal aos países muçulmanos e “libertá-los” do atraso.
Três bandeiras foram hasteadas na inauguração da obra realizada irregularmente – alvará de reforma. A do Brasil, da Igreja Universal e a de Israel. O hino de Israel foi executado e as cores e paramentos usados por Macedo e seus seguidores eram as de Israel.
Macedo trabalha com setores da extrema-direita que vai da Academia ao lúmpen do proletariado, num processo de alienação crescente que garante a vida eterna no paraíso, enquanto enriquece cada vez mais. É megalomaníaco mas não rasga notas nem de reais e nem de dólares. Pelo contrário, as acumula.
Contraria seus próprios fundamentos, escorados em Cristo, ao desconhecer a posição do judaísmo sobre o próprio Cristo, curiosamente, um dos profetas do Islã.
O jogo é político e não foi por outra razão que líderes evangélicos protestaram junto a Itamaraty contra a política brasileira em relação ao genocídio contra palestinos e de publico, caso do pastor Silas Malafaia (o que chutou a imagem de Nossa Senhora da Aparecida).
O avanço evangélico no Brasil tem objetivos claros e definidos de levar o País à Idade Média de um “cristianismo” moldado segundo o capitalismo e os interesses de ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A. O número de pastores candidatos às eleições de outubro próximo cresceu 40 em relação as anteriores. Dado amplamente divulgado pela mídia, mesmo a podre e venal que também apoia Israel no massacre de crianças e civis na Faixa de Gaza.
Vivemos um período de campanha eleitoral e dificilmente o governo tomará providências contra as várias falcatruas de Macedo e outros líderes evangélicos. A fé é um direito de consciência e não se pode questiona-lo. Mas a fé a serviço do embuste é crime, é estelionato e os olhos das autoridades não pode se fechar ao falso Abrahão, tal falso como o primeiro, parte de uma coleção de lendas no Velho Testamento. É importante não se esquecer que como Moisés demorasse muito com a tábua dos dez mandamentos, o povo de Israel construiu e adorou um bezerro de ouro, chutado e pisoteado pelo próprio Moisés.
Hoje, a tábua foi jogada fora e o bezerro está em Wall Street na forma de touro e em Tel Aviv, no desenho das bestas feras que matam, estupram e praticam toda a sorte de barbárie contra palestinos.
As igrejas evangélicas tomam um rumo diverso do rumo do País. Marcham na contramão da História e representam interesses que não são os de um estado laico, livre e soberano.
O Templo de Salomão é uma ode à violência, ao atraso, a barbárie e vem disfarçado de cordeiro. Macedo é só um vivaldino que descobriu em Cristo um grande negócio, ou como disse alguém, um prodígio como vendedor. Cedo ou tarde, tomara que cedo, esse atraso terá que ser combatido. Do contrário teremos hordas de evangélicos fanatizados incendiando o Brasil.
