A TURMA DO BATE CABEÇA

Aécio acabou escolhendo Aluísio Nunes, tucano de São Paulo e ex-ministro do governo FHC, ora com assento no Senado, onde se especializou em ofender jornalistas que perguntam o que ele não gosta de responder – propinas da ALSTOM no caso do metrô paulista.
Foi por exclusão. Todos os convidados anteriormente recusaram.
O senador vai ser seu parceiro de chapa, seu vice.
A indicação veio junto com a notícia que Eduardo Perrela, deputado estadual em Minas e filho do senador Zezé Perrela, vai ser indiciado pela justiça na modalidade enriquecimento ilícito.
Traz a tona o caso do helicóptero apreendido pela Policia Federal com 450 quilos de cocaína. Foi no Espírito Santo, mas é propriedade de pai e filho e Aécio correu, à época, a levar seu apoio a família, que unida no tráfico permanece unida na política. O piloto assumiu a culpa. Foi preso e já está na rua.
No caso dos Perrelas não dá para a máfia tucana usar o velho lema – “nada pessoal, só negócios”. As entranhas vão fundo demais e Aécio é contumaz usuário da droga, o Brasil inteiro sabe disso, pelo menos os torcedores do Mineirão que cantaram “ô Maradona cadê você, o Aecinho cheira mais que você”. No máximo um silêncio estratégico e um sair de cena momentâneo. Evita o pior.
Já o piloto não. É um tijolo que removido não afeta a estrutura do edifício e não coloca os negócios em risco. No máximo um buraco na parede.
Já o caso de Aluísio Nunes é diferente. Está envolvido até o dedão do pé no caso das propinas pagas pela suíça ALSTOM para obter vantagens na construção do metrô paulista. Sai de cena a sangria da Cantareira. No novo ato e no novo cenário volta o metrô.
Como acontece nas máfias o pagamento é cash. Em espécie. Vem dentro de malas, ou transferido para contas secretas no exterior. Foi assim com o PTB de Roberto Jeferson que repete o de sempre – mesada.
Aécio aconselhou as “mercadorias” que comprou a permanecerem sugando o governo mais um pouco e depois “vem para nós”. É típico. São prefeitos, deputados, senadores empenhados na “defesa” dos interesses nacionais, estaduais ou municipais.
Já Eduardo Campos foi aconselhado por seus assessores a tomar o lugar de protagonista. Tem sido de Marina da Silva sua vice. No dia do jogo Brasil e Chile, sábado, 28 de junho, foi a convenção nacional do PSB. Custo baixo, 50 reais por cabeça presente. Os tucanos pagaram um pouco mais.
O motivo do conselho foi simples. Estava comprada uma aparição num jornal da REDE GLOBO ao meio dia, horário de pique da audiência por conta do jogo e Marina falou tanto que não deu para o candidato a presidente aparecer. O discurso da vice está sendo traduzido e breve deve ser apresentado aos seus partidários e aos brasileiros interessados em aprender “marines”.
Em todo caso, segundo um dos marqueteiros, as bandeirolas e as bolas de gás ficaram bonitas e embelezaram o salão onde se deu o lançamento. O candidato diz que vai renovar a politica brasileira.
Está redefinindo o conceito de renovar.
O bate cabeça da oposição é visível e em determinados momentos até engraçado, não fossem os riscos que os dois candidatos apresentam para o Brasil e os brasileiros.
Em todo caso, com a modéstia que lhe é característica, “coloquei o Amapá no mapa”, José Sarney anunciou sua aposentadoria. Em seguida a filha Roseana fez o mesmo.
Mas fazer o que? Pelo menos as bandeirolas e bolas de gás estavam bonitas e enfeitaram o salão. E, no caso Aécio, o candidato tem planos de sugar o Brasil e os brasileiros por pelo menos quatro anos, caso venha a ser eleito, hipótese por enquanto remota.

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