Ubirajara Barbosa Barreto eu conbeci o pai dele o sr. José da cunha Barreto. Não sei muito das origens do pais e avós do seu Barreto mais afirmo que sao de alguma tribo de nossa regiao. A minha origem eu sei que vem dos Urutús, tribo extinta dos sertões de Carapebus e Capelinha do Amparo. Dizia meu primo Ruy Pinto da Silva, irmã de Talita e companheira do Bira, que estes nossos antepassados eram antropofados e comiam os invasores franceses quando da nosso colonização nos idos de 1500.
Foto: Cláudia Barreto |
Bira Barreto tem tudo para eu afirmar que nele corre este sangue. Em Talita eu sei que corre. Durante toda a sua vida, Jajara (a quem dedico uma profunda amizade e respeito0, nao fez outra coisa que nao fosse se "embrenhar nos matos". Desde a Macaé bocólica e pura dos anos 30, onde ele "matava toda sorte de bichos que caçava com seu pai para alimentar a boca de 11 irmaos e dezenas de primos, este meu amigo sempre foi um destruidor de espécies. Claro que nesta época tudo era permitido. Passarinhos, ele trazia nas fileiras de seu bornal e vários bichos "comíveis e papáveis eles os trazia aos montes para sua morada na rua da Boa Vista onde tambem morava meus avós Mathias Lacerda e Alice Quintino de Lacerda. Jajara só nao sabia era pescar. Isto ele aprendeu comigo, numa linda tarde de verao quando eles e seus irmaos mais novas tentavam pegar robaletes na Ponte do Rio Macaé. Eu cheguei, como quem nao queria nada, peguei o caniço das mãos de Paulinho e, jogando ao Rio, trouxe um grande Robalo. O peixe devia estar de boca aberta esperando a isca...Jajara, uns 10 metros a minha frente vem correndo, como se não acreditasse na algazarra que faziam os "pescadores da beira do rio". Vira-se para mim e pergunta: como foi isso? Que voce fez?, eu, que sempre estou com meu humor aflorado e sebendo da religiodade Batista do Bira, respondo sem dar tempo dele nem olhar o bicho que estrebuchava ao chao: Eu fiz a oraçao do pescador. E, rindo fui falando: Senhor, fazei que eu pesque um peixe tao grande, tao grande que quando tiver que contar as pessoas, não precise aumentar o tamanho...
Dai para frente, toda vez que a gente se encontra ele, com seu olhar de pequeno pescador, me olha e rimos...
Sua filha Claudia esteve em mimha casa a poucos dias em companhia de Gizele Santos. Fazia levantamentos sobre ex prefeitos e dei alguns informes. Gostaria muito de escrever sobre as histórias das antigas caçadas macaenses, falar no dr. Faustino Marciano de Castro e tuda a sua turma de "mentirosos caçadores", no velho José da cunha barreto e suas longas histórias na cadeira de balanço da sua casa na av. Ruy Barbosa, enfim, trazer para O REBATE on-line estas passagens lindas da vida de uma cidade que está mais do nunca fortificada com a presença de Petroleiros que se misturam aos Ferroviarios, forjando uma raça alegre e cheia de bons frutos...Quem sabe um dia edite o PINGUIN DA RUA DO MEIO...