
BATISTA CABRAL(ao centro), LADEADO POR CLAUDIO E CHICÃO NA ESTANCIA VISTA ALEGRE, MORRE EM PLENO VIGOR E TRABALHANDO PELO POVO

Macaense/Campista era sempre ao lado do colunista e fundador do PT Almir da Silva Lima que Batista Cabral tomava ciencia de nossas histórias. Sabedor que Almir era filho do poeta/gráfico Maximiliano Lima e,que dele emanavam as saudades de uma Macaé bocolica e alegre, Cabral mantinha contato constante com Almir. Além do que foi um dos fundadores do PT de Macaé e Campos. Não se conformava com o rumo que o partido vinha tomando e preferia não falar em politica nos últimos dias de sua vida.

(foto com Chicão Jardim e Claudio Pinto, pilares de nossa história na minha Caxanga do ex bairro do Mulambo hj Novo cavaleiro)...)


Foi uma de suas mais lindas aparições. Em companhia do velhos Amigos Armando, Chicão, Claudio Pinto e outros convidados ele se destacava sempre pela eloquencia e o bom humor.
A perda deste velho companheiro marca a tristeza de toda a comunidade jornalistica da região. Na rediofonia, que vem dos Campos dos Goitacazes até Cabo Frio dos Tamoyos, havará uma lacuna de dificil preenchimento e o calamento de sua vóz será o fim das vozes do POVO que tinha nele seu mais autêntico representando. Bairros, cidades da região, ruas e vielas já estavam acostumados com a sua presença em reportagens e denúncias de irregularidades.
As poucas vezes que o convidei para voltar ao jornalismo escrito ele sempre dizia que o dia ia chegar. Que sua missão ainda não tinha se encerrado no radio. Mais que seria no O REBATE que pretendia terminar seus dias de reporter e colunista.
Segundo alguns amigos que tiveram contato com Cabral ele vinha sofrendo de alguma coisa no pulmão. Forçava a vóz para que ninguem o visse sofrer e mantinha o mesmo tom alegre que o caracterizou pela entonação e postação iniqualável.
Ultimamente estava com um projeto de levantamento da atuação da Elite Macaense dos anos trinta até a presente data. Grande mesmtre da historicidade ele separava as chegadas dos Espannhós e dos Portugueses em Macaé. De um lado, dizia ele, estava a sociedade das elites onde se fixou os Alvarez. Foram criadores dos clubes socias e atuavam na velha imprensa de Macaé nos anos 40, 50 e inicio de 60.
Do outro lado estava o Portugues Jose Murteira que se fixava com a classe mais pobre de Macaé e fazia das aspirações populares o encontro deste POVO. No Futebol o Murteira, dizia alegre o nosso Cabral, criava times de futebol como o Vasco em 1927 (foto que publicaremos). Do outro lado os espanhóes construiam as suntuosas sedes dos Clubes, como o Tenys.
Esta diferença de ações, segundo ele, tem até hoje nas elites de Macaé e ele, iria, pelas páginas de "O REBATE" esmiuçar estes dados que ele havia feito, de início em companhia de Euzébio Luiz da Costa mello e Claudio Upiano Santos Nogueira Itagiba.
Uma grande perda para nossa região. (José Milbs de Lacerda Gama editor)...
( fotos tiradas no aniversário de José Milbs na linda Estância Vista Alegre no bairro do Novo Cavaleiro)
