BATISTA CABRAL(ao centro), LADEADO POR CLAUDIO E CHICÃO NA ESTANCIA VISTA ALEGRE, MORRE EM PLENO VIGOR E TRABALHANDO PELO POVO
A região de Petróleo foi surpreendida pela noticia da morte do jornalista Batista Cabral. Jovem, militava na imprensa desde sua tenra idade. Trabalhou no "O REBATE", nos anos de 67 a 76 e foi contemporâneo de Euzébio Luiz da Costa Mello, Claúdio Upiano Santos Nogueira Itagiba, Armando Barbosa Barreto, Izaac de Souza e de tantos outros gráficos e colunistas que fizerem a verdadeira história do jornalismo da região.
Macaense/Campista era sempre ao lado do colunista e fundador do PT Almir da Silva Lima que Batista Cabral tomava ciencia de nossas histórias. Sabedor que Almir era filho do poeta/gráfico Maximiliano Lima e,que dele emanavam as saudades de uma Macaé bocolica e alegre, Cabral mantinha contato constante com Almir. Além do que foi um dos fundadores do PT de Macaé e Campos. Não se conformava com o rumo que o partido vinha tomando e preferia não falar em politica nos últimos dias de sua vida.
Como Reporter de Rua foi imbatível. Fazia cobertura radiofôncia para uma Rádio Local e sua presença alegre, bem entrosada com o mundo das coisas que que só o bom reporter pode fluir, foi lhe dando credibilidade nas informações e lhe formando a existencia profissional.
(foto com Chicão Jardim e Claudio Pinto, pilares de nossa história na minha Caxanga do ex bairro do Mulambo hj Novo cavaleiro)...)
Leitor de carteirinha de O REBATE de onde sempre quardou lembranças e casos pitoresco ele é visto nestas fotos por ocasião do aniversário deste editor "que vós fala".
Foi uma de suas mais lindas aparições. Em companhia do velhos Amigos Armando, Chicão, Claudio Pinto e outros convidados ele se destacava sempre pela eloquencia e o bom humor.
A perda deste velho companheiro marca a tristeza de toda a comunidade jornalistica da região. Na rediofonia, que vem dos Campos dos Goitacazes até Cabo Frio dos Tamoyos, havará uma lacuna de dificil preenchimento e o calamento de sua vóz será o fim das vozes do POVO que tinha nele seu mais autêntico representando. Bairros, cidades da região, ruas e vielas já estavam acostumados com a sua presença em reportagens e denúncias de irregularidades.
As poucas vezes que o convidei para voltar ao jornalismo escrito ele sempre dizia que o dia ia chegar. Que sua missão ainda não tinha se encerrado no radio. Mais que seria no O REBATE que pretendia terminar seus dias de reporter e colunista.
Segundo alguns amigos que tiveram contato com Cabral ele vinha sofrendo de alguma coisa no pulmão. Forçava a vóz para que ninguem o visse sofrer e mantinha o mesmo tom alegre que o caracterizou pela entonação e postação iniqualável.
Ultimamente estava com um projeto de levantamento da atuação da Elite Macaense dos anos trinta até a presente data. Grande mesmtre da historicidade ele separava as chegadas dos Espannhós e dos Portugueses em Macaé. De um lado, dizia ele, estava a sociedade das elites onde se fixou os Alvarez. Foram criadores dos clubes socias e atuavam na velha imprensa de Macaé nos anos 40, 50 e inicio de 60.
Do outro lado estava o Portugues Jose Murteira que se fixava com a classe mais pobre de Macaé e fazia das aspirações populares o encontro deste POVO. No Futebol o Murteira, dizia alegre o nosso Cabral, criava times de futebol como o Vasco em 1927 (foto que publicaremos). Do outro lado os espanhóes construiam as suntuosas sedes dos Clubes, como o Tenys.
Esta diferença de ações, segundo ele, tem até hoje nas elites de Macaé e ele, iria, pelas páginas de "O REBATE" esmiuçar estes dados que ele havia feito, de início em companhia de Euzébio Luiz da Costa mello e Claudio Upiano Santos Nogueira Itagiba.
Uma grande perda para nossa região. (José Milbs de Lacerda Gama editor)...
( fotos tiradas no aniversário de José Milbs na linda Estância Vista Alegre no bairro do Novo Cavaleiro)