É claro que, Jesus, não era um homem como outro qualquer! E, até hoje, se discute sobre esta questão. Inclusive, o Papa Bento XVI, em seu livro “Jesus de Nazaré”, iguala Jesus a Deus. Alguns especialistas influentes acham que a imagem de Jesus se assemelha mais a de um filósofo influenciado pelos gregos, um reformador social ou revolucionário que não dava importância ao lado místico da religião. Não discuto qual das opiniões, se a do Papa ou dos especialistas, é a correta. De uma coisa tenho certeza, Jesus é diferente. É Iluminado!
Quando digo que Jesus é iluminado, é porque acho que Deus é uma grande energia. E, que, todos nós, viemos dessa energia e, a temos em nossa composição. Portanto, a sua luz, a minha luz, para ser bem iluminada, depende de nós. E Jesus, fez por onde, com sua clareza e gerando energia positiva, uma aproximação maior com Deus.
A visita do Papa ao Brasil, fica claro e evidente que, o maior objetivo, é conter o avanço, em um dos maiores países católico do mundo, das religiões evangélicas. Ou seja, uma guerra-fria de religiões.
A religião, em sua magia, deveria unir a humanidade, mas o ideal mercantilista das mesmas, está fazendo o contrário. Está dividindo. As pessoas estão individualistas tipo “farinha pouca meu pirão primeiro”. E, não foi para isso que Jesus se sacrificou. Jesus abriu mão de sua própria vida para nos ensinar o amor. O amor à natureza, o amor aos animais e o amor aos nossos semelhantes. Acho que tudo é válido em nome da paz e do amor. A visita de um líder religioso, um festival de rock, uma passeata, tudo! Mas o que acontece é que, após esses eventos, a multidão se dispersa e volta para o seu dia a dia individual. Esquecendo da miséria, da falta de educação e muitas outras coisas.
Bem-vindo sempre Papa! A sua presença, pelo menos em alguns dias, trará a paz. E, volte sempre! É bom ter em nossa terra, pessoa de grande capacidade intelectual para nos ensinar. Mas, aqui em Macaé, se nos fizesse uma visita, apesar de toda a sua sabedoria, iria aprender mais um pouquinho com Izael. Izael, órfão de pai e mãe desde criança, teve que ser criado por familiares. Para poder sobreviver, Izael teve que abandonar os estudos ainda criança para ganhar a vida vendendo bom bocado (doce) na praia. Sem pai nem mãe, tornou-se alcoólatra e parou de trabalhar. Virou um pedinte e, assim, excluído da sociedade. Mas, o único mal que Izael faz é a si mesmo. Hoje, vive sozinho, em companhia de dois amigos cachorros que o acompanha para baixo e para cima. Semana passada, como de rotina, sete horas da manhã, Izael me pediu para lhe pagar um café com leite e um pão com manteiga em Zé Mengão. Como sempre, pedi a Zé para preparar. Izael bebeu o café com leite e pediu para embrulhar o pão. Achei estranho e o segui. Quando chegou na primeira esquina, parou e desembrulhou o pão e o dividiu com os dois amigos cachorros que lamberam os beiços. Para mim, foi a melhor coisa que presenciei nos últimos tempos. Foi uma lição de vida. Izael, pessoa simples e excluída, totalmente desprendido das coisas materiais, mas, cheio de amor no coração. Assim, imagino que tenha sido Jesus cristo.
Acho que, para passar mensagens de amor, você não precisa parar os céus com bloqueio do espaço aéreo. Não precisa de um grande aparato milionário. São de gestos simples como o de Izael, que o senhor poderia passar como exemplo aos seus fies em seus sermões.