O fabulista grego Esopo acreditava que nada pode mudar a natureza de um ser vivo.
No século VI a,C., ilustraria sua convicção com a história do escorpião e da rã. Os dois animais defrontam-se com um grande rio.
A rã sabe nadar, o escorpião, não. Ele apresenta-lhe uma proposta. Se a rã o colocar em suas costas, ele a ajudará a enfrentar os perigos da travessia. Ambos chegarão ao outro lado sãos e salvos.
A rã acha a idéia ruim: "Não é de sua natureza cooperar, caro amigo." O escorpião afirma que a desconfiança não faz sentido: "Se eu atraiçoar você, também afundarei."
A rã concorda com o argumento. No meio da travessia, o escorpião fere mortalmente a rã. Os dois começam a afogar e ela diz: "Porque fez isso? Agora, vamos morrer os dois."
O escorpião considera: "Você tinha razão. Mudar minha natureza não foi possível."
Seres humanos são como escorpiões ou rãs - nunca deixam de ser aquilo que a natureza determinou.