Novas plataformas e UMSs e revitalização das unidades operacionais, a maior bacia petrolífera do país expande suas operações e demanda postos de trabalho
Principal polo de produção da Petrobras, a Bacia de Campos se prepara para receber três novas Unidades de Manutenção e Segurança (UMSs), garantindo o cumprimento dos planos de manutenção de suas plataformas, o aumento da integridade e da eficiência operacional. Além disso, desde janeiro deste ano, duas novas unidades entraram em operação (P-55 e P-58) e, nos próximos meses, a P-62 dará início à sua produção. Os investimentos na bacia fazem parte do Plano de Negócios e Gestão da Petrobras, que destina US$ 153,9 bilhões para o segmento de Exploração e Produção, até 2018.
“Os investimentos na Bacia de Campos serão crescentes, de forma a aumentar a curva de produção, fazendo com que esta província petrolífera reafirme a sua importância nas próximas décadas”, afirma o gerente geral da Unidade de Operações da Bacia de Campos (UO-BC), Joelson Falcão Mendes.
Esse crescimento se reflete na economia da região Norte Fluminense. As atividades da Petrobras na Bacia de Campos mobilizaram um volume de contratos de bens e serviços significativos. Em Macaé, este volume cresceu aproximadamente R$ 5 bilhões nos últimos dois anos, chegando ao patamar de R$ 9 bilhões em contratações, no ano passado. Nos outros municípios da região (16 ao todo) os números também aumentaram, passando dos R$ 9,8 bilhões, em 2011, para R$ 23,7 bilhões, em 2013.
O número de postos de trabalho é outro item crescente. Em 2011, eram cerca de 80 mil profissionais. Atualmente, são 90.712, entre empregados próprios e terceirizados. E a tendência é de aumento, com a chegada das três novas UMSs. Cada uma vai demandar de mil a 1,5 mil novas vagas de empregos diretos e de quatro a cinco mil indiretos.
“As UMSs dão oportunidades de trabalho principalmente nas áreas técnicas de mecânica, elétrica, pintura industrial, manutenção de peças e equipamentos, caldeiraria, hotelaria e movimentação de cargas. Boa parte da mão de obra usada nessas unidades é da própria região”, comentou o gerente geral da Unidade de Operações Rio de Janeiro (UO-Rio), Eberaldo de Almeida Neto.
As Unidades de Manutenção e Segurança Cidade de Cabo Frio, Cidade de São João da Barra e Cidade de Araruama chegam nos próximos meses para atuar nas plataformas de produção de Cherne 2, Namorado e Garoupa. Desde 2005, a Petrobras contrata Unidades de Manutenção e Segurança responsáveis pela revitalização e manutenção das plataformas. Atualmente, quatro delas trabalham na região: as unidades Cidade de Casimiro de Abreu, Cidade de Carapebus, Cidade de Quissamã e Cidade de Arraial do Cabo.
Novas unidades
As plataformas de produção P-55, no campo de Roncador, e a P-58, na área conhecida como Parque das Baleias, começaram a atuar, respectivamente, em janeiro e no início de março. Para os próximos meses, a P-62 também começa a operar em Roncador. Juntas, as três unidades têm capacidade total para produzir 540 mil barris diários. Para o campo de Papa Terra, duas outras unidades vão contribuir para o aumento da curva de produção da Bacia de Campos. Em novembro de 2013, a P-63, com capacidade de 140 mil barris por dia, começou a produzir. A P-61, com capacidade de 100 mil barris/dia, está se preparando para iniciar a sua produção.
Sobre a Bacia de Campos
Com cerca de 100 mil quilômetros quadrados, a Bacia de Campos se tornou a principal área sedimentar já explorada na costa brasileira. Nesse espaço a Petrobras montou um dos maiores complexos petrolíferos marítimos do mundo. A área estende-se do Estado do Espírito Santo, nas imediações da cidade de Vitória, até Arraial do Cabo, no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro.
O início da produção comercial se deu em 13 de agosto de 1977, no campo de Enchova. A partir de então a província petrolífera não parou mais de evoluir. Hoje, são 44 campos de óleo, produzindo em águas profundas e rasas, nas áreas do pós e do pré-sal. Em relação à produção, a média diária da bacia é de 1,5 milhão de barris, produzidos por 54 plataformas fixas e flutuantes, totalizando cerca de 80% do petróleo produzido em território nacional.
Bacia de Campos em números
- Cinco novas unidades (P-55, P-58, P-61, P-62 e P-63)
- 780 mil barris por dia de incremento à capacidade de produção
- Três novas Unidades de Manutenção e Segurança (UMSs), cada uma gerando até 1,5 mil empregos diretos
- 5 mil empregos indiretos nas atividades de manutenção das plataformas
- 90,7 mil trabalhadores
- R$ 32,7 bi em contratações em municípios do Norte Fluminense
- 44 campos de petróleo em produção;
- 54 plataformas fixas e flutuantes;
- 1,5 milhão de barris é a média diária de produção da Bacia de Campos
- Simone Noronha