Observadores internacionais – Tribunal Penal Internacional – que foram a Líbia atestar as condições em que se encontra o filho do ex-presidente Muamar Kadaffy estão mantidos isolados sem poder se movimentar. A decisão é de grupo tribal que mantém encarcerado o prisioneiro.
Não tiveram acesso ao preso e tampouco, lógico, verificar se os direitos do filho de Kadaffy estão sendo respeitados. A Líbia vive hoje um processo de completa desintegração, com uma autoridade central falida, mas o petróleo assegurado para as corporações que financiaram a derrubada de Kadaffy e os massacres de populações civis em mais de cinco mil bombardeios feitos por aviões da OTAN.
A secretária de Estado Hilary Clinton afirmou à imprensa que a decisão do governo russo de enviar helicópteros para o governo da Síria, mantendo o poder de fogo sobre os rebeldes, agrava a situação no país, “arrasta o país para a guerra civil que pode chegar ao Irã e a Turquia”.
É impressionante o cinismo dos norte-americanos e seus aliados os israelenses.
A privatização das forças armadas norte-americanas, a transformação da guerra num negócio lucrativo às claras – até então havia um certo pudor a cercar guerras – ameaça o planeta com uma guerra total de efeitos e conseqüências imprevisíveis.
É a ação de ISRAEL/EUA TERRORISMO “HUMANITÁRIO” S/A. A moeda de muitas faces. Bombardear populações civis no Afeganistão, devastar a Líbia, o Iraque, tentar encurralar o Irã e espalhar bases com armas nucleares pelo mundo, tudo isso é “defesa da democracia”.
Entre nós, América do Sul, contam nos dedos que o presidente da Venezuela vá morrer vítima de câncer para que possam se apoderar do país e reiniciar o processo de colonização interrompido por Chávez. O presidente registrou sua candidatura, é o favorito para as eleições de outubro e estava acompanhado de milhares de seguidores.
Tomaram posse da Colômbia, a maior colônia norte-americana na região e são parceiros de um governo que se associa ao tráfico de drogas desde Álvaro Uribe, cuja carreira política foi montada e financiada pelo megatraficante Pablo Escobar.
Um relatório divulgado pela imprensa norte-americana mostra que a CIA – Agência Central de Inteligência – traficou drogas para financiar campanhas militares na guerra do Vietnã e do Camboja, ambas amargas derrotas para os norte-americanos.
Um maluco entra num escritório no Alabama, no crime de maio, cada mês acontece algo semelhante, mata quatro e Obama se diz estarrecido.
Bradd Maning, soldado acusado de liberar documentos secretos para o site WIKELEAKS, está preso numa solitária, incomunicável, tal e qual os presos no campo de concentração de Guantánamo.
Tudo em nome do ATO PATRIÓTICO, que os brasileiros conhecemos bem, uma espécie ampliada de AI-5 e em nível mundial. Permite a tortura por exemplo como forma de interrogatório.
A imensa e esmagadora maioria do povo dos EUA não tem neurônios, mas catchup e mostarda no cérebro. Limpam os cantos da boca com as costas das mãos tal e qual John Wayne, numa demonstração que acreditam ser de poder absoluto sobre os povos do mundo inteiro.
A crise do capitalismo chega a Índia, um dos países do BRIC – BRASIL, RÚSSIA, ÍNDIA, CHINA E ÁFRICA DO SUL. Num mundo globalizado pela força das armas, do terrorismo de Estado, na geopolítica de dominação de ISRAEL/EUA TERRORISMO “HUMANITÁRIO” S/A, a crise não tardará a chegar ao Brasil.
O governo Dilma é como uma biruta desgovernada. Tenta manter-se equilibrado no fio da navalha sem sofrer cortes.
Não tem nem o controle das forças armadas brasileiras, das quais, a presidente, em tese, é comandante em chefe. Celso Amorim ameaça jogar sua história na lata do lixo.
A Síria é só um detalhe em toda a brutalidade do capitalismo que varre o mundo e tenta submeter a classe trabalhadora a mais cruel e perversa forma de escravidão de todos os tempos, pois que numa sociedade de espetáculo. Um espetáculo sórdido e patrocinado pela mídia de mercado.
Hilary Clinton é uma figura caricata. Sua declaração é um exemplo absoluto de hipocrisia.
Arrastar a Turquia, país aliado dos EUA a uma guerra civil e envolver o Irã é só um pretexto para uma realidade que desejam e planejam e será materializada quando a conveniência estiver no ponto ideal. E isso pode acontecer este ano, quando serão realizadas eleições presidenciais nos Estados Unidos e o jogo se torna mais cruel e perverso ainda.
O capitalismo está falido. O problema é a insânia dessa moeda terrorista de muitas faces e milhares de ogivas nucleares.