Chegou a Cartagena numa nuvem, desceu dos céus cercado de anjos, observada sua condição de criador do céu e da terra e olhe, em menos de sete dias.
O ex-presidente do Brasil disse, entre outras bobagens, que as privatizações em seu governo não foram entendidas pelo povo e a oposição a ele faz críticas indevidas. Sobre a PETROBRAS, que transformou em PETROBRAX, disse que cuidou dos "interesses nacionais, tornando a empresa mais competitiva".
FHC disse também que a privatização da VALE rende ao governo mais dividendo que os lucros proporcionados pela empresa quando estatal. Só não falou das riquezas do País - Brasil - exportadas pela VALE e tampouco mencionou a condenação pela justiça brasileira de quatro diretores da INVESTVALE por fraudes diversas inclusive no processo de privatização.
Segundo FHC a privatização da EMBRAER tornou a empresa próspera.
A linha de pensamento do senhor da terra e dos céus não leva em conta os interesses nacionais, mas tão somente os do capital estrangeiro.
A presença na Colômbia é em seguida às críticas do candidato tucano à presidência do Brasil José Arruda Serra ao governo da Bolívia, acusando aquele país de ser o principal exportador de drogas para o Brasil.
Mais de noventa por cento da droga que entra no País vem da Colômbia. Um debate permanente no Senado dos EUA é sobre o apoio dado pelos governos Bush e Obama a Colômbia, quando existem denúncias e documentos comprobatórios que governo e empresários colombianos são associados ao tráfico de drogas.
Quando estatal, a EMBRAER desenvolvia projetos com tecnologia nacional, criava essa tecnologia, assustava as grandes empresas do setor aeronáutico de todo o mundo com seu potencial e sinalizava que, em poucos anos, o Brasil estaria no mercado internacional disputando palmo a palmo com os grandes do setor.
Ao privatizar FHC cortou essa perspectiva e colocou a EMBRAER a reboque dos interesses norte-americanos principalmente. São sócios da empresa.
Estatal, a EMBRAER desenvolvia um projeto de caça nacional, em parceria com a Itália. Privada, a EMBRAER deixou de lado o Brasil e passou a trabalhar em cima de cronogramas e projetos de governos e empresas estrangeiras, com tecnologia de fora.
Ou seja, a falácia dos dividendos é mais ou menos como Mônica Serra chama a Bolsa Família, Bolsa Esmola.
Os sócios estrangeiros pagam ao governo do Brasil para poder transformar uma empresa nacional em base de operações e projetos para seus interesses.
FHC não é um cretino e nem acredita no que diz. Diz apenas o que pagam para que diga e é tão somente um mau caráter.
À época da ditadura ficou famoso o cabo Anselmo, da Marinha. Agente da extrema-direita, dedo duro da ditadura, infiltrado entre seus companheiros. FHC não é cabo nessa história. É coronel Anselmo.
Exilado no Chile, foi o único brasileiro que saiu daqui com salário integral da USP, onde era professor. Isso a despeito de ter trabalhado cinco anos. Concessão da ditadura militar pelos serviços prestados.
A palestra do ex-presidente brasileiro faz parte do conjunto de ações de governo dos EUA de fomentar a divisão entre países latino-americanos facilitando o processo de recolonização dessa parte do mundo.
Aos EUA não interessa a integração latino-americana. Não interessa que países da América Latina trilhem caminhos de democracia com justiça social e livre do jugo de Washington.
A Colômbia é a principal base de operações políticas, de inteligência e militares dos EUA na América do Sul. Como Honduras o é na América Central.
E como será o Brasil, lógico, na hipótese de eleição de José Arruda Serra.
Em cada canto do País tremulando a bandeira norte-americana.
A história registra Calabar como traidor. É pinto perto de FHC.
Aprendiz, até porque, o ex-presidente, construiu fortuna incalculável com todas as ações de seu governo, falo de privatizações.
O esquema do caixa dois tucano, a remuneração pela venda de um País.
Corretores de imóveis vendem imóveis.
Tucanos vendem o Brasil e de quebra exportam o modelo para o resto da América Latina.
É o papel de FHC em Cartagena, em todos os lugares por onde passa, a soldo do Departamento de Estado através da Fundação Ford.
Tratar o Brasil como colônia. E os brasileiros como escravos.