A "VIOLÊNCIA" E O RIO DE JANEIRO

Os índices divulgados pela mídia sobre a violência na cidade do Rio de Janeiro não diferem em nada dos índices da capital de São Paulo, condado do império FIESP/DASLU, sob a administração tucano/democrata. O tráfico que trafica no Rio é o mesmo que trafica em São Paulo, ou em qualquer metrópole do mundo. O modus operandi não difere.

O conceito de violência é amplo em demasia para cingir-se ao tráfico de drogas, ou a assaltos a cidadãos que se percebem, cada dia mais, encurralados dentro das prisões em que se transformam suas/nossas próprias casas.

Um dado é interessante e importante neste momento. A escolha da cidade do Rio de Janeiro como organizadora dos Jogos Olímpicos de 2016 pegou de surpresa os barões, viscondes, condes, etc, do condado FIESP/DASLU. Et por cause, neste momento, coloca em dificuldades a arrancada José Jânio Serra para a suceder o atual presidente da República.

Há quem diga que o tresloucado governador do condado não tenha conseguido ainda absorver o impacto da vitória do Rio sobre cidades como Chicago, Tóquio e Madrid e esteja sob cuidados médicos. No velho estilo Jânio Quadros cogitando de renunciar antes de ser, ou de tentar ser.

Por trás de toda essa onda em torno da “violência” no Rio está em jogo mostrar ao mundo que o Rio de Janeiro foi uma escolha equivocada, pelo menos até que passem as eleições de 2010 e os embolorados e empoados do condado possam chegar a Brasília amparados em liteiras, bengalas, etc. Esse é o objetivo. 

Na hipótese desse tsunami acontecer o Rio vira cidade mágica no dia seguinte. Passam a ser donos da Copa do Mundo de 2014 e senhores das Olimpíadas de 2016. 

O que é mais violento, o tráfico de drogas ou treze vereadores da Câmara Municipal de São Paulo cassados por um juiz sob a acusação de terem recebido doações ilegais da Associação Imobiliária Brasileira, uma entidade que congrega empresas/quadrilhas do “negócio” dito imobiliário?

Imagine senadores, deputados recebendo “doações” de empreiteiras, banqueiros, grandes empreendedores (Gérson Camata é pródigo em abrir as portas para as doações de Ermírio de Moraes).

E nove vereadores do braço tucano do condado, quatro do sub-braço, o DEM. 

O ministro presidente da STF DANTAS INCORPORATION LTD, Gilmar Mendes, deitou falação sobre as viagens de Lula acompanhado da ministra Dilma Roussef e denunciadas como “viagens de campanha eleitoral”.  À margem da lei. Segundo Gilmar, Lula estaria testando a Justiça Eleitoral. Bobagem. Gilmar está mandando um recado tucano/DEM para a Justiça Eleitoral. Tucanos têm essa habilidade. Jogam sujo e usam OMO, dão a impressão que as manchas desaparecem. Sem falar em COLGATE que confere um brilho e um hálito únicos a figuras fétidas como FHC. Ou José Jânio Serra. Na telinha NE? Na prática é outra história.

De quebra contam com a mídia, a tal grande mídia, podre e corrupta, pronta a matar milhões de brasileiros no histerismo suíno de Miriam Leitão, ou a entregar o pré-sal na aparente sabedoria de William Haack, sob o argumento que não vale tanto quanto parece (só para quem paga a ele Haack).

Por trás de tudo isso existe a falência do modelo capitalista. O que um e outro disputam, no chamado jogo institucional, é apenas quem vai controlar a chave do cofre. O modelo é o mesmo. Com FHC viramos estado dos EUA. Com Lula, como afirma adequadamente Ivan Pinheiro, “criou o capitalismo a brasileira”. José Jânio Serra quer passar a escritura definitiva, transformar Brasil em Brazil e Dilma ampliar os campos do capitalismo brasileiro. Mistura de neoliberalismo com populismo.

Nessa ótica não existe menos ruim. São iguais. Noutra sim. Nos espaços que sobram, vamos ver a partir do atual governo, para o que os comunistas do PCB (Partido Comunista Brasileiro) chamam, também apropriadamente, de “reconstrução revolucionária”. Nem todo mundo se chama Reinold Sthephanes, existe Celso Amorim. 

É que a violência é a fome. O trabalho escravo imposto ao camponês nas fazendas do latifúndio transgênico. As formas sofisticadas de explorar trabalhadores nas cidades fazendo-os supor parte de um processo de crescimento que, no caso da classe trabalhadora, é como o de rabo de cavalo, para baixo.

Enxerga o brilho do neón, o tim  tim do champanhe só no plim plim da ilusão de cada dia em forma de espetáculo.

O champanhe mesmo rola é entre as elites, curiosamente, mas nem tanto, as grandes consumidoras e porque não dizer, produtoras de drogas – as mais variadas –, já que tudo termina em cofres dos bancos. Seja a droga cocaína, seja a droga transgênica disfarçada em complemento de saúde, fator disso e daquilo, a balela da pílula que emagrece dez quilos em um mês.

A violência no Rio de Janeiro não é só a mesma de São Paulo, ou de Belo Horizonte, ou da Cidade do México, nem o velho golpe da falsa grávida aplicado com perfeição em Veneza na Itália.

Lá, por exemplo, a violência é Berlusconi.

Existe alguma diferença entre o primeiro-ministro italiano e qualquer mafioso explícito?

O que se revela por trás dessa campanha para desmoralizar a cidade do Rio de Janeiro é bem maior do que se quer mostrar na aparência. William Bonner não está preocupado com isso. Anda cheio de seguranças, tem todas as garantias possíveis. Está preocupado é com o “pão dele de cada dia”.

Aí, se jogar o Corcovado e a imagem do Cristo Redentor no chão e colocar ali a de Roberto Marinho, montado num monumento grandioso de mentiras, fraudes, ladeado pelos Civitas, Frias, Mesquitas, etc, se isso atender aos interesses de quem paga, vão dizer que a imagem do Cristo foi amaldiçoada por qualquer coisa ou razão e pronto.

Ou que faltam ranhuras na estrada que dá acesso ao local.

A violência é outra. Ela está em Honduras no golpe militar orquestrado por Washington. Ela está nas sanções contra o Irã. No massacre aos palestinos a partir do governo terrorista de Israel. Como está no cara que sai de um morro e invade outro na busca de novos pontos por uns trocados maiores a mais, no grande negócio do presidente da Colômbia, Uribe, o narco/presidente.

Ela está na mídia e todos os dias, quando Ana Maria Braga deita baboseiras em que mistura fauna e flora (para ela não faz a menor diferença) e em todo o complexo midiático que vende uma “democracia” de mentira, até quando se indigna na hipocrisia costumeira das elites.

E não estão longe da perfeição. Cada dia mais perto. Conseguem muitas vezes fazer com que a classe trabalhadora ache graça de sua própria desdita de classe explorada. Afinal, se pagar direitinho dá para trocar a tevê em crediário de duzentas prestações nas Casas Bahia.

Essa é a violência do doutor Silvana. Que no duro mesmo é o grande dono do “negócio”, qualquer que seja, desde bancos a tráfico de drogas.

O Rio de Janeiro é só um alvo preferencial neste momento. O que não significa que não haja necessidade de combater o tráfico (embora FHC ache bobagem, como disse em Paris, preferível liberar) e todas as formas de violência, mas principalmente a raiz, a fonte de onde parte todo esse processo. O mundo institucional na versão capitalista.
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