A expressão “socialista” rotula os cartazes.
“Aos quinze eu nasci em Gothan City
E era um céu alaranjado em Gothan City
Caçavam bruxas nos telhados de Gothan City
No dia da Independência Nacional
Cuidado! Há um morcego na porta principal
Cuidado! Há um abismo na porta principal”
E era um céu alaranjado em Gothan City
Caçavam bruxas nos telhados de Gothan City
No dia da Independência Nacional
Cuidado! Há um morcego na porta principal
Cuidado! Há um abismo na porta principal”
Barak Obama não é necessariamente um “dândi”, expressão usada por Roger Gerard Schwartzenberg. Refere-se ao político charmoso. “O dândi desorienta. Mas sem ir muito longe. A sociedade tolera uma certa liberdade de costumes, uma certa insolência. Porém, nada mais. Aliás, embora desprezem a sociedade que os cerca, os dândis se abstêm de vergastá-las em violentas diatribes... Bastam-lhes os torvelinhos superficiais... O dandismo desafia os costumes da sociedade, mas não o sistema político”. Do mesmo autor, professor da faculdade de direito de Paris.
Obama foi eleito presidente da república em meio ao caos gerado por George Bush. A expressão “eixo do mal” cunhada pelo líder fascista do Texas acabou como aquelas setas miraculosas de Robin Hood. São disparadas numa direção e no meio do caminho, por conta dos efeitos especiais, ou da forma equivocada com que foi usado o arco, se voltam contra o próprio arqueiro.
A fraude que elegeu Bush em 2000 não foi só uma ajuda do irmão Jeb governador da Flórida. Foi parte de um processo de retomada do poder pelos grupos de extrema-direita que controlam os EUA. Não que Al Gore fosse modificar o sistema política, ou realizar mudanças profundas na sociedade norte-americana. Nada disso. Gore é um “dândi.” Era importante, àquele momento, tomar as rédeas da Casa Branca, pois os “negócios” na ótica democrata têm um certo toque que os difere da ótica boçal do capitalismo texano.
E o capitalismo texano não se restringe ao Texas, um país associado aos Estados Unidos. Expande-se pelo resto do mundo na versão John Wayne e nos escalpos pendurados nas paredes dos ranchos da família Bush.
”Eu fiz um quarto bem vermelho em Gothan City
Sobre os muros altos da tradição de Gothan City
No cinto de utilidades as verdades Deus ajuda
A quem cedo madruga em Gothan City
Cuidado! Há um morcego na porta pricipal
Cuidado! Há um abismo na porta pricipal”
Sobre os muros altos da tradição de Gothan City
No cinto de utilidades as verdades Deus ajuda
A quem cedo madruga em Gothan City
Cuidado! Há um morcego na porta pricipal
Cuidado! Há um abismo na porta pricipal”
Obama é só um embuste. Pitadas de origem pobre, muçulmana, umas pinceladas de Martin Luther King, outras de Jesse Jackson, um ponto remoto nas profundezas desse marketing – puro marketing – de Ghandi e um estilo impetuoso que termina numa caixa vazia, branca, quando se percebe que não passa de embalagem para acalentar sonhos e vender ilusões.
O “demõnio” que habita seu íntimo termina quando se presta a servir de garçom para dizer à sociedade branca que é um deles. Só não é aceito assim. Pelos brancos. Negros, pobres e prostitutas (existem variações para a expressão, pode ser por exemplo John McCain, ou uma corporação como a General Motors) apenas se voltam para seus guetos e não entendem perplexos, ou entendem e se quedam porque “el negrito no conece donde se queda Tegucigalpa”.
E se a porta estiver travada, um simples empurrão e surge uma autoridade para prender por desacato.
“No céu de Gothan City há um sinal
Sistema elétrico e nervoso contra o mal
Tem um sambinha, tem axé, tem carnaval
Todos estão dormindo em Gothan City
Cuidado! Há um morcego na porta pricipal
Cuidado! Há um abismo na porta pricipal”
Sistema elétrico e nervoso contra o mal
Tem um sambinha, tem axé, tem carnaval
Todos estão dormindo em Gothan City
Cuidado! Há um morcego na porta pricipal
Cuidado! Há um abismo na porta pricipal”
Batman é um herói caquético em todos os sentidos. A velha vocação de boa parte dos autores de história em quadrinhos dos EUA de transformar milionários em justiceiros. Ou prendem negros, probres e prostitutas. Ou salvam a humanidade da destruição por negros, pobres, prostitutas, muçulmanos e que tais. Ou criam heróis bizarros que refletem o âmago da própria sociedade norte-americana, caso do Coringa. Não é nada que seja diferente de Batiman. É só uma extensão.
O duelo que Reagan na sua histrionice de ator de segunda categoria, por isso presidente, chamou de “embate entre Deus e o diabo, o bem e o mal”.
“Born to kill”. A expressão real, exata para definir a legião de formigas montadas em laboratórios de patriotismo e da propriedade privada para “salvar” a humanidade que não compreende, na angústia do matador, o repúdio das pessoas. “Born to kill” é um dos grandes filmes de um dos maiores diretores da história do cinema, Stanley Kubrick. Crítico implacável da boçalidade da guerra, particularmente dos EUA e autor de um dos mais profundos mergulhos na essência do ser, “2001, uma Odisséia no Espaço”.
É óbvio que toda aquela legião de adoradores de armas foi construída e é moldada para adorar fuzis e metralhadoras. De quando em vez espalham sangue pela própria terra numa catarse que gera grandes audiências.
”Os mortos vivos eles peranbulam em Gothan City
Agora eu vivo o que eu vivo em Gothan City
Chegou a hora da verdade em Gothan City
E a saída é a porta principal
Cuidado! Há um morcego na porta pricipal
Cuidado! Há um abismo na porta pricipal”
Agora eu vivo o que eu vivo em Gothan City
Chegou a hora da verdade em Gothan City
E a saída é a porta principal
Cuidado! Há um morcego na porta pricipal
Cuidado! Há um abismo na porta pricipal”
O poema/letra é de Jards Macalé, a princípio visto como maluco e depois como alguém que foi fundo. No fim como incompreensível para o exército de faustões. “Quando a luz acender faça um ar de inteligente, para que todos pensem que você entendeu tudo e saia sem olhar para ninguém, pois a verdade está com você, que não entendeu e nem vai entender nada.” A frase é do jornalista Arides Braga, dita pelos idos finais da década de 60, enquanto saia do cinema São Luís, após assistir “2001, uma Odisséia no Espaço”. O São Luís percorreu a mesma trajetória do modelo. Virou cinema pornô e agora é mercado ou coisa que o valha, nem sei direito se templo das verdades de Edir, o Macedo.
Os norte-americanos formam um extraordinário complexo que mistura ficção e realidade e assim construíram um império na esteira da Revolução Francesa transformada pela visão luterana do lucro. Martin Lutero criou a ética do capitalismo, a lei do mais forte, deu foros religiosos a exploração do homem pelo homem.
Obama é uma passagem, um instante, um momento que se projetado no tempo e no espaço histórico vai ser um marco. Tudo indica que desse marcos rodoviários onde o mato cresce ao redor e você não percebe que está estrando numa vicinal quando era para entrar numa secundária que o leva à principal.
Em Honduras as experiências terroristas que todos conhecemos, prisões, tortura, estupros, assassinatos, ganham foro de “legalidade constitucional”, de “democracia”, é por ali que se forjam caricatos Coringas. Nem sabem direito o que é isso, ou quem é esse. Sabem apenas dos “negócios” na forma mais primitiva possivel, por isso têm a bênção do cardeal. Ainda existe um estoque de indulgências que se imaginava queimado depois do Concílio Vaticano II e de João XXIII e Paulo VI. João Paulo II e Bento XVI foram buscar lá no fundo, nos porões próximos do magma, onde o cheiro é de enxofre.
“Realmente, só pelo fato de ser consciente das causas que inspiram minhas ações, estas causas já são objetos transcendentes para a minha consciência. Em vão tentaria apreendê-las. Escapo delas pela minha própria existência. Estou condenado a existir para sempre, além da minha essência, além das causas e motivos dos meus atos, estou condenado a ser livre. Isso quer dizer que nenhum limite para minhar liberdade pode ser estabelecido, exceto a própria liberdade” – Jean Paul Sartre
Obama é como Bush, uma fraude. Entre o “ser e o nada”, vai estar sempre garçom. Enquanto estiver vendendo a imagem de dono do bar, ou quando se perceber que não é dono de coisa alguma. Um produto. O sinal de ataque que é projetado sob o céu de Gothan City, enquanto Batman chama Robin e se prepara para enfrentar a si próprio vestido de Coringa.
Na Liga dos Defensores da Justiça, à porta, sem poder entrar, Lois Lane clama desesperadamente pela perda da virgindade.Não percebe que há valores mais altos que se alevantam.
O sino de Wall Street por exemplo. É onde mora o Coringa. É onde Batman faz seus negócios.
São os juros, nada além dos juros.