Gates é um reconhecido professor de Harvard que foi preso de forma arbitrária e preconceituosa por um sargento da Polícia quando chegava à sua casa retornando de uma viagem. Como percebera um entrave na porta forçou-a. Uma vizinha branca viu e chamou a Polícia. Negro forçando porta para entrar só pode ser ladrão, foi o que pensou.
Ao demonstrar que era o morador da casa foi preso assim mesmo por desacato. É que o policial branco não iria deixar barato a oportunidade de prender um negro que reagira à forma como fora abordado. Com toda a certeza o sargento deve ter dito o que mil entre cem policiais dizem quando abordam um negro, um pobre, uma prostituta, alguém sem as características de um Daniel Dantas, por exemplo.
“Se identifique aí crioulo vagabundo”. Nos EUA é cotidiano a despeito do aparato legal que chamam de direitos de civis. Há anos atrás a cidade de Los Angeles quase foi toda incendiada por conta de um incidente assim.
Na cabeça do sargento, não importa seu nome, todos têm o mesmo nome, boçalidade, o fato de ser negro transforma qualquer um em vagabundo.
Ao tomar conhecimento da prisão Obama reagiu de imediato. “Uma prisão estúpida”. Gates é seu amigo pessoal. O suposto presidente dos EUA embarcou na reação de parte da mídia que viu “inspiração racista” no ato do sargento.
Ao ser advertido que era preciso comportar-se como branco para evitar que conflitos raciais se agravem nos Estados Unidos, Obama desculpou-se com o sargento, “reconheceu” que o dito estava “cumprindo seu dever” e lamentou o episódio. Em seguida conclamou os norte-americanos a superar dificuldades e conflitos raciais.
Para não deixar qualquer dúvida quanto ao fato de ter virado branco chamou o professor e o sargento para uma cerveja na Casa Branca, no final de semana. O vice-presidente – que é branco – participou do que a mídia está chamando de “cúpula da cerveja”.
À saída o professor falou pouco. Obama falou sobre a oportunidade de convivência entre raças diferentes e em paz. O vice não falou nada e o sargento perguntado se o “presidente” teria negociado um acordo e um pedido de desculpas por sua estupidez na prisão do professor, respondeu assim – “não, o presidente foi apenas o garçom” –.
É claro que o sargento pode dar mil explicações para sua afirmação. Mas é óbvio que foi branco acima de tudo, arrogante, preconceituoso e manteve numa simples frase tudo o que fizera.
Obama é patético. Dá a sensação daqueles caras que querem chutar com uma perna, acabam chutando com as duas ao mesmo tempo e caindo assentados de bunda no chão despertando risadas mal contidas das arquibancadas.
E como estão rindo os falcões brancos que de fato governam os EUA.
Os tais porões do governo. CIA, FBI, agências de segurança, republicanos e, evidente, o tal sargento. Fez uma viagem de graça a Washington, tomou cerveja na Casa Branca num jardim próximo ao tal salão oval e ainda esnobou o suposto presidente do seu país. “Um garçom”
Em Honduras gangsters travestidos de militares – como os daqui em 1964 – continuam prendendo, torturando, estuprando e matando resistentes. Foram contratados – como aqui em 1964 – por banqueiros, latifundiários e grandes empresários do país, associados a grupos norte-americanos e sionistas.
Encontram abrigo em Washington e em Wall Street enquanto Obama brinca de ser branco e defender a igualdade racial. Vá lá que o verdadeiro Obama possa ser o da reação quando soube que seu amigo fora preso. “Uma prisão estúpida”. Mas não é a primeira e provavelmente não será a última que engole, se desdiz e senta em cima sem constrangimento algum.
A valentia de Obama é branca. O suposto presidente dos EUA pediu ao presidente da Venezuela que não interfira nos negócios internos de outro país, referindo-se a Honduras.
Dizem que Obama conhece história. Deve ser a antiga. Da contemporânea não sabe nada. O embaixador dos EUA em Tegucigalpa foi o articulador do golpe tentado e fracassado contra Chávez em 2002 na Venezuela. Nem deve ter lido em alguns jornais de seu país que dias antes do golpe o dito embaixador foi procurado por uma comissão de banqueiros, latifundiários e empresários de Honduras, acompanhados de guarda-costas – os militares – para pedir apoio ao golpe. Deu apoio, a infra-estrutura logística numa base norte-americana em Honduras e abriu caminho para os golpistas junto ao governo real dos EUA. O do ex-vice-presidente Dick Chaney, terrorista ligado a Israel, o do senador John McCain herói da correria do salve-se quem puder no Vietnã e aquele monte de agentes que Hollywood mostra mundo afora matando “inimigos” e eventuais riscos para os EUA.
A primeira dançarina do governo Obama, o de ficção, tipo faz de conta que ele é presidente, falo da secretária Hilary Clinton, está tratando de negociar a situação de Honduras, agora com aval da ADIDAS e da NIKE que estão “prejudicadas” com a greve geral de trabalhadores e trabalhadoras que querem a volta do presidente constitucional do país, Manuel Zelaya.
E a culpa é de Chávez. A intervenção é Chávez.
Obama é patético. Ridículo. É só um negro branco que não pensa duas vezes em servir de garçom para um sargento boçal, com receio de perder apoio e perder o direito de brincar de governar nos corredores da Casa Branca.
No velório do professor Roger Vallejo, assassinado numa manifestação em Tegucigalpa, Honduras, onde para militares e golpistas Obama é apenas “el negrito”, Martin Florenço Rivera foi também assassinado por gangster travestidos de militares, como os daqui em 1964.
Devem ter sido os agentes de Chávez que “estimularam” tudo isso e colocaram as armas assassinas – de fabricação norte-americana – nas mãos das bestas-feras – como as daqui em 1964 –, que enchem o peito para se proclamarem patriotas enquanto vendem a pátria.
Quem sabe Obama não convida os caras para uma rodada de cerveja num próximo final de semana e banca de novo o garçom?
É claro, o sargento que prendeu o amigo do suposto presidente dos EUA, é igualzinho, em gênero, número e grau, aos gangsters chamados de militares em Honduras. De quebra pede a ADIDAS e a NIKE para doar os tênis, as camisetas e colocar um baita outdoor, dois né, nos jardins da Casa Branca. A cerveja pode patrocinar também é só negociar.
Na tal “cúpula da cerveja” para ficar bem claro o “entendimento entre as partes”, cada um pediu uma determinada marca.
Na matança em Honduras o prato servido sai de fuzis e metralhadoras fabricados na terra de Obama.
Igual aquele cara que mata o inimigo e coloca a arma debaixo da cama de uma terceira pessoa que leva a culpa. Aí a justiça se faz em nome de Deus, com as bênçãos do cardeal golpista de Honduras. Hoje usam injeções letais para substituir a câmara de gás e a cadeira elétrica, ou a forca, ou então balas de urânio empobrecido.
“Seo garçom faz o favor...”