Se alguém “pesquisar” a vida de Sérgio Cabral não vai encontrar nada que se refira a trabalho. O distinto não sabe o que é isso. Sabe o que é boa vida. E se alguém procurar e “pesquisar” sobre o Sérgio Cabral pai vai perceber que o filho não faz rigorosamente nada do que o pai ensinou. Deduzindo do que o pai escreveu e defendeu antes de ser conselheiro do Tribunal de Contas.
A construção de muros cercando favelas é um crime hediondo, racismo, exclusão deliberada e provocou um pronunciamento do escritor português José Saramago sobre os ditos “muros da vergonha”. Ou “muros de vergonha”.
Falar em evitar ocupação desordenada e proteger o meio-ambiente é de um cinismo que indigna para um governador cuja campanha foi financiada por empreiteiras e que tais. Num estado onde os “donos” fazem o que querem.
O que transforma o “cartão postal” Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, não são as favelas. Mas o fato gerador das favelas. A exclusão social. A constante ocupação desordenada e pilantra, essa sim, das grandes construtoras nos alvarás e nas licenças concedidas a grossas propinas.
A obsessão do governador Sérgio Cabral em transformar o Rio numa cidade voltada para as elites, os donos – com as quais conviveu a vida inteira, é parte delas – seja pela violência policial, seja pelos onze quilômetros de muro que quer construir para “proteger o ambiente” é uma confissão explícita da incompetência autoritária e do preconceito.
Para completar o prefeito Eduardo Paes, tucano que no momento tem assento num partido qualquer, quer privatizar o ensino básico. A idéia do prefeito é simples. Simples bandidagem. Pega as escolas públicas municipais, transfere-as para ONGs (empresas disfarçadas) e lhes entrega a administração e tudo o mais do ensino público – direito do cidadão –, que entra com o dinheiro, claro, pois a Prefeitura no passe de mágica do grande “negócio” de Eduardo Paes, vai pagar para que as tais ONGs administrem as escolas e cuidem da educação.
O Rio de Janeiro é uma cidade e é um estado em processo de extinção. Ninguém sobrevive a oito anos da família Garotinho e mais quatro, com risco de outros quatro, de Sérgio Cabral Filho.
Imagino que a preocupação do governador quando fala em cercar a Rocinha seja a de facilitar o acesso de Vera Loyola, já cansada e alquebrada da vida de agitos ao cabeleireiro de sua cachorrinha. Sem riscos de traumas e stress que impliquem em psicólogo para a “menina”.
O “ministro” Paulo Roberto Medina – Superior Tribunal de Justiça – está reclamando no STF – STF DANTAS INCORPORATION LTD – que lhe foram retiradas as prerrogativas de “ministro”. É que o dito responde um processo acusado de receber propina de um milhão de reais num esquema com donos de máquinas de caça níqueis.
As prerrogativas que o dito “ministro” reclama são uso de carro oficial, requisição de servidores e passagens.
O “ministro” está afastado do cargo enquanto corre o processo.
Que tal um muro em torno de sua excelência?
Desses com grades?
Ou do “ministro” presidente do tal STF, Gilmar Mendes? A figura só recebe pela porta dos fundos e não resiste a uma investigação superficial sobre seus “negócios”.
O delegado Protógenes Queiroz está correndo o risco de vir a ser demitido do seu cargo – é funcionário público federal concursado – por uma série de “motivos” elencados (como dizem os juristas) como infração, abuso de autoridade, etc, etc.
Prendeu o banqueiro Daniel Dantas. O patrão de Gilmar Mendes, sócio da confraria tucano/democrata (a que viaja de jatinhos pagos pelo Senado na cota de Tasso Jereissati). O crime de Protógenes foi prender um banqueiro.
Acho bom o presidente dos EUA vir ao Brasil e dar uma olhada já que disse que “Lula é o cara”. Vai ficar besta quando perceber que quem manda é Gilmar Mendes, movido à distância por FHC e turma.
E que Sérgio Cabral Filho, governador do Rio de Janeiro, está construindo um muro para cercar favelas.
E nem comecei a contar a história de José Serra, governador de São Paulo, discípulo do esquema FIESP/DASLU, na nomeação de Paulo Renato para Secretário de Educação. Vai privatizar tudo na área.
Cada um tem o Sérgio Cabral que merece. Vai importar tecnologia de Israel para os muros.