É fácil entender as relações entre o dublê de banqueiro e primeiro-ministro sílvio berlusconi e a máfia. Segundo a agência de notícias EFE, a associação de comerciantes do país – CONFESERCENTI – apresentou um relatório afirmando que a "empresa" mais lucrativa da itália é a máfia, principalmente as que atuam no sul da bota. O documento revela que a máfia teve um faturamento bruto de 130 bilhões de euros ano passado e o lucro líquido foi de 70 bilhões de euros, quase 196 bilhões de reais.
Os "negócios" da máfia representam cerca de 6% do PIB – Produto Interno Bruto – italiano. É o que afirma o relatório da associação.
A máfia controla atividades como o tráfico de drogas, tráfico de pessoas e de órgãos, de resíduos tóxicos e se infiltram em setores importantes do comércio – restauração, setor turístico e construção, padarias e até serviços funerários –.
Seguindo o modelo empresarial da itália "as quatro grandes máfias – COSA NOSTRA (Sicília), NDRANGHETA (Calábria), CAMORRA (Campânia) e SACRO CORONA UNITA (Apúlia) se subdividem em pequenas e médias "empresas" autônomas entre elas, mas com o mesmo modelo hierárquico". Está ipsis literis no relatório.
O estudo feito pela CONFESERCENTI mostra que na província de Nápoles, sul da Itália, foram localizadas duas e mil e quinhentas padarias ilegais e que o pão desses estabelecimentos é o mais vendido apesar de ser o mais caro. É que as padarias pertencem à máfia.
O estudo calcula também as infiltrações mafiosas na venda de peixes, excluindo a pesca ilegal e aponta que chegam a faturar em torno de dois bilhões de euros com oito mil e quinhentos estabelecimentos vinculados ao crime organizado.
O dinheiro desses "negócios", boa parte dele, está nos bancos aos quais berlusconi é associado e no seu próprio banco. É através de mecanismos bancários, vale dizer, fraudes, que os lucros são lavados. Assim que nem itaú, bradesco, etc, por aqui.
O parlamento italiano, aquele onde está o deputado ettore pirovano que disse que o "o Brasil não é propriamente um país conhecido por seus juristas, mas por suas dançarinas", aprovou uma lei que impede que crimes cometidos pelo primeiro-ministro sejam objeto de quaisquer investigações.
Deve ter sido, deve ter sido não, com certeza foi isso que abriu as portas dos fundos do gabinete do ministro gilmar mendes, da stf dantas incorporation ltd, "empresa" mafiosa travestida de suprema corte judiciária, ao embaixador da itália, ou da máfia, nunca se sabe, é tudo a mesma coisa,para exigir que a condição de refugiado humanitário concedida a Cesare Battisti pelo ministro Tarso Genro, seja revista.
E, em suas ramificações pelo mundo afora, vivemos a época da globalização, deve ter sido através de expediente semelhante, contatos, ligações, que chegaram ao governador de Santa Catarina, luís henrique, para arrancar dele as declarações que a decisão de Tarso atrapalha os "negócios" com "investidores" italianos.
A decisão agora fica por conta dos ministros que ainda pretendem que o stf seja a suprema corte de justiça, ou rendem-se às operações de gilmar mendes e continue sendo stf dantas incorporation ltd.
Em 1981 o líder do Partido Comunista Italiano, Enrico Berlinguer, registre-se que o PCI foi o maior partido comunista do Ocidente, fez campanha denunciando que "la questione morale e il centro del problema italiano" – a questão moral é o centro do problema italiano -.
Berlinguer morreu, o PCI não existe mais com as dimensões que existia, a democracia cristão mudou de nome e alguns dos seus principais líderes estão envolvidos em atividades mafiosas – alguns condenados por homicídio –.
A luta armada na itália era uma realidade que permeava toda a europa. Países como frança, inglaterra e alemanha viveram os mesmos problemas vividos pela itália com grupos como as Brigadas Vermelhas ou o ao qual pertencia o refugiado Cesare Battisti.
O renascimento do fascismo com o advento de silvio berlusconi trouxe de volta ódios e rancores que a rigor nunca foram sepultados, mas o governo do duce, o atual, tenta de todas as formas reviver os tempos de "glória" de benito mussolini na ditadura disfarçada. Ressuscitou os camisas pretas.
A decisão de Tarso Genro foi um ato de soberania do governo brasileiro. A intromissão indébita de gilmar mendes foi mais um dos atos de venalidade do gerente geral da stf dantas incorporation ltd.
Troca de gentilezas entre máfias. A italiana e a tucana (gilmar é tucano).
Os insultos de um deputado italiano ao Brasil, a forma grotesca como o bufão sílvio berlusconi trata o nosso País e acima de tudo a farsa montada em cima de um processo fraudulento e eivado de vícios e que resultou na condenação de Battisti não podem sob pena de nos transformar em mera colônia dessa gente, em gentis e dóceis servidores de líderes desse jaez –sílvio berlusconi – podres, corruptos, no abdicar a independência pretensamente conquistada em 1822.
Se olharmos com atenção quem depende do Brasil são italianos, europeus de um modo geral. Continuamos a ser os grandes provedores de matérias primas para esses que ou nos colonizaram – portugueses – ou nos exploraram e nos exploram.
As pressões descabidas do governo da itália, agora do parlamento europeu significam exatamente isso, a forma como consideram o Brasil. Não há mais um tratado de Tordesilhas que separa uma parte para a espanha e outra parte para portugal. Mas junta-nos a todos num balaio que luís henrique chama de "prejudicial aos negócios". O dinheiro dele deve estar sendo lavado no banco de berlusconi. E a gratificação extra paga pela máfia para falar o que falou, naturalmente, foi em espécie, pois é assim que essa turma evita deixar rastros.
Enrico Berlinguer sucedeu a Palmiro Togliatti no comando do PCI. Foi o responsável por um movimento que a mídia chamou de euro-comunismo e que se afastava do modelo soviético, então vigente, sustentando-se no modelo democrático tradicional dos países ocidentais e escorando-se em propostas de reformas. Buscou inspiração em Gramsci – não significa ser gramsciniano. Berlinguer fez uma leitura própria –, mas acabou fracassando na grande reviravolta política na itália e no resto do mundo com o fim da União Soviética.
O grande receio das lideranças tradicionais da democracia cristã, máfia, fascistas, aliados naturais, era uma vitória eleitoral de Berlinguer, malgrada sua visão. E nem cabe analisá-la longe do contexto de tempo e de espaço.
O problema é outro. O diagnóstico de Berlinguer continua vivo. O problema central da itália é moral.
E com berlusconi a amoralidade – típica de banqueiros e fascistas – é regra.
A opção do stf é decidir se é uma "empresa", a stf dantas incorporation ltd, ou se é de fato uma corte de justiça.
A do governo Lula é não aceitar que toda essa confusão arrumada por gilmar mendes e seus asseclas tucanos se instale de uma tal forma que o País mergulhe numa crise institucional deliberada e provocada, tudo de olho em 2010, onde a chave do cofre vai estar em disputa e mãos tucanas estão coçando de maneira incontrolável. Sejam as mãos de josé serra, sejam as de aécio.
Battisti deixou de ser só um caso de refúgio humanitário fundamentado, legal, longe do alcance das garras de gilmar, para ser também um caso de afirmação da soberania nacional.
E mais à frente de uma discussão sobre o modelo político e econômico da nova ordem. Impõe-se se quisermos pretender algum futuro como nação livre, independente e soberana.
Outro dia um navio trazendo princípios ativos de medicamentos genéricos para o Brasil foi detido no porto de Amsterdã na holanda, com a alegação que não poderia passar por aquela rota. Na verdade mesmo os holandeses, como americanos e outros, não concordam com a fabricação de medicamentos genéricos. Querem a saúde sob controle dos grandes laboratórios. Os que remuneram serra, aécio (a secretaria de saúde em Minas é corrupção de norte a sul, leste a oeste).
Cesare Battisti é isso. Ou somos de fato um País independente, ou continuamos colônia.
Só falta agora o rei juan carlos vir caçar na Amazônia e mandar que nos calemos. gilmar mendes não cala, engole e recebe. É dançarina com respeito a todas as dançarinas.
Breve um monte de brasileiros chamando berlusconi, juan carlos, sarkozy, etc, de "bwana", como nos filmes de Tarzã.
Vai depender do stf. Se empresa ou corte de justiça.
Se você é de fato independente, toma as suas decisões, ou aceita o chicote, carrega a pasta do chefe, tira retratos do chefe, se deixa foto montar pelo chefe e faz de conta que não é com você e depois almoça com chefe rindo e feliz, na ordem dita natural e normal da anormalidade dessa gente.