Ao sair de campo o jogador já entrando no local apropriado faz um gesto obsceno para a torcida do Náutico. Dezenas de policiais (policiais? Onde? Bandidos fardados. Torcedores disfarçados) aparecem, agarram o jogador, jogam gás de pimenta, mandam um jogador tomar num determinado lugar, tornam-se vedetes do que deveria ser um espetáculo e levam o jogador e o presidente do clube, o Botafogo, para a Delegacia. O gesto do jogador do ponto de vista da lei comum deveria ser relatado em ocorrência e André Luís intimado para esclarecê-lo perante um juízo. Policia Militar é uma excrescência, resquício dos tempos dos "coronéis", quando estado ainda tinha nome de província e via de regra não têm a menor noção do que seja lei, direito, nada disso. Aprendem a bater, torturar, em muitos casos associam-se ao crime organizado.
Polícia é uma instituição civil em qualquer lugar do mundo. Aqui não.
Os supostos policiais, não podem ser, levam o jogador algemado num camburão e no exercício da "autoridade" revestida de boçalidade e barbárie. Um jogador do time adversário, tentara antes contornar o problema levando o colega de profissão para dentro do vestiário. Uma policial (policial?Onde?) enfia o dedo no nariz do jogador, grita, impõe-se como "autoridade".
André Luís teria e vai ser punido pela Justiça Desportiva. Há punição prevista para a atitude que tomou. O presidente do Botafogo foi preso por desacato ao tentar defender o jogador.
A CBF deveria, deve, proibir jogos do campeonato brasileiro em Pernambuco. Não há condições se levarmos em conta a boçalidade transmitida via tevê para todo o País de partidas de futebol acontecerem ali.
Ou futebol é um negócio sério, ou não é.
Como qualquer outro.
Um espetáculo negativo, deprimente e vergonhoso. Até a hora que escrevo o jogador estava preso e seria submetido a exame toxicológico. Desculpa. Costumam armar flagrantes, jogadas assim quando cometem abusos e cometem toda a hora todo o dia.
Polícias militares têm que ser extintas e a instituição policial modificada com caráter civil.
No Rio de Janeiro o BOPE mata inocentes. Policiais militares são acusados de torturar jornalistas. O secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame confirmou que PMs torturam um repórter, um fotógrafo e o motorista do jornal O DIA. Os jornalistas faziam matéria sobre a atuação policial na favela Batan e descobriram ligações dos policiais com o crime organizado.
Toda essa violência e mais a que acontece todos os dias não diminuiu o crime, não eliminou o tráfico de drogas, não acabou com a barbárie policial, a insegurança é a mesma e vale a máxima de Chico Buarque de Holanda: "chame o ladrão".
Não há política de segurança que dê certo enquanto existirem polícias militares. O que aconteceu hoje no Recife é só uma pequena mostra do que acontece e milhares de pessoas todos os dias em todo o País.
A guarnição da PM que foi ao estádio fazer o policiamento no jogo de hoje deveria ter entrado com o uniforme do Náutico, adversário do Botafogo. Ali não haviam policiais, mas torcedores violentos e fanáticos, prepotentes, arrogantes e sem qualquer respeito por coisa alguma.
Vai dar em nada, vai ficar tudo do mesmo tamanho. Estamos no Brasil e no mundo do futebol Eurico Miranda está solto até hoje. Ah! Alguns dos seus seguranças são policiais militares. O que é proibido por lei.
Um último detalhe, não torço pelo Botafogo.
E lamentável o locutor Luciano do Vale, que tem interesses comerciais da empresa onde trabalha, a REDE BANDEIRANTES, ignorar a violência e a barbárie, a estupidez, para dizer que ninguém brinca com a Polícia de lá, pois por lá as coisas funcionam.
Deu para ver...