Os inuítes, esquimós pleiteiam a ajuda de países de todo o mundo para que possam receber freezers e assim conservar seus alimentos (carne de baleia e foca). É que o aquecimento global está provocando camadas de gelo mais finas e cheias d’água e a carne, antes armazenada em celeiros, apodrece.
Os líderes inuítes, consideram a expressão esquimó depreciativa, registram um aumento no número de imigrantes. Uns vão para o Canadá e outros buscam aldeias mais seguras na Groelândia. Para eles isso começa a provocar a ocidentalização desse povo e segundo afirmam o mundo acordou tarde para o problema e só agora começam a perceber sua dimensão e sua gravidade.
Vivemos num mundo que esquimós dependem de freezers.
Obama, enquanto isso, para cada ataque contra supostos terroristas mata vinte e oito civis. Usa a guerra da mentirinha contra o Estado Islâmico para tentar derrubar o governo de Bashar Al Assad. Há dias deu o perdão presidencial aos perus da Casa Branca. Tradição que vem de anos e revela a infantilidade de uma sociedade cada vez mais violenta e boçal e onde a exclusão social é um fato relevante. Pelo menos 40 milhões de norte-americanos precisam de perdão para poder morar, comer e trabalhar.
Ou os mais fortes dentre esses servirem de bucha de canhão nas guerras insanas que os norte-americanos travam mundo afora. Um general desses malucos que Stanley Kubrick revelou em DOUTOR FANTÁSTICO, afirma que o Brasil pode ter o controle militar da Baía de Guanabara e isso contraria interesses dos EUA.
É possível que queiram invadir o Rio de Janeiro no carnaval, com direito a camarote de grandes empresas. Boca livre completa.
O fracasso de seu menino de ouro, Aécio Neves, que se mostrou de lata, assustou e assusta a turma da Casa Branca.
Inuítes que não gostam de ser chamados de esquimós querem freezers. Inimaginável há anos atrás. O Ártico está vindo abaixo com suas imensas geleiras. Sarah Palin, extrema direita, defensora dos bons costumes, da moral, mas que faz de suas lindas pernas ingrediente decisivo de campanhas políticas, foi governadora do Alasca. Deve entender de degelo.
As lideranças desse povo começam a sensibilizar alguns governos e os freezers vão chegando aos poucos e garantindo a sobrevivência de uns felizardos. Os que não conseguem vão para o Canadá, que segundo os norte-americanos é “um México melhorado”.
São sobertos.
No México é diferente. As costumeiras fraudes eleitorais são seguidas por barbárie governamental e controle do narcotráfico. São quarenta e três estudantes desaparecidos e onze corpos de jovens decapitados que vão para os freezers dos institutos médicos legais, onde aguardarão ser identificados.
Já os índices econômicos estão no padrão do FMI e do Banco Mundial, por extensão, dos banqueiros.
Breve a União Européia vai precisar de botes para que milhões não morram de neoliberalismo.
- Laerte Braga
- Editorial