Foi o escritor norte-americano John dos Passos o primeiro a falar em “complexo industrial e militar” como a principal força dos EUA. Anos mais tarde o general Eisenhower, comandante aliado na Segunda Grande Guerra e presidente do país por dois mandatos (eleito e reeleito), repetiu a frase.
Os dois se referiam ao controle que esse complexo, indústria e militares, exerciam sobre os Estados Unidos e principalmente às instituições de governo (presidência, congresso e poder judiciário).
Ao término de seu primeiro mandato o atual presidente Barack Obama afirmou não ter sido possível reverter mais que sete por cento das terceirizações feitas por seu antecessor, George Bush, nos setores de inteligência e defesa. A rigor, ambos foram assumidos pelo complexo a que se referiam Passos e Eisenhower e hoje são maiores que o Estado da União como costumam se referir ao país.
A figura do presidente dos EUA é hoje mero condutor de políticas ditadas por esse complexo, sem poder e sem força, seja ele republicano ou democrata. Bush era e é um idiota perfeito. A própria família o enxerga assim. Obama tentou bater de frente com as empresas e militares e resignou-se a fazer de conta que comanda alguma coisa.
As empresas privadas controlam desde os serviços essenciais de inteligência, ao recrutamento (o serviço militar não é obrigatório) de soldados para as forças armadas, ao treinamento e atuam em campo de batalha, além de fornecerem armas e equipamentos logísticos.
Um senador como John McCain, derrotado por Obama nas eleições de 2008, tem mais poder que o presidente. Nas crises que resultaram na derrubada do presidente Zelaya em Honduras e agora na Ucrânia, como de permeio na Venezuela, no Paraguai, foi figura central.
Os novos líderes nazistas da Ucrânia foram aos EUA e não visitaram Obama antes de uma conversa com McCain. É o intérprete do nazi/sionismo que domina os EUA e espalha o terror em guerras estúpidas e lucrativas, na mesma medida que aumenta as desigualdades sociais no país. Quarenta milhões de norte-americanos vivem na linha da miséria ou abaixo dela.
McCain, louco, intempestivo mas consciente do papel que exerce, por mais paradoxal que isso possa parecer, defendeu há dias o envio de tropas à Venezuela para “manter o fluxo petrolífero”. É dos que acham que Deus ungiu os EUA e Israel como povos eleitos para guiar o mundo.
Julian Assange e Edward Snowden, com documentos secretos que obtiveram desmontaram toda a farsa democrática norte-americana. Por isso são caçados e se tornaram alvo desse terrorismo que mantém campos de concentração como Guantánamo, assassinam alvos seletivos, torturam, agem da forma mais abjeta possível e se arvoram paladinos da ordem democrática.
O episódio de espionagem sobre países e governos no mundo inteiro revela o caráter real dessa grande corporação. Não é mais nação. Foram tímidas as atitudes de repúdio a essa invasão silenciosa e que se presta a chantagens contra governos.
É fácil entender isso. Hoje a OTAN – Organização do Tratado Atlântico Norte -, aliança militar dos EUA com os países da União Européia, principalmente, é mais forte que todos os governos europeus dessa comunidade somados. A Grã Bretanha, por exemplo, é só uma colônia. Não tem autonomia para decidir sobre a qualidade do cracker servido à rainha no chá das cinco.
A mais recente denúncia de abusos terroristas desse complexo vem do Senado dos EUA. Senadores são espionados pela CIA e companhias terceirizadas. Dados como um senador homossexual que não se revela. De outro que tem amante. Da mulher de um terceiro que tem um caso com outro senador e vai por aí afora.
Chantagem é uma das armas mais usadas na nova modalidade de guerra que o império nazi/sionista trava, enquanto constrói o IV REICH. Gilson Caroni Filho já disse que quando em crise “capitalismo e fascismo andam de mãos dadas”.
A extensão do que espionaram e descobriram no Brasil não faço idéia. Militares brasileiros são obtusos, não têm formação e nem vocação democrática e ainda acreditam que o golpe de 1964 foi uma revolução patriótica. Pelo nível de submissão aos interesses norte-americanos, no entanto, não é difícil imaginar o que espionaram e o nível de controle que mantêm não só sobre forças armadas, mas sobre políticos.
O Congresso brasileiro e os militares do setor de inteligência estão em guerra. Senadores e deputados querem saber o que se espiona, o que foi espionado e militares querem, como sempre, manter sob sua tutela informações vitais para a democracia. Foi criada uma comissão específica no Congresso para obter essas informações. Se vão dar ou não é outra história. Somos uma democracia tutelada do ponto de vista interno e controlada do ponto de vista externo.
No governo temos uma presidente sem norte e na perspectiva de escolhas, ficamos entre o cruz credo, a presidente e o coisa feia, ou os coisas feias, os candidatos da oposição.
O Brasil, pouco a pouco, também vai deixando de ser nação e se transformando em corporação. Banqueiros, grandes empresas, latifundiários, evangélicos (querem agora definir e criar leis que estabeleçam o que é família), todos numa grande aliança onde pouco importa quem seja o presidente, se o presidente não for capaz de romper essa estrutura e nenhum foi. O que a Fundação Ford fez através do sacripanta Fernando Henrique, nem Lula e nem Dilma desfizeram.
A corporação terrorista, EUA/ISRAEL S/A têm o controle acionário do Brasil.
Por isso Putin se transforma em grande líder da resistência mundial a essa nova ordem e mostra que é possível deter as hordas nazi/sionistas. Estamos longe de ter um.