A MARCHA DOS FAMIGERADOS

Quando Lula foi eleito presidente da República em 2002, tinha todas as condições possíveis para enfrentar a onda neoliberal desencadeada por Fernando Henrique Cardoso (saiu pela porta dos fundos do palácio). Não o fez. Optou por alianças com partidos como o PMDB (a maior agência de empregos para políticos no País), política dúbias em questões essenciais e o resultado é o que temos, em matéria de menos ruim – Dilma Roussef.
Um governo neoliberal em sua essência, recheado de programas sociais, que formam a força eleitoral que deve reeleger a presidente da República.
São três as forças alvos do imperialismo norte-americano e sionista. Lula, por exemplo, abriu as portas do País a Israel, num tratado inaceitável e inexplicável de livre comércio. Já são donos da indústria bélica e sócios da EMBRAER.
Rússia, China e BRICS. O terror imperialista não quer que esses países e o grupo sobrevivam como nações autônomas e capazes de, num futuro próximo se opor ao império que tenta subjugar todo o mundo.
Para isso se valem de expedientes golpistas, como os recentes acontecimentos na Ucrânia e na Venezuela.
No Brasil, a proximidade da data de aniversário do golpe militar de 1964 leva grupos de extrema-direita, financiados de fora para dentro, a tentar reeditar a marcha da família com Deus pela liberdade, no pressuposto que estamos às portas de um golpe comunista.
Não são loucos. São agentes do imperialismo, movidos a dólares e encontram eco na direita que se manifesta tanto em partidos políticos, grupos religiosos (evangélicos), como de forma estúpida e mentirosa na mídia venal e podre.
Tentam repetir 1964. Chamam os militares a intervir e o combate à corrupção é o seu lema, ao lado do risco do comunismo.
A presidente da República disse que não quer comemorações do golpe militar nos quartéis. Com certeza vai ser desafiada e diante de um fato consumado vai ter que punir os que assim o fizerem. Uma batata quente em suas mãos.
Os generais que servem ao seu governo não têm a dimensão de um marechal Lott, ou de um brigadeiro Moreira Lima.
São anões e contestados dentro dos próprios quartéis, onde sobrevive intacto em vários grupamentos o espírito golpista de 1964.
A democracia no Brasil é tutelada. A opinião pública é formada pela mídia e induzida a acreditar que Joaquim Barbosa é um exemplo de dignidade e coragem. É apenas um pau mandado e corrupto.
A classe média por aqui costuma colocar o carro na cama e a mulher ou o marido na garagem.
A marcha está prevista para o dia 22 e contam mobilizar milhões de brasileiros em todos os estados da Federação.
Criar um clima de instabilidade no País é o desejo da direita. Basta olhar a última edição da revista pornográfica VEJA.
Ou acompanhar os noticiários dos telejornais. Sherezade é o novo ingrediente no discurso extremado de bandido bom é bandido morto.
O governo não mostra disposição para enfrentar esses desafios e muito menos parece ter força. O esfacelamento da base de apoio a presidente por conta do pleito de verbas pessoais é um exemplo disso, além da própria presidente, alguém que sugere personalidade forte e se limita a olhar para o outro lado diante de crises políticas, ou enfiar a cabeça num buraco.
É prisioneira da própria armadilha construída no governo Lula.
Uma das integrantes do comando da marcha disse ao jornal FOLHA DE SÃO PAULO (o que emprestou caminhões para desova de cadáveres dos assassinados pela ditadura) que foi a uma reunião da Comissão da Verdade e não viu ninguém com cara de torturado. “Vi todos gordos e sem marcas, não acredito em tortura”.
É jovem, logo deve aparecer no JORNAL NACIONAL, ou na próxima edição de PLAYBOY ou do BIG BROTHER.
No Brasil é assim, vira musa da democracia fajuta modelo Washington.
É a marcha dos famigerados. Não significa que não traga perigos. Traz e muitos. E o grande risco é a comandante enfiar a cara num buraco e por lá ficar.
Ou reagimos, ou breve reabertura dos DOI/CODI.

 

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