Edir Macedo é dono de uma das maiores e mais sólidas franquias do mundo, a Igreja Universal do Reino de Deus. Mora em Miami e tem um prazer quase orgástico ao dizer isso nas entrevistas que concede.
. As chamadas igrejas evangélicas neopentecostais começaram a aparecer no Brasil na década de 60, século passado e chegavam junto com o leite em pó da Aliança para o Progresso, programa de “ajuda” a América Latina desenvolvido no governo do presidente Kennedy.
Trazia de tudo, desde agentes da CIA, a pastores norte-americanos e o leite em pó continha ingredientes que entre outras coisas promoviam a esterilização, ou pretendiam, de mulheres no Nordeste brasileiro.
Esses pastores chegaram aqui via Chile, no governo de Jorge Alessandri e aos poucos formaram pastores brasileiros, todos com objetivo de alienar pessoas em nome da fé e manter o processo político e econômico intocado, vale dizer, o Estado brasileiro controlado por banqueiros, grandes empresários e latifundiários.
Foi responsável pelo IBAD – INSTITUTO BRASILEIRO DE AÇÃO DEMOCRÁTICA –-, uma organização de extrema direita responsável pela montanha de dinheiro despejado nas eleições parlamentares e de alguns governos estaduais em 1962, no afã de neutralizar a força do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), base do presidente João Goulart.
Macedo, a essa época era pai de santo num Terreiro de Umbanda na cidade mineira de Matias Barbosa e modesto funcionário público. Hoje investe furiosamente contra a Umbanda a despeito de tentar sofisticar práticas dessa versão brasileira das religiões afro, em suas igrejas-lojas franqueadas a pastores controlados a ferro e fogo.
É dono de um banco, uma rede de tevê aberta (nem a Igreja Católica conseguiu isso), vários “negócios” e foi para Miami depois de preso aqui por uma série de fraudes financeiras.
Mora tranquilo num paraíso que já abrigou Sérgio Naya e abriga máfias cubanas de drogas, norte-americanas de jogos, prostituição, paraíso do crime organizado. Foi em Miami, estado da Flórida que ocorreu a maior fraude eleitoral da história dos EUA e deu a vitória a George Bush, derrotado no voto popular e eleito no Colégio Eleitoral.
A igreja-empresa de Macedo é parceira, através de uma bancada chamada evangélica, na qual se faz representar, do governo da presidente Dilma Roussef e tem um Ministério. Não diz respeito a Ministério de fé, mas de corrupção.
Ao que se sabe, pelo menos aparentemente, desde a eleição de Lula as investigações sobre os crimes cometidos por Edir Macedo, ou não prosperaram, ou foram para as calendas. A impunidade está garantida, tanto em Miami, como aqui. E se espalha pela África, pelo Oriente Médio. Hoje tem forte presença também no poder Judiciário. É grande o número de juízes evangélicos.
O cristianismo e o judaísmo-sionista no Brasil hoje refletem o que acontece em todo o mundo, daí a importância de Edir Macedo e outras figuras para o conjunto dos senhores do planeta. Um acordo de livre comércio firmado com o governo terrorista de Israel pelo governo brasileiro, Lula, abriu as portas do País a um complexo movimento político e econômico de domínio de setores estratégicos pelo sionismo. A massa, transformada em objeto fica por conta das igrejas cristãs.
Edir Macedo, no duro mesmo, mantém um circo de proporções bilionárias (que me perdoem os circenses legítimos) dentro das características bem definidas pela chamada sociedade do espetáculo, em livro do mesmo nome do escritor e pensador Guy Débord.
Se a fé ou a ausência de fé é um direito legítimo, inviolável da consciência de cada um, a fraude em torno da fé é um crime cometido pelo capitalismo em sua guerra nada santa contra trabalhadores.
Não é surpresa que Edir Macedo esteja entre os mais ricos do Brasil.