PRODUZIDO PELA TVa2, O LONGA FAZ ESTREIA MUNDIAL NO FESTIVAL DE BERLIM
“Movimento estudantil: quem não conhece acha que é assim. Uns jovens muito loucos, que querem invadir tudo, quebradeira, uns maconheiros, que têm preguiça de estudar. Os outros vão achar que os secundaristas são a esperança do mundo. O jovem que ocupa e sonha com educação pública de qualidade. Com um mundo mais igualitário. Que assim que eles crescerem e chegarem no poder vai estar tudo resolvido. Mas, mano, o bagulho é muito mais maluco do que isso”, avisa o narrador no trailer de “Espero Tua (Re)volta”, documentário de Eliza Capai. O longa compete na Mostra Geração 14+ do Festival de Berlim, entre 7 a 17 de fevereiro, e tem sua estreia mundial no sábado, dia 9, às 16h, horário alemão (no Brasil 13h).
Disponível em https://youtu.be/DIA5N72zi4Q, o trailer mostra imagens de passeatas de estudantes, da ocupação de escolas, do congresso da UNE de 2017, entre outras. O documentário traz as lutas estudantis no ponto de vista de três jovens ex-secundaristas que participaram das ocupações das escolas paulistas em 2015: Lucas “Koka”, Marcela Jesus e Nayara Souza. E conta com material inédito, reportagens da época e imagens de arquivo das marchas e ocupações.
Nas imagens estão as ocupações das escolas paulistas em 2015, em resposta a reorganização escolar anunciada pelo governo paulista de Geraldo Alckmin. A proposta previa o fechamento de mais de 90 escolas e o remanejamento de cerca de 300 mil alunos para outras unidades. Sob o lema “Ocupar e resistir”, os estudantes protagonizaram a ocupação de mais de 200 escolas, o que serviu de inspiração para jovens de todo o país.
Os três narradores do filme relembram os eventos de 2013, até chegarem ao processo de impeachment de Dilma Rousseff em 2016 e à vitória do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro em 2018. O trio propõe diferentes olhares e vivências, mas têm em comum o ativismo por um ensino público de qualidade e uma cidade mais inclusiva. As lutas por direitos coletivos acabaram por lhes render também importantes conquistas individuais: a partir dos debates de feminismo, temas LGBT e antirracismo realizados dentro das ocupações, os jovens transformaram suas relações e suas próprias formas de se verem e se apresentarem no mundo.
O filme é uma produção da TVa2, com coprodução da Globo Filmes/Globonews, através da Lei de Audiovisual, em conjunto com investimentos do Fundo Setorial (BRDE/Ancine), através de parceria com o Canal Curta! e distribuição da Taturana Mobilização.
Em Berlim, o filme terá sessões nos seguintes dias, horários e locais:
Sábado, 09/02, às 16h (local de Berlim), na HKW (Premiere)
Domingo, 10/02, às 20h15m, no Cubix 8
Quinta, 14/02, às 16h, no Zoo Palast 2
Sábado, 16/02, às 10h, no CinemaxX 1
Para outras informações acesse: https://www.facebook.com/
Sinopse
Quando a crise se aprofundou no Brasil, os estudantes saíram às ruas e ocuparam escolas protestando por um ensino público de qualidade e uma cidade mais inclusiva. Espero Tua (Re)volta acompanha as lutas estudantis desde as marchas de 2013 até a vitória do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Inspirada pela linguagem do próprio movimento, o filme é conduzido pela locução de três estudantes, representantes de eixos centrais da luta, que disputam a narrativa, explicitando conflitos do movimento e evidenciando sua complexidade.
Ficha Técnica
Direção e roteiro: Eliza Capai
Produção e Produção Executiva: Mariana Genescá
Narrado e escrito com a colaboração de: Lucas “Koka” Penteado, Marcela Jesus e Nayara Souza
Assistente de Produção Executiva: Jacqueline Melo
Montagem: Eliza Capai e Yuri Amaral
Fotografia: Bruno Miranda e Eliza Capai
Documentaristas 2015: Caio Castor e Henrique Cartaxo/Jornalistas Livres
Trilha Sonora Original: Décio 7
Edição de Som e Mixagem: Confraria de Sons & Charutos
Finalização: Clandestino
Arte e Letreiros: Bijari
Criação e lambe Cartaz: Zé Vicente
Foto cartaz: Carol Quintanilha
Tradução e legendas inglês: Paula Bara
Sobre a diretora
Eliza Capai é uma documentarista independente preocupada com temáticas sociais e formas criativas de produção, narrativas e distribuição. Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (ECA/USP), assina a direção e roteiro de 15 curtas-metragens e quatro séries para TV, três séries para web, além de três médias e dois longas-metragens documentais. Atualmente é bolsista do OpenDocLab no MIT (Massachussets Institute of Technology).
Seu primeiro longa, "Tão Longe é Aqui" (2013), discute a situação feminina a partir de uma viagem pela África e foi lançado com o prêmio de Melhor Filme na Mostra Novos Rumos do Festival do Rio, entre outros prêmios no Brasil e no exterior.
Em 2014 seu curta “Severinas”, sobre a autonomia feminina no sertão, foi finalista do Prêmio Garcia Marques de Jornalismo Ibero-americano. Em 2016, lançou seu segundo longa, “O jabuti e a Anta”, que através de personagens ribeirinhas e indígenas, reflete sobre as gigantes hidrelétricas amazônicas. Em 2017, Eliza lançou a partir de uma distribuição coletiva, o média "#Resistência" (2017).
Sobre a TVa2
A TVa2 é uma produtora independente de filmes focada na realização de documentários com temáticas sociais e políticas.
Em TV, já exibiu suas produções em diversos canais no Brasil e também no exterior, como BBC, RTP e Aljazeera.
Em cinema, o longa ‘O Estopim’ (2014), sobre a ocupação militarizada das favelas do Rio, entre outros importantes prêmios e festivais, venceu o Grand Prix do Festival Internacional de Televisão de São Paulo.
O longa anterior, ‘Cortina de Fumaça’ (2010), sobre política de drogas, participou de mais de 20 festivais e integra a lista internacional dos “11 documentários que podem mudar a sua visão do mundo”, publicada pela Revista Galileu e pelo blog Hypeness.
Atualmente, a TVa2 lança a sua mais recente produção, o longa “Espero tua (re)volta” (2019), de Eliza Capai, na Mostra Generation 14plus do Festival Internacional de Berlim.
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Sobre a Taturana Mobilização Social
A Taturana é uma distribuidora de filmes com foco em impacto social. Fundada em 2013, vem trabalhando com circuitos comerciais e não comerciais com o objetivo de democratizar o acesso ao cinema e potencializá-lo como ferramenta de impacto social.
Sobre a Globo Filmes / Globonews
A associação entre a GloboNews e a Globo Filmes tem entre seus principais objetivos formar plateias para o documentário e, em consequência, ampliar o consumo desses filmes nas salas de cinema. A parceria tem contribuído para um importante estímulo ao documentário no Brasil, onde o gênero ainda tem pouca visibilidade quando comparado aos demais países. A iniciativa visa o fortalecimento e a promoção dentro do mercado audiovisual brasileiro, através da coprodução e da exibição desses longas.
O projeto completa cinco anos em 2019 e a parceria estimula a criação de longas-metragens que, após a exibição nas salas de cinema, vão ao ar na emissora. Ao longo desse período, os filmes foram vistos por mais de seis milhões de pessoas no canal por assinatura e o alcance médio das produções foi de 450 mil telespectadores por exibição.
Foram lançados filmes como Brasil: DNA África, Cidades Fantasmas, vencedor do Festival É Tudo Verdade 2017, Slam: Voz de Levante e Pitanga, premiados respectivamente nos Festivais do Rio e de Tiradentes em 2017, e A Corrida do Doping - até o momento, o filme mais visto na faixa da GloboNews.
Outros destaques foram o longa coletivo 5 x Chico – O Velho e Sua Gente, sobre comunidades banhadas pelo Rio São Francisco, selecionado para quatro festivais internacionais na França; Tim Lopes - Histórias de Arcanjo, sobre a trajetória do jornalista morto em 2002; Betinho - A Esperança Equilibrista, que narra a vida do sociólogo Herbert de Souza, Menino 23, que acompanha a investigação do historiador Sidney Aguilar a partir da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo, ambos vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2016 e 2017, respectivamente; Setenta, de Emília Silveira, sobre a militância política nos anos 1970, que recebeu dois prêmios no 8º Festival Aruanda (Paraíba), incluindo o de Melhor Filme pelo júri popular; e o premiado Meu nome é Jacque, de Angela Zoé, que enfoca a diversidade sexual a partir da experiência da transexual Jacqueline Rocha Cortês, eleito o Melhor Longa Nacional pelo júri do Rio Festival de Gênero & Sexualidade no Cinema 2016.
Entre 2018 e 2019, são mais de 65 filmes em produção, envolvendo mais de 60 produtoras de diferentes regiões do país, ajudando a fomentar o mercado.
Sobre o Curta!
Dedicado às artes, à cultura e às humanidades, o Curta! é um canal independente que acolhe a experimentação e se orgulha de ser um parceiro dos realizadores, artistas, criadores e produtores. Com o compromisso de transmitir 12 horas por dia de programação nacional independente, o canal pauta a sua programação pelos seguintes temas: música, dança, teatro, artes visuais, arquitetura, metacinema, filosofia, literatura, história política e sociedade.
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