PT e CUT deviam liderar FU pró-sustentabilidade com independência de classe ao invés da Marcha

Por se tratar das duas organizações políticas mais representativas do povo trabalhador no Brasil, as direções nacionais do PT e da CUT se equivocam quando se referenciam no evento oficial Rio + 20, chamando suas militâncias para participarem 4ª feira, 20 de junho, no Rio, da Marcha dos Movimentos Sociais. Ao invés disso, o PT e a CUT deviam estar empenhados em liderar uma Frente Única (FU) que propugnasse: Em 1º lugar que o governo da presidente Dilma rompa com os partidos burgueses, populistas e fisiológicos como pré-condição inclusa àquilo que a Cúpula dos Povos e a Rio + 20 utilizam como mera propaganda, o atendimento das reivindicações sustentabilizadas do povo trabalhador.
Assim, desde o anúncio pelo autointitulado Comitê Facilitador que organiza o evento paralelo ao oficial Rio + 20, isto é, a denominada Cúpula dos Povos, nós os marxistas propugnamos não ser possível – isso, no mundo inteiro - buscar atender as necessidades, os anseios e as reivindicações sustentabilizadas do povo trabalhador através da apelidada nova governança mundial (NGM). Ou seja, buscar tais atendimentos através de governos sem independência de classe, isto é, de apelidados governos de união nacional ou de coalizão com partidos burgueses, populistas e fisiológicos, conforme têm sido desde 2003 os governos equivocadamente comandados pelo PT.
Nós, marxistas, rejeitamos o sectarismo esquerdista consequentemente apoiamos as ações das massas nas ruas. Assim, a Marcha desta 4ª feira, 20 de junho, no Rio de Janeiro – a despeito do equívoco de se referenciar nos limitados eventos Cúpula dos Povos e o oficial Rio + 20 - se tratam da busca de alternativas. Daí, ser um imperativo propugnarmos à CUT e ao PT um chamado à formação de uma FU, imediatamente após convencer o governo da presidente Dilma a romper com os partidos burgueses, populistas e fisiológicos. Óbvio, outras ações são necessárias àquilo que os dois citados eventos dizem buscar, que é a sustentabilidade no atendimento às reivindicações do povo trabalhador.
Objetivando as necessidades, anseios e interesses do povo trabalhador, nós, marxistas apoiamos as reivindicações progressistas enquanto conquistas parciais nelas inclusas um programa de obras públicas. Deixando claro que as questões ambiental e ecológica só podem ser contempladas em sociedades estruturalmente sem a burguesia, suas instituições e seus valores. Daí a necessidade da CUT e o PT liderarem uma FU junto com o MST, enfim, com os movimentos sociais que a Cúpula dos Povos também diz representar. Tudo, imediatamente após convencer o governo de coalizão comandado pela presidente, a petista Dilma Rousseff, a romper com os partidos burgueses, populistas e fisiológicos.

*jornalista – é militante da seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI) a corrente interna petista Esquerda Marxista (EM-PT) no qual integra o diretório municipal em Macaé (RJ).

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