Escravizam-se homens, mulheres, crianças, quaisquer que sejam suas crenças, independente de cor... Escravizam-se corpos, almas, pessoas...
Escravizam-se porque nos permitimos ser escravizados desde os primórdios de nossa história.
Escravizam-se egípcios, bem nutridos e preparados para o trabalho árduo, escravizam-se os índios, para se conquistar terras, poder, escravizam-se afro descendentes numa conotação racial e inumana, escravizam-se trabalhadores com o abuso de poder, escravizam-se mulheres, a violência se faz presente e marca, escravidão que feri e maltrata, aniquila...
Com a junção do Iluminismo e da Revolução Francesa fizeram brotar questionamentos diversos, sobressaltando a moralidade, liberdade, igualdade e fraternidade. Estímulos passaram a ser considerados. O bem estar passa a ser visto como elemento fundamental para um bom resultado.
Mas, persistem a destruição social da pessoa, perde-se a identidade, a personalidade. Escravizam-se pessoas através de coações físicas e psicológicas.
E a tal da liberdade, que nos confere a Constituição?
Ainda não nos asseguram o direito à vida, à liberdade de pensamento, de expressão, à nossa humanidade... Negam-nos...
Óh! Escravidão, mutável no tempo e espaço, sempre com conotação econômica, até quando marcará os registros de nossa história? Quando deixará de revestir-se de diferentes caras e passará a ser apenas notas de um passado?
Nice Aranha