Platão: A eternidade do mundo das idéias

Bem caro leitor, é um prazer encontrá-lo novamente. Falar desse pensador para mim, dado o momento político que estamos vivendo e estamos para viver na nossa cidade me remete a se sentir nos tempos da Ditadura, quando as mensagens de protesto se mostravam de forma subliminar, bom, vou tentar ser suficientemente lírica para relacionar a idéia que mais me fascina desse pensador com tal situação que vivenciamos.
Como já havia dito antes, se por acaso a curiosidade bater a respeito da vida desse pensador, vale a pena fazer uma busca, mas desde já adianto que Platão foi discípulo de Sócrates e esteve com ele até os seus momentos finais, sendo ele quem publicou os diálogos de Sócrates, não deixando de formular suas próprias idéias.
Umas dessas idéias diz respeito à dicotomia: Mundo das Idéias e Mundo dos Sentidos. Para Platão no mundo em que vivemos ( mundo dos sentidos) tudo é passageiro e ilusório, enquanto no mundo das Ideias a verdade se mostra clara e límpida. Para ilustrar essa idéia Platão nos apresenta a parábola da caverna, a qual vou procurar resumir de forma bem clara.
Na parábola da caverna, Platão nos mostra um individuo que vive preso com outros dentro de uma caverna iluminada por uma fogueira que faz projetar sombras de um mundo que ele desconhece. Um dia ele decide sair dessa caverna para conhecer a origem daquelas sombras misteriosas que se projetavam na parede da caverna. A primeira sensação dele ao sair é a dor causada pela intensa luz que encontra assim que consegue sair da escura caverna, com o tempo seus olhos se acostumam a luz de tal maneira que ele já consegue distinguir todas as coisas dessa nova realidade que encontra fora da caverna. Mas um dia ele decide voltar para a caverna e contar aos outros o que havia descoberto, acontece que os outros que vivem presos não acreditam nas coisas contadas por ele e acabam o matando.
Como pode ver caro leitor, esse fim não é nada feliz! Mas será que escolher viver a vida inteira na escuridão se contentando com as sombras das futilidades e comodismos , é melhor do que se libertar de todo ou qualquer tipo de ignorância política?
Sinto me na obrigação de lembrá lo leitor de que viver requer um esforço bem maior que simplesmente respirar, como já dizia o poeta Pablo Neruda. Então saia da caverna imposta pelo comodismo da idéia de que está tudo bem com a sua cidade e de que tudo ficará bem independente da tua atuação. Abra teus olhos para a luz do conhecimento, ainda que isso lhe custe uma pequena porcentagem de tua ilusória felicidade, porque preciso ser sincera com você leitor, saber de todas as atuações e não atuações políticas de nossos representantes não é algo que traga tanta felicidade.
Lembrando que vivemos uma Democracia, que pode virar Ditadura silenciosa se não houver denuncia, se não houver barulho, se não houver reclamação, protestos contra atuações que maculam o desenvolvimento humano e digno de um povo, enfim, se somente houver governo sem diálogo , sem povo, esse "Democracia" virará fascimo.
Pergunte se: Você se encontra em uma caverna? Até quando ficarás na escuridão? Ouse viver, pois a vida no mundo de sentidos, segundo Platão á transitória e ilusória, então ouse, ainda que viver lhe custe a vida, mas não deixe que a sua vida se transforme na sombra do que ela realmente poderia ser.

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Jenifer da silva Maciel
Twitter: @jeninhamaciel

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