Patrícia Assumpção: uma macaense que brilhou em dose dupla no ano de 1994

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Patricia Leal Assumpcao como 4 colocada no Miss Brasil Universo 1994
Em 1994, o município de Macaé (RJ) brilhou no mundo das misses. Tudo começou com o belo evento para eleger a Miss Macaé 1994, que aconteceu no Tênis Clube (Sede Social). A vencedora foi Patrícia Leal Assumpção, uma garota genuinamente macaense, que nasceu e cresceu na cidade, de família oriunda do município.
Eleita Miss Macaé 1994, Patrícia, nascida em 2 de abril de 1976, teve a missão de representar o município macaense na disputa do Miss Estado do Rio de Janeiro 1994, no dia 28 de março de 1994, no Riosampa, Nova Iguaçu-RJ. O desfile estadual contava com trinta e uma candidatas municipais fluminenses, inclusive Patrícia Assumpção. No resultado final, deu dobradinha macaense, e Patrícia venceu o desfile, derrotando as outras trinta candidatas municipais.
Quando Patrícia retornou para Macaé envergando a faixa de Miss Estado do Rio de Janeiro 1994, ela fez seu desfile em carro aberto, que foi uma cortesia do Exército da cidade na época, que cedeu o carro especialmente para Patrícia ser exibida nas ruas do município como a mais bela da cidade e do estado. O feito estadual de Patrícia ocasionou felicidades aos macaenses, além da esperança de que a mesma trouxesse para a cidade, a premiação na competição do Miss Brasil 1994, ocasião esta que seria cerca de quinze dias depois.
E a macaense eleita a mais bela do estado participou do espetáculo do Miss Brasil 1994, que foi a 40ª edição oficial do concurso, na data de 11 de Abril de 1994, na Boate Ribalta no Rio de Janeiro - RJ, juntamente com outras vinte e seis concorrentes.
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Patricia (centro da foto) nos bastidores da selecao do Miss Brasil Beleza Internacional 1994, na companhia tambem de algumas misses. A sua direita esta o seu cabeleireiro oficial, Luiz Alfredo de Melo Viana, ja falecido
Pela primeira (e única) vez, o espetáculo foi composto por dois nomes: além de "Miss Brasil 1994", foi chamado de "Mulher Brasil 1994". Com certeza de que o fato do concurso ter possuído dois nomes, foi uma tremenda "cafonice" da organização do certame, uma vez que não tinha necessidade disso. Talvez o fato de que na década de 1990 a questão da virgindade feminina estava começando a ficar desvalorizada e até mesmo encarada como um expediente "antiquado", a organização optou por se referir às concorrentes, usando o termo "mulher" ao invés de "moça". Se a idéia realmente foi essa, o que se explica é que muito antigamente (até aproximadamente o final da década de 1980), as mulheres solteiras que mantinham se virgens, eram chamadas de "mocinhas", mas caso não fossem virgens, a sociedade se referia à elas como "mulheres". E moralmente falando, o "correto" bem antigamente era as garotas solteiras serem virgens, e no universo das misses isso era valorizado também logicamente, pois antes dos anos 1990 - principalmente entre as décadas de 1950 e 1960 - as misses tinham de ser virgens devido à questão moral, e se fosse descoberto que alguma não fosse, ela tinha de se ausentar do cargo como miss. Mas deixando de lado esses valores morais sociais e religiosos, o que deveria ou realmente importava ali, era o potencial das candidatas e não a vida particular das mesmas.
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Patricia Assumpcao na concentracao do Miss Brasil Universo 1994 na companhia do arquiteto e jornalista, o missologo baiano Roberto Macedo.
E na final do evento de beleza nacional - este que foi apresentado pelo hoje falecido Paulo Max - Patrícia era a concorrente que tinha a maior torcida, sendo a menina mais aplaudida. Isso seria óbvio, uma vez que ela era a miss do estado sede do espetáculo, ou seja, com o maior grupo de torcedores. Em todos os momentos que entrava na passarela, berros, aplausos e elogios vinham da direção do público, de forma muito intensa, para ela. Durante o concurso, as meninas ao fazerem seus desfiles individuais, sempre entravam na passarela em ordem alfabética. Todas as misses estaduais iniciaram primeiramente a apresentação dos desfiles de trajes típicos, fazendo uma coreografia inicial para o público e júri. Depois individualmente no microfone, elas se apresentaram nessa parada dos estados brasileiros. E quando a macaense se direcionou ao microfone, ela disse: "O meu nome é Patrícia Leal Assumpção, venho de Macaé, a terra do petróleo, e represento o maravilhoso estado do Rio de Janeiro." É importante citar sobre o traje típico que ela escolheu para aquele momento - não só a imensa aclamação que recebeu do público quando se apresentou com ele como a candidata fluminense - que ela quis enaltecer exclusivamente a cidade macaense e a sua cultura petrolífera, com uma fantasia (de cor cinza) especial que enaltecia o petróleo de Macaé. Com certeza de que ela foi muito feliz em escolher defender a cultura de seu município de origem e representação, ao invés de seguir a mesmice da maioria das misses do estado do Rio de Janeiro, que desfilam sempre com trajes representando em suas fantasias, a cultura carioca da cidade do Rio de Janeiro - RJ, em vez da identidade cultural de suas cidades de representação.
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Patricia Leal Assumpcao com o traje tipico (enaltecimento ao petroleo macaense) no Miss Brasil Universo 1994.
As candidatas estaduais realizaram os desfiles de traje de gala e primeiramente todas as garotas entraram juntas na passarela, para posteriormente, cada uma realizar seu desfile individual. Patrícia desfilou com seu traje de gala, que era um vestido de cor escura.
No desfile de traje de banho (maiô), novamente a fluminense apareceu de traje com cor escura.
O apresentador anuncia as doze semifinalistas em ordem aleatória e Patrícia foi a 11ª candidata a ser chamada.
Na semifinal, durante a entrevista, Patrícia faz um discurso dizendo que tanto o estado do Rio de Janeiro, quanto à cidade do Rio de Janeiro, possuem belezas altas. A fluminense cita novamente que é oriunda de Macaé, a terra do petróleo. O apresentador a pergunta: "Patrícia, o que você diria às pessoas pelo Brasil à fora, para que elas viessem mais ao estado do Rio de Janeiro?" A miss diz: "Eu diria que o cristo redentor está de braços abertos para todos."
Durante a semifinal, Patrícia e as demais meninas realizaram os desfiles de traje de banho (biquíni). A macaense mais uma vez está com a vestimenta de cor escura, ao exibir a sua plástica corporal.
Seguindo adiante, as doze semifinalistas apareceram no palco novamente com o traje de gala, e o mestre-de-cerimônias fez o anúncio das cinco finalistas. Patrícia foi a terceira miss à ser chamada, e fez novamente um desfile com o traje de gala para o público presente e o júri.
Na entrevista final, o apresentador pergunta à macaense: "Patrícia, quais são os seus sonhos e desejos, e o que você espera para a sua vida?". Ela responde: "Meu sonho é continuar sendo muito feliz e conseguir irradiar cada vez mais a minha felicidade e alcançar com as outras pessoas o caminho do bem e que eu consiga como todos pensam e sonham em melhorar o Brasil."
Anunciado o resultado final, Patrícia é chamada para o 4º lugar e faz mais um desfile para todos. E vence a representante do Estado de São Paulo, Valéria Melo Péris, que defendeu o país na disputa do Miss Universo 1994.
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Patricia Leal Assumpcao no Miss Brasil Universo 1994 com o traje de banho (maio)
Patrícia - na mesma época que participou desse concurso na Boate Ribalta - teve mais uma premiação como miss. Ela, que antes tinha sido eleita Miss Estado do Rio de Janeiro "Universo" 1994, e defendeu o estado fluminense na disputa do Miss Brasil "Universo" 1994 - nessa versão em que a vencedora foi concorrer à "Miss Universo" -, depois, foi coroada como a Miss Estado do Rio de Janeiro "Beleza Internacional" 1994 e teve a missão de representar o estado na seleção do Miss Brasil "Beleza Internacional" 1994, cujo a miss escolhida iría concorrer no exterior, à "Miss Beleza Internacional 1994". Ou seja, a Miss Macaé 1994 teve dois títulos estaduais de beleza naquele ano: um à nível de "Universo", e o outro a nível de "Beleza Internacional". Patrícia, em um único ano, foi Miss Estado do Rio de Janeiro por duas vezes.
Patrícia defendeu o estado fluminense nessa seletiva, que foi feita em Minas Gerais, dia 9 de julho de 1994, na cidade de Divinópolis. Lá, ela novamente figurou entre as cinco misses selecionadas pelo júri, galgando a posição de 5º lugar. Os registros apontam que a vencedora foi Ana Paula Barrote, também do Estado de São Paulo, que participou logicamente do concurso Miss Beleza Internacional 1994.
Patrícia reinou como Miss, e participou de vários eventos em Macaé. No estado fluminense, ela chegou a participar de ocasiões também, e por onde passou, esbanjou beleza genuinamente macaense.
No ano seguinte, 1995, Patrícia perdia seus títulos de miss, pois os cargos passavam a pertender à suas sucessoras.
Algum tempo depois, em 1996, Patrícia viu a sua irmã Paula Leal Assumpção vencer na Praia dos Cavaleiros, de Macaé, ao evento do Miss Macaé 1996, e tirar 3º lugar na competição de beleza do estado.
Patrícia - na mesma época em que viu a vitória como miss de sua irmã - se casou com Luciano Rocha de Azevedo e seu nome passa a ser: Patrícia Leal Assumpção Rocha de Azevedo. Alguns anos depois, nascem os filhos do casal: Lucas e Larissa.
O cabeleireiro oficial de Patrícia foi o macaense Luiz Alfredo de Melo Viana (Alfredinho, falecido em junho/2009), que sempre gostava de falar sobre o seu reinado com as pessoas, sempre a citando como bonita e simpática.
Nos dias atuais, Patrícia trabalha como funcionária da conhecida empresa que atua em função do petróleo brasileiro, a "Petrobrás", de Macaé - RJ. Ela, que já tinha usado traje típico petrolífero como miss em 1994, fez com que seu destino profissional fosse por esse caminho, assim como de muitos outros macaenses, devido ao fato da cidade ser a capital nacional do petróleo, além de ser a "Princesinha do Atlântico".
Neste ano de 2011, Patrícia completa dezessete anos que foi Miss. Ela foi a única miss da cidade eleita a mais bela do estado, que é naturalmente macaense. Concluindo: dentre as misses de Macaé que são genuinamente nascidas e crescidas na cidade, ela foi a que mais chegou longe como miss, tendo sido finalista em dois concursos nacionais. Conseqüência: o seu brilho estadual foi em dose dupla, e a sua história como miss em Macaé é honrosa.


Raphael Guedes Marinho.

 

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