Como um paradoxo, a humanidade vive momentos de enormes avanços científicos e tecnológicos e de ocorrências traumáticas advindas das ações dos homens e da própria natureza que causam grandes preocupações e comoções sociais.
Fato é que, apesar de toda a intectualidade adquirida, o ser humano ainda permanece incapaz de decifrar definitivamente os motivos ensejadores dessas ocorrências sociais e planetárias.
Mas se refletirmos, tantos os conflitos como os desequilíbrios que causam aflições, também fazem nascer grandes esperanças porque promovem ações voltadas à fraternidade e ao amor ao próximo, mudando o comportamento das pessoas.
Isso deve ser referenciado, notadamente nesta época em que vivemos uma dupla transformação com a renovação material/intelectual e espiritual do planeta. Ensina-nos a espiritualidade que neste século se inicia uma nova era que será caracterizada por um período de paz, da fé, da arte e da beleza, do dever e do bem. Uma grande solidariedade, que superará o egoísmo e o orgulho, há de unir os homens como irmãos.
A dupla renovação do planeta já está em andamento e todos, indistintamente, são partícipes desse processo. É preciso que haja compreensão de que, mais que material, essa renovação é espiritual e que ela começa pelo amor ao próximo como a si mesmo.
Portanto, necessário se faz que todos tenham ciência e consciência de que o verdadeiro progresso do ser humano começa quando cada qual procura se desprende das coisas materiais, que são passageiras, e se aproxima da vida espiritual.
Essa postura propiciará a transição para um estado vibracional mais elevado e o planeta deixará seu estado de mundo de provas e expiações para ser um mundo de regeneração.
Será pela conexão da ampliação dos conhecimentos intelectuais com o crescimento espiritual que os seres humanos e, por consequência, o planeta se renovará, porque estaremos zelando e vivenciando os valores de Deus, tal qual Jesus exemplificou, e todos serão iluminados pela luz do amor fraternal.
Paulo Eduardo de Barros Fonseca é vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.