Sob qualquer aspecto – material ou espiritual – a união fraternal é o sonho que transcende a alma humana. No entanto, esse sonho não se realizará sem que haja respeito mútuo, o qual decorre da harmonia entre as pessoas, mesmo porque somente se chegará à união fraternal “procurando guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz” (Francisco Candido Xavier. Fonte Viva, pg. 114. FEB).
Jesus, por seus ensinamentos e, sobretudo, por exemplos, deixou expressamente consignado que Sua religião “é o amor, pois o amor tem a mesma validade tanto na terra como nos mundos superiores, pois ele sintetiza tudo o que almejamos. Ele é uma religião eterna e universal, pois não sofre alterações nem no tempo, nem no espaço. E sabendo que o maior sustentáculo das criaturas é o amor, verão também a luz, pois Jesus sempre ilumina o caminho e todos, mas quem tem que percorrer esse caminho são vocês e com amor”. Tereza de Barros Fonseca (Irmão Alpe. A religião de Jesus. Reunião de Educação Mediúnica em 18/02/2002. Casa de Estudos Espírita “Dr. Alberto Seabra”).
Pensar e agir de modo diferente exprime evidente alienação de sentimentos e partidarismo contencioso, bem como cria contendas que, ao contrário da união, criam fragmentações que, por vezes, causam conturbações de todas as ordens.
A essência da mensagem de Jesus é amar e respeitar o próximo e “é com a serenidade do espírito, buscando sempre o estudo para o aprendizado que o homem vai infiltrando no seu coração todas as doçuras da verdade, que dá a certeza da grandiosidade de Deus com todos os seus filhos. Assim, meus irmãos, aprendam a mais agradecer do que pedir, pois já são agraciados com o alento, a esperança e, principalmente, com a certeza que nenhum filho será menos amado, pois todos são sempre queridos e zelados da mesma maneira” (Tereza de Barros Fonseca. Irmão Alpe. A equidade. Reunião de Educação Mediúnica em 23/08/ de 2011. Casa de Estudos Espírita “Dr. Alberto Seabra”).
Quando entendermos que a humanidade é uma só e que todos precisam de ajuda será possível exercitar o Salmo 133 que diz: “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos possam viver em união”.
Existindo harmonia e paz entre os homens, haverá amor e, como consequência, Deus estará presente consagrando a união fraternal.
Paulo Eduardo de Barros Fonseca é vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.