É essa a conclusão a que se chega da entrevista publicada pelo portal UOL, não por mera ‘coincidência’ no dia do 2º turno da eleição presidencial neste domingo, 28/10/2018, pelo cineasta austríaco Hans Weingartner.
Para tanto, deve-se prestar atenção ao discurso anticapitalista & guerrilheirista, mas não-necessariamente marxista & revolucionário do cineasta austríaco, que namora uma brasileira nascida numa cidade de Minas Gerais, por isso fala Português fluentemente.
É que o cineasta baseia o seu discurso antibolsonarista no ideário dos anarquistas cujos adeptos, a despeito de ser radicais opositores do candidato favorito pra vencer a eleição presidencial brasileira, no mundo inteiro são inimigos históricos dos marxistas revolucionários.
Em outras palavras, no mundo inteiro os adeptos do anarquismo, apesar de se oporem ao estado burguês por funcionar como comitê central dos negócios da burguesia, também são contrários aos partidos políticos revolucionários & marxistas que pregam a revolução proletária mundial.
Para explicar e não me alongar, o cineasta austríaco não deixa dúvida em sua pregação de uma revolução burguesa isto é de um sectário, inconsequente e elitista guerrilheirismo armado contra o bolsonarismo no poder.
Ou seja, o cineasta prega uma revolução burguesa isto é sem a participação da massa proletária e sem que esta seja dirigida por um verdadeiro partido político marxista revolucionário. Haja vista, o cineasta considera Congo e Zimbabwe (países africanos ainda capitalistas consequentemente explorados, oprimidos e dominados pelo imperialismo) são mais “modernos” que o Brasil.
Enfim, no fundo o cineasta considera que o Brasil deva prosseguir sendo uma espécie de semicolônia do imperialismo comandado pelos Estados Unidos que é o mais imperialistas dos países imperialistas. Igualzinho conforme tem pregado o candidato presidencial favorito pra vencer o 2º turno da eleição deste domingo, 28/10/2018.
*militante do Movimento Negro Socialista (MNS) e da seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI) a corrente interna no PSOL, Esquerda Marxista (EM) – é jornalista.