Adepto do racialismo (que é a crença e ou a ideologia na cientificamente não-comprovada existência de “raças” humanas), o Ministério Público do Trabalho (MPT) está se baseando no paternalismo e na piedade social para com pobres & oprimidos dentre estes os negros e indígenas através da filosofia jurídica denominada ação afirmativa (AA) implorando à racista TV Globo a privilegiada inclusão de mais negros na novela: “Segundo Sol” que estreou na última 2ª feira, 14 de maio, no horário nobre das nove horas da noite.
Explicando mais, AA é um gênero de política que pode ser pública ou privada cuja legislação foi criada na década dos anos de 1960, nos Estados Unidos, pelo jurisfilósofo burguês & branco John Rawls (1921-2002). A ação afirmativa objetiva supostamente “humanizar” a inexorável exploração sofrida numa sociedade capitalista por pobres & oprimidos como negros, LGBT e ou portadores de deficiências. Os quais, na concepção jurídico-filosófica da AA, são considerados pobres coitados necessitados dos mencionados paternalismo e piedade social.
Por sua vez, o já explicado racialismo surgiu na Índia durante a década dos anos de 1930. Enquanto espécie de política que pode ser pública ou privada, o racialismo passou a ser desenvolvido em países da diáspora. Ou seja, para países aonde os negros africanos foram levados e escravizados à força & tendo enquanto base o racismo e o colonialismo. Ocorre os Estados Unidos constituíram burguesias branca e negra, embora os negros sejam a minoria de cerca de 10% da população.
Diferentemente dos Estados Unidos, no Brasil os negros são a maioria de mais de 60% da população e a burguesia embora seja minoria é inteiramente branca e racista conforme lá. Entretanto, por aqui o racialismo acabou erigindo através de iniciativas de dois políticos burgueses brancos, porém disfarçados pelos já explicados paternalismo e piedade social para com os pobres & oprimidos negros e indígenas.
Daí porque o racialismo, representado pela lei de cotas ‘raciais’, ter erigido no final da década dos anos de 1990 através de iniciativa parlamentar da então deputada federal Nice Lobão (PSD-MA). E citado pelo racialista MPT na notícia em questão, o denominado estatuto da igualdade ‘racial’ erigiu no mesmo final da década dos anos de 1990 através de iniciativa parlamentar do então senador José Sarney (MDB-AP).
Enfim, o MPT cumpre o seu papel enquanto órgão racialista que considera os atores negros não trabalhadores pobres & oprimidos que são, mas sim pobres coitados necessitados do paternalismo e da piedade social representadas por mais vagas na novela televisiva da racista TV Globo intitulada: “Segundo Sol”. E essa poderosíssima monopolista e racista rede privada de televisão chega ao acinte de declarar que: “Respeita a diversidade e repudia qualquer tipo de preconceito e discriminação, inclusive racial”.
*jornalista - é militante do Movimento Negro Socialista (MNS) e da Esquerda Marxista (EM) corrente interna do PSOL e seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI).