Comentarista do quesito bateria no portal SRzd-Carnaval, Bruno Moraes o ‘Touro’, perdeu uma boa oportunidade de ficar quieto quando redigiu e postou, 2ª feira, 26/3/2018, o texto: “Carnaval de SP na frente do Rio”. Embora o comentarista, que também é empresário & diretor proprietário da premiação Troféu Bateria, tenha concluído o texto afirmando: “O Carnaval do Rio não compete com o Carnaval de São Paulo e sim jogam (sic) juntos pelo mesmo objetivo” a opinião dele foi refutada, até mesmo no quesito (bateria) onde o comentarista é considerado especializado. Isso ocorreu na seção de debates Espaço Aberto, no site carioca Galeria do Samba.
Haja vista, apesar de ser um homem do capital privado (é empregado da filial tupiniquim da multinacional estadunidense Xerox e da empresa brasileira São Rafael Sociedade de Previdência Privada) Bruno Moraes o ‘Touro’ não consegue perceber que o Carnaval paulistano está inteiramente privatizado. O que ainda não ocorre no Carnaval carioca onde, ao menos, a RioTur e o sambódromo Prof. Darcy Ribeiro pertencem ao poder público; a despeito de os alcaides paulistano e carioca serem burgueses.
Explicando, embora ambos alcaides sejam ‘naturalmente’ privatistas, ou seja, capitalistas que concebem a arte e a cultura do carnaval e dos desfiles das escolas de samba junto com turismo, não enquanto áreas especificas, estratégicas e indissociáveis da prioridade absoluta (Educação). A única diferença entre os dois alcaides é que o carioca tem o agravante de ser aversivo ao carnaval e aos desfiles das escolas de samba, uma vez que é bispo licenciado da neopentecostal Igreja Universal do Reino de “Deu$”.
Explicando mais, no carnaval carioca, ainda que bastante reduzida, as escolas de samba permanecem recebendo subvenção do poder público. Além disso, a RioTur prossegue fazendo parceria com a LIESA. Assim, apesar de os ensaios técnicos terem deixado de ser apelidados de “gratuitos” consequentemente cancelados em 2018. A prefeitura carioca, a RioTur e a LIESA já anunciaram que em 2019 retornarão com os apelidados de “gratuitos” ensaios técnicos.
Não por outra razão, os custos dos apelidados de “gratuitos” ensaios técnicos ficam embutidos nos caros preços dos ingressos para os desfiles oficiais das escolas de samba. Isso, sem falar que os ensaios técnicos podem ser beneficiados pelo patrocínio governamental apelidado de “incentivos fiscais” como o da Lei Rouanet. Cuja Lei também pode patrocinar os desfiles oficiais das escolas de samba, obviamente desde que as agremiações enviem previamente para o ministério da Cultura, projetos com essa finalidade.
Afinal, nos indevidamente privatizados desfiles oficiais das escolas de samba do Carnaval paulistano (100% mercantilizado) e quase isso Carnaval carioca, a concepção, a gestão e a execução ocorrem em parceria entre as 100% privatizadas SP Turis e o sambódromo do Anhembi, liga ‘independente’ das escolas de samba de São Paulo da 1ª divisão/Grupo Especial, 2ª divisão/acesso 1 e 3ª divisão/acesso 2 (LIGA SP) assim como no Carnaval carioca da 1ª divisão/Grupo Especial (LIESA), 2ª divisão/Série A (LIERJ) e 3ª 4ª 5 e 6ª divisões respectivamente Séries B C D E (LIESB) e RioTur, constituem monopólios privados em função do seguinte.
Ocorrem porque conforme é próprio dos negócios capitalistas mundo afora, o show business representado pelos desfiles das escolas de samba mais Turismo propiciam ser auferidos lucros bilionários seja em Sampa seja no Rio onde diferentemente do que afirma o comentarista do quesito bateria, do portal SRzd-Carnaval, Bruno Moraes o ‘Touro’, o chamado mercado do mundo do samba remunera melhor os profissionais.
Almir da Silva Lima torcedor no RJ da Portela e em SP da Nenê de Vila Matilde – é jornalista.