Sobre os casos Amarildo e Rafael Braga

Major PM foi condenado à 2ª prisão agora junto com soldado, no caso Amarildo

Já condenado a 13 anos e sete meses de prisão pelo assassinato do ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza (1965-2013), o major Edson Raimundo dos Santos foi novamente condenado agora junto com o soldado Newland de Oliveira e Silva, ambos da PM. A princípio, as condenações são por dois anos em regime aberto, causadas por coagirem duas testemunhas e atrapalho às investigações sobre o assassinato do ajudante de pedreiro desaparecido dia 14/06/2013 quando foi detido por PMs à porta de casa e conduzido em direção à Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), na Rocinha. Tal desaparecimento e assassinato se tornou símbolo de abuso de autoridade imiscuída com violência policial e racismo, pois, a vítima desse célebre fato conhecido como Caso Amarildo, era negro.
Outros dois PMs réus, soldado Bruno Medeiros Athanassio e tenente Luiz Felipe Medeiros Athanassio foram absolvidos. O Ministério Público pediu a condenação de três dos PMs e a absolvição do tenente, já que, não houve provas do envolvimento direto dele no crime. A promotora Carmen Eliza Bastos afirmou que os três fizeram pagamentos a uma moradora da Rocinha e o filho dela que é criminoso condenado, para mentirem aos policiais que investigavam o desaparecimento e morte de Amarildo, mentindo sobre envolvimento do tráfico de drogas no homicídio. Escutas telefônicas revelaram o acerto do recebimento de dinheiro, fraldas, aluguel em outro local fora da comunidade e até locomoção em viaturas para a dupla.
O Caso Amarildo urge ser acompanhado par e passo. O mesmo no Caso Rafael Braga, a campanha tornada internacional pelos movimentos sociais que combatem o racismo e o capitalismo, conforme ensinou o maior herói negro mundial o mártir internacional da consciência antirracista, o sindicalista e líder socialista sul-africano Stephen Bantu Biko o Steve (1946-1977) na célebre frase: “Racismo e capitalismo são os dois lados de uma única e mesma moeda”. Haja vista, tanto o ajudante de pedreiro desaparecido e assassinado Amarildo Dias de Souza quanto o catador Rafael Braga Vieira foram vítimas-símbolos de abuso de autoridade imiscuído com violência policial e racismo contra dois trabalhadores negros.

Relembre o caso Rafael Braga

Em julho de 2013 durante os protestos contra o gov. da então pres. Dilma iniciadas no mês anterior, o catador Rafael Braga Vieira foi preso por PMs que o “acusaram” de portar uma garrafa de desinfetante confundida com suposto material explosivo, próximo à Central do Brasil, no Rio de Janeiro. A absurda “acusação” para tal prisão foi longamente denunciada por movimentos sociais, levando à soltura do catador em dezembro de 2015. Porém, “marcado” por PMs o catador voltou a ser preso em janeiro de 2016, na comunidade Vila Cruzeiro onde há uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), próximo ao bairro suburbano Penha, no Rio. 
Dessa vez, o catador chegou a denunciar ter sido vítima de falsas acusações sob flagrantes forjados de portar 0,6 grama de maconha mais um morteiro, além de na Delegacia Policial (DP) da Penha ter sofrido abusos inclusos sexuais. O catador acabou sendo judicial e absurdamente processado por “tráfico e associação a esse tipo de crime organizado” que o levaram a ser condenado a 11 anos e três meses de prisão, dia 20/04/2017. De lá pra cá, o abuso de autoridade imiscuído à violência e ao racismo da PM, cuja corporação urge ser extinta, ganhou notoriedade internacional ficando conhecido como caso Rafael Braga Vieira.

Pela imediata libertação de Rafael Braga Vieira!

Abaixo o racismo! Abaixo o capitalismo!
Pelo fim das chacinas que vitimam a juventude pobre e oprimida especialmente a juventude negra nas periferia das cidades!
Pela extinção da Polícia Militar!
Abaixo as nefastas Reformas da Previdência e Trabalhista junto com a lei de terceirização por visarem tirar direitos do povo trabalhador e de sua maioria negra!
Fora Temer e o Congresso Nacional!
Pela Assembleia Popular Nacional Constituinte!
Pelo Governo dos Trabalhadores!

_________________
*jornalista – é militante do Movimento Negro Socialista (MNS) e da seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI) a Esquerda Marxista (EM) corrente interna do PSOL

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