Ela é a poderosa

(Mimzy - A Chave do Universo)

À primeira vista, Mimzy - A Chave do Universo é um bobinho filme infantil. À segunda vista, percebe-se que é melhor pensar um pouco mais sobre ele. O centro do filme é uma família de classe média norte-americana. Um marido muito ocupado. Uma esposa disponível para cuidar dos filhos. Um casal de filhos, o menino mais velho. Uma casa de praia. Uma descoberta pelos dois irmãos que só pode ser mágica na imaginação infantil.

Contando com roteiro de Bruce Joel Rubin e Toby Emmerich, baseado em estória de Henry Kuttner e C.L. Moore, Robert Shaye dirige The Last Mimzy (EUA, 2007), focado nos irmãos Noah (Chris O'Neil) e Emma (Rhiannon Leigh Wryn). Enquanto o pai (Timothy Hutton) não chega na casa da praia e a mãe (Joely Richardson) descansa distraidamente, as crianças descobrem um estranho objeto que, no mundo infantil, é um segredo cercado de mistério.

Mas, acompanhando Steven Spielberg em E.T., a coisa contém um mistério verdadeiro. Ela dá, primeiramente, poderes intelectuais ao menino, que, de aluno regular, torna-se gênio em ciência. Seu professor e a namorada dele são os primeiros a desconfiar do menino. Ela, convertida às filosofias religiosas do oriente, contra a vontade dos pais, lê a sua mão e nada descobre de excepcional. Sua irmã pede que leia a sua. Estupefata, a quiromante se vê diante de uma mãozinha extraordinária. Na sua discrição, ela é a poderosa, e não seu irmão, que funciona como seu engenheiro.

Os poderes especiais e os sonhos misteriosos dão aos irmãos uma aura de magia. Esta força que vem das peças encontradas na praia provoca um apagão em metade do Estado onde moram. A partir daí, o que é aventura de criança transforma-se numa questão de segurança nacional. Todo o serviço de inteligência nacional é mobilizado por temor a ataques terroristas. Os mais sofisticados instrumentos entram em ação para descobrir o epicentro do blecaute. Com empenho, ele é detectado na casa da família Wilder, que é invadida por militares. No comando, está o agente Nathanial Broadman (Michael Clarke Duncan).

Esta parte do filme retrata bem a paranóia que tomou conta do governo e da sociedade norte-americanas. Qualquer movimento diferente gera pânico. O diretor soube trabalhar bem este medo que impregna o país. Chega a ser cômica a invasão de uma casa de classe média por soldados armados até os dentes, esperando encontrar uma célula terrorista. Em vez, encontram uma família comum com duas crianças assustadas. Ambas são cercadas de todo aparato de segurança e levadas a um bunker até o desfecho do mistério, novamente na praia.

Apesar da ridicularização da comunidade de inteligência do país, o filme termina bem ao estilo de Spielberg.

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