Rolien, Rosilda, Rubinho, Roberval, Renato, Jácyra do Ten. Pires e Tião seu esposo, Cláudio. Zelita, Geraldinho e Amparo, Airãn Almeida, Vascaino, Cascalho, Carvalhaes, Nice e Nenen, Therezinha, Hélia e Hélio eram alguns dos frenéticos torcedores da Lyra dos Conspíradores de nossos acordes musicais.
Na festa de aniversário de seu Sucena, se podia ver o velho baixinho da Tuba maior que ele, que chamava nossa atenção nas noites estreladas de uma cidade-mãe.
Sargento Gavião, Telmo barbeiro, seu Zica , Pepeu e Teteu, Flavito, Oberland Daumas, Tinoco de Paulinho, Geraldo e a galera Mello Keller, Dabarrinha, Durico, Enio e seus filhos, Anterinho com sua gaiola de papa-capim. Bibinho, Tadeu. Abraão Agostinho, Ramialho, que nos fazia os peões de Pau Roxinho, Juquinha, Bonga, gente que povoava nossas mentes infantis com suas histórias e vida na eterna dimensão de nossas essências de humanos e pensadores.
Esta Conspiração Musical tinha a dimensão de uma geografia que se articulava nas conversas e iam figurar nas conversas noturnas que se faziam presentes nas vidas dos velhos habitantes da cidade.
Quem pode esquecer dona Alice Salgado, dona Oriolanda de Orlacy, Chico Mendonça e seu Jair Rangel pai de Fernando Cláudio e bisavó de meu neto Paulinho? São figuras de nossa hostoricidade que precisavam sair de nossos arquivos mentais e se fixaram na verdadeira história de Macaé e seu POVO simples.
Onde ficaria a História de Macaé sem falar em "Seu Selino", pai de Sara, Aabel e outras tantas crianças? quem comeu o "Pão Provenço", o "Pão de Milho Redondo" e a "Bisnaga " desta padaria pode dizer que participou de uma era de belezas raras...
A padaria de "Seu Selino" era ponto final nas minhas madrugadas quando estava quase chegando em casa na rua Dr. Bueno 180. Nesta Padaria, uma porta entreaberta nos colocava de frente com os mestres da massa e íamos para casa comendo estas delicias ainda fumegantes. O cheiro destas belezas ornavam todo o quarteirão e era sentido até nas descidas das calçadas da Praça Verissimo de Mello. Praça que ficou famosa por ter sido o local onde foi encontrado morto, sentado num banco o humanista médico Julio Olivier...
E os bombocados de dona Abigail Agostinho que o Daniel vendia na Praia de Imbetiba? Alguém pode esquecer? Eram tão doces e amenos que ninguém deixava de comer uns 8 ou 10. Euzébio Mello, Juarito, Marco Aurélio Correa e Marquinho Brochado tinham crédito e o tabuleiros não ia embora da barraco deles. Quando ia estava totalmente vazia. Doniel voltava e Dona Abigail já estava na espera mais outros 50 Bombocados saidos do forno a lenha...
Estes dias estava eu num destes " Horthflutis" Ai vejo Ivone Lacerda, minha prima. Ela cata e recata como eu, algumas mexericas que estão expostas e diz com sua suave voz que mais se parece com sua mãe Morgadinha ". Que saudade das mixiricas verdadeiras que vinham de Glicério " Sua fala nos trouxe a presença dos velhos moradores de Glicério, Óleo e Trapiche e Córrego do Ouro que nos brindavam com as delícias de uma Mexerica nativa e doce. O olhar Candido de seu Pedro Adami, a beleza elegante de Mireto, Sizinando, a voz suavemente infantil de Helena Maroti e sua linda genitora vieram as nossas mentes fazendo com que, a fria bancada de mexiricas que pareciam laranjas, fornecessem o feliz e doce momento que trazia as verdadeiras frutas de nossa serra distante.
Foi assim nossa infância nesse povoamento de gente boa, de uma cidade que existiu e vive em lembranças. Pessoas que iam fazendo nossa história a cada "Bom Dia", que nos davam, ou a cada acalento que nos faziam nas cabeças encaracoladas e sujas de poeiras das ruas que o asfalto esconde.
Com a chegada de "Seu Lima" de Petrópolis, nova padaria se criou na área de Rua do Meio/ Sacramento e Igualdade. Com ele veio Lazyr, Mouzart que se amalgamaram a nossa existência dando um colorido mais puro a região. O sorriso de Seu Lima fazia com que algo novo florescesse em nossas andanças infantis. O esporte e o Fluminense foram se adaptando a esta família ao ponto de ser o próprio prolongamento de suas casas . Mozart se casou com Ângela, irmão de Ângelo que espaln haram suas inteligenciasinteligências educacionais por todos os cantos de nossa cidade...
Levados pelas mãos de Lurufe Soutinho os Limas fizeram história em nossa comunidade além de fornecer um dos mais gostosos pães que tivemos nos anos 50 em diante.
Ivan que sempre com o sorriso nos lábios era uma constante em nossas vidas de adolescente. Quando reabri 'O REBATE" nos anos 90 um neto de Seu Lima escrevia sobre esportes. Incentivado pelo Manoel Ângelo Raposo. Léo Lima se fez presente em toda edição do jornal.
A primeira Pipa levantada, sob o olhar traiçoeiro de um vento sul irritante e belo, fazia que "desse certo" o subimento vitorioso. Pipas que iam cruzar com outras tantas onde, o cerol, apenas era colocado perto do "cabresto" para que não ocorressem tragédias...
O troféutroféu vinha mais tarde com o Cerol cortando nosso embate aéreo com a turma da rua do Cemitério. As pipas eram as marcas de nossas viagens no mundo encantado habitado por borboletas e vaga-lumes.
A esquina da Praça onde morava seu Waltinho sapateiro, Elson Pudim, Padre Jason, Dona Alice Salgado, de Orlacy, Cadinho, de seu Gastão, era muito longe para gente alcançar nos primeiros acordes de sons de meninos na rua. Uma esquina que se conquista na primeira infância tem o sabor de quilômetros.
É como uma braçada infantil nos primeiros nados e mergulhos no Rio Macaé, chegando até o Pontal ou Mar aberto em Imbetiba onde ir até a Ilha do Papagaio era coisa de Naná, Suenio Jobin ou Levy. A coisa tem o formato e Tem a longitude do inatingível e cada braçada que se vai é uma conquista que se sente interiorizar-se dentro do campo de nossa vaidade e orgulho.
Era doce e alegre o diabólico e belo prazer de ver um Papa Cap im cair num alçapão. Corrida em busca da conquista da presa, em poder saber que seria "bom de gaiola" ou mesmo faze-lo objeto de troca por outros...
Os jogos de peladas, botões, futricas e passe-passe ficariam nas paredes da memória se não me ocorrece escrever estes recordamentos...
É como abrir uma página adormecida nas histórias de uma Macaé que ainda dorme sem que suas histórias possam ser contadas.
É rever com saudade as Cadeiras nas Calçadas da Rua da Igualdade, em frente "A GARÔTA" de seu Pepeu com, Teteu, Telmo. Santinho, o Velho Soutinho papeando com Zé de Seu Clodowing Graça e Sátiro Lins.
Este chamamento bate em lembranças e leva o autor a feliz infância de menino nas noites da Rua Direita, nos Matinês do Santa Izabel e nas corridas do boiada que iam pela rua Télio Barreto até o Matadouro Municipal...
Cai, cai, Balão, cai, cai....