Repudio as ilações feitas sobre minha atuação como advogado na defesa dos direitos e interesses do Sr. Fernando Bittar em relação a um sítio na cidade de Atibaia (SP) e destaco, em especial, a reportagem publicada por O Globo sob o título “Advogado de Lula fez contrato falso para ocultar sítio, diz delator”.
Essa afirmação não corresponde sequer às versões unilaterais e sem valor probatório dos delatores Alexandrino Alencar e Emyr Costa. Não há nos depoimentos por eles prestados qualquer declaração de que eu tenha feito um contrato falso.
Minha atuação como advogado de Fernando Bittar seguiu exatamente os mesmos padrões éticos e legais que observo há 47 anos no exercício ininterrupto da profissão.
Ao mesmo tempo em que mente para os seus leitores sobre a minha pessoa, O Globo esconde a afirmação do delator Emílio Odebrecht de que o grupo empresarial - do qual o jornal faz parte - teve uma sociedade privada com o Grupo Odebrecht para facilitar decisões de governo no período do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso.
Diz o delator (minuto 12 do vídeo que trata do anexo sobre FHC):
“(...) nós ajudamos a quebra do monopólio. Inclusive sobre a parte de telecomunicações, nós chegamos a montar uma sociedade privada, se não me engano três ou quatro empresas, uma delas era até a Globo (...) para buscar todas as informações e embasamento do que ocorria no mundo para que isso facilitasse aquilo que era decisão de governo (FHC) de quebra do monopólio de telecomunicações, de petróleo e outras coisas. (...) assuntos que nós acreditávamos e que eram prioridade para o governo (...)”
A afirmação de Emílio Odebrecht pode, em tese, configurar a prática de um crime, e por isso deve ser esclarecida e investigada.
Roberto Teixeira