Teu olhar [o poema]
(Marfiza de França)
Quando teu olhar
no meu demora
me falta o ar
um não ter onde pegar
sensação de abismo,
barranco, ribanceira
medo de altura
Há no teu olhar
mistério de rio
transparência de mar
profundeza de oceano
vastidão, ribeirão,
pororoca
medo da onda que dá
Vejo em teu olhar
escuridão de mata
instabilidade de dunas
encruzilhadas
e lá bem no fundo
e um não sei que de vagalume
promessa que me acende
Tenho que aprender
a prender o fôlego mergulhar
te seguir barco a vela navegar
tenho que aprender
prever o tempo da espera
e a pressa em teu olhar
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Quando teu olhar no meu demora
(Marfiza de França/Tony Pelosi)
Quando teu olhar
no meu demora
parece, some o ar
um não ter onde pegar
sensação de abismo,
barranco,
ribanceira,
e o medo da altura
Há no teu olhar
rio em misterio
carece desvendar
quando em mim vai transbordar
e como vai chegar
pororoca
desemboca
e o medo que a onda dá
Escuridão de mata
habita o teu olhar
traz silêncio espanto
traz estranho acalanto
um não sei quê
de vagalume
promessa que ilumina
Há no meu luar
luz que te reflete
açude que aguarda
tua chuva inundar
tenho que aprender
prever o tempo da espera
e a pressa em teu olhar
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A Prender Vagalume
(Marfiza de França/Eller)
Transparência de um mar
Vastidao de oceano
Dunas, ribeirão
Sua mao na minha
Tenho que aprender
A prender
O fôlego mergulhar
A acender barco a vela
Navegar
Vejo em teu olhar
Profundeza, mata
E no fundo a piscar
Vagalumes, vaga lume
Tenho que aprender
A prender
O fôlego mergulhar
A acender barco a vela
Navegar
Transparencia
Profundeza
Vastidao
Navegar
Aprender
A prender
E pular
Neste mar