A proposição feita pelo deputado “Jardel dos Idosos” da realização de uma Sessão Solene para homenagear os membros das comunidades do GLBTS – Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais, Travestis e Simpatizantes residentes no Espírito Santo deflagrou uma guerra no Parlamento estadual. Em poucos meses do seu primeiro mandato, “Jardel dos Idosos” tem se revelado o parlamentar mais polêmico da história do Legislativo capixaba.
Recentemente, o deputado foi violentamente agredido por participantes de uma solenidade oficial promovida por adversários políticos no município de Vila Velha seu reduto eleitoral. O parlamentar invadiu a área do evento para protestar contra a as autoridades locais e criticar a administração.
Licenciado para tratamento de saúde, depois de restabelecido, voltou com a corda toda e sua iniciativa imediata foi propor a realização da solenidade, justificada pela igualdade de direitos consagrada constitucionalmente, um ato não apenas de resgate da cidadania dos membros do GLBTS, mas sim, do reconhecimento dos relevantes serviços que a maioria dos integrantes da entidade prestam ao desenvolvimento econômico, social e cultural do estado.
A proposição criou um clima de constrangimento e deixou os demais parlamentares de saia justa. Apesar das declaradas e permanentes declarações do Governo da sua preocupação em combater e reduzir os índices de violência (18 assassinatos na última semana), tirar a rede de saúde pública da UTI (Hospitais superlotados, pacientes abandonados em corredores e sem qualquer assistência, equipamentos quebrados, etc. etc.), ou de tirar coelhos da cartola para resolver o caos do trânsito na região metropolitana, os GAYS roubaram a cena e não abrem mão da solenidade, exigindo que muitos dos seus representantes sejam agraciados com as mais altas comendas Legislativas.
A corrente contrária à realização das homenagens tentou todos os recursos legais e todos os diálogos possíveis para demover Jardel da sua intenção. O autor do requerimento, no entanto, ficou irredutível e a Sessão Solene vai acontecer, antecipada pela grande euforia e manifestações das classes Gays.
Enquanto isso, a violência nas escolas, tantas vezes já denunciada através da minha coluna neste jornal, continua inalterada, Na última semana mais uma grave ocorrência: aluno de uma escola pública, com catorze anos, tentou estrangular com uma camisa enrolada como corda, um colega de treze que precisou ser internado num pronto-socorro.
O medo confesso dos diretores e professores de sofrerem represálias com risco da própria vida se denunciarem os fatos, continua ocultando da população a gravidade da insegurança nas escolas estaduais, públicas e privadas.
Só me resta aplaudir a grande festa oficial dos gays do Espírito Santo a ser promovida pela Assembléia Legislativa.
E viva o Clodovil.
FORÇA AO COMPANHEIRO
Continuo abismado e inconformado com a falta de solidariedade ao presidente Lula, símbolo inabalável do companheirismo proletário. Pois faço questão de lembrar que durante mais de duas décadas, 20 anos, o grande líder nacional dos excluídos calçou as sandálias da humildade, comeu a poeira e a lama das estradas nordestinas, assumindo heroicamente a personagem de um peregrino defensor do fim das desigualdades sociais deste imenso e rico país.
Eleito presidente, Lula, desde um primeiro momento, não esqueceu dos COMPANHEIROS, Dirceu, Genuíno, Delúbio, Palocci e tantos e tantos outros que não teríamos espaço no jornal O Rebate para nomear.
Também não esqueceu do povo, sacrificou seus compromissos de arrimo de família para dar prioridade ao socorro dos miseráveis, não apenas os miseráveis brasileiros, mas sim, aos miseráveis do planeta.
Os programas sociais desse inigualável defensor dos pobres e oprimidos encantou as nações do mundo inteiro, estão sendo clonados por gregos e troianos, conseguiu amolecer os endurecidos corações dos líderes do G 7, e a humanidade, através das iniciativas desse ser iluminado retomou a esperança na democracia, na igualdade e na justa justiça, igual para todos.
Certamente, a prática do denuncismo que toma conta do Brasil não me surpreende, principalmente, quando os ataques são dirigidos contra a honra da família Silva. É evidente a tentativa de transformar as ações assistenciais de Vavá, em favor de dignos empresários, junto aos ministérios da República, em atos de tráfico de influência e exploração de prestígio.
Mas, a força das pessoas especiais é insuperável, e Lula continua de pé, altivo, superior aos reles mortais, e a humildade com que expressa a sua indignação contra os ataques dos inimigos políticos, a certeza demonstrada na defesa das agressões aos seus inocentes familiares é arma poderosa contra os difamadores, caluniadores e infamantes. Pergunto eu, onde estão os companheiros?
Caríssimo presidente é certo de que o tempo é o mais sábio dos juízes. E a história haverá de lhe fazer justiça e a sua história servirá de marco a instituição de uma sociedade racional, na qual os direitos civis individuais e coletivos não precisarão mais ser cobrado em qualquer tribunal, ou por meios violentos.
Admiro e muito a sua fidelidade às juras e promessas feitas ao povo. As bolsas de esmolas oferecidas pelo seu Governo podem não ter acabado com a fome, porém, servem de alimento para sobrevida da esperança dos brasileiros de que um dia, todos poderão ter, o café da manhã, o almoço, o jantar e, de vez em quando, uma sobremesa.
Deixe que falem, que digam, você não está fazendo nada, os outros também. Os cães ladram e a caravana passa. A vida é assim mesmo. COMPANHEIRO, quem pode mais chora menos, o sol nasceu para todos, porém a sombra, é privilégio de poucos.
Quando for assediado pela imprensa, lembre a palavra de Cristo: “..que atire a primeira pedra aquele que nunca pecou”.
Para finalizar, não desejo, mas se acontecer e lhe faltar um companheiro nessa hora de aflição, estarei pronto para humildemente acompanhá-lo na continuidade dos seus ideais, não me sentiria ofendido em ser convidado para assumir o Ministério da Fazenda, ou quem sabe, a presidência do Banco Central. Não possuo currículo no campo da corrupção, dos crimes de mando, das armações de superfaturamento e outras maracutais. Contudo, acredito que nunca é tarde para aprender, e um bom aluno, pode se transformar num mestre dos mestres.
Companheiro, esteja à vontade e conte com a minha humilde e desinteressada colaboração.
